Contagem Regressiva.

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Mais tarde naquela noite, Helô e Stênio foram deixar Drika e o filho no hotel onde estavam hospedados.

Boa noite mãe, boa noite pai! — Se esticou, dando um beijo na bochecha de cada um.

Se cuida, tá? Qualquer coisa me liga. — Helô disse, virando o rosto para olhá-la.

Não sou mais criança, mãe. — Negou com a cabeça sorrindo. No fundo ela gostava que Helô se mostrasse preocupada.

Cadê meu beijo, hein campeão? — Stênio se meteu na conversa, chamando a atenção do garoto que já estava quase adormecendo no banco de trás do carro.

Tá aqui! — Respondeu tentando mostrar animação, mesmo sonolento.

Ele repetiu o mesmo gesto nos avós, assim como sua mãe tinha feito em minutos atrás e enfim desceram do carro.

Stênio só arrancou com o automóvel dali, quando viu que a filha tinha entrado em segurança.

Agora vamos pra casa que eu tô exausta e o dia de amanhã promete. — Helô suspirou com um sorrisinho no rosto e tocou o ombro dele, massageando.

Poxa, já tá com sono? — A olhou de canto e riu com a expressão que se formou no rosto dela.

Não me venha com essa, Stênio.. — Respondeu e se virou para ficar observando a vista pela janela.

Ao finalmente retornarem pra casa, tomaram um banho e se deitaram junto. Agora ambos só tinham uma única missão: Descansar o suficiente, enquanto desfrutava do conforto de estar um com o outro.

Ainda nem tô acreditando, sabia? — Helô começou a falar do nada, com um sorriso bobo nos lábios.

Do que? — Ele respondeu, meio sonolento.

Que a gente vai casar pela terceira vez. — Se virou, para encara-ló nos olhos. - Você também se sente assim?

Depende, se você tá sentindo que seu peito vai explodir de tanta felicidade.. Eu também tô. — Sorriu e deixou um selinho nos lábios dela.

Ambos que antes estavam de conchinha, agora aproveitavam o fato de estarem um de frente para o outro e admirar os detalhes existentes na face alheia.

Stênio afastou cuidadosamente uma mecha do cabelo castanho dela, para lhe observar com mais facilidade. Ele poderia se dizer fascinado por cada mínimo detalhe de seu rosto, se fosse um pintor, ganharia a vida usando ela de inspiração para suas obras.

Ela, por outra lado, não pensava diferente.

Encarava profundamente os olhos alheios, sentindo que compartilhavam do mesmo brilho, do mesmo amor e mais um montão de outras coisas.

Posso te confessar uma coisa? — A voz dele saiu baixa, como de quem estava meio receoso.

O que foi? — Perguntou já curiosa, pelo tom usado por ele.

As vezes, eu tenho muito medo de que tudo acabe como antes, sabe? — Soltou um suspiro. - Eu quero muito que as coisas deem certo dessa vez, Helô.

Ela ficou em silêncio, por não saber o que falar, mesmo que aquele pensamento também a deixasse atordoada, as vezes.

Eu não posso te perder de novo, então por favor.. Me ajuda a fazer dar certo? Se eu errar, me corrija, não me deixe sentir mais a solidão do teu silêncio e a ruína que é viver sem teu amor diariamente. — Aquelas palavras, atingiram o coração dela como uma faca.

Ela já chegou a achar que Stênio, muitas vezes estava blefando quando dizia que sentia falta ou que não queria viver sem ela. Por outro lado, muitas vezes também já sentiu como se aquela fosse a verdade mais absoluta que ele já tinha dito na vida.

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