Lily e Christian, Um Amor em Nova Iorque

38_ Ela é como uma segunda mãe.

Passei a mão pelo meu casaco, esfreguei as minhas mãos esperando que a Lily saísse da casa dela e me olhasse com aquele olhar que eu estava hipnotizado.

Naquela altura, já passava das 09h da noite e eu tinha passado horas pensando no que o Justin tinha me falado em relação a Lily.

Eu estava um pouco confuso. Eu entendia o fato da Lily não ter me contado, entendia muito mais do que ela poderia imaginar porque também não é nada fácil para mim confiar em alguém. E ela era diferente. Lily é a diferença que minha vida precisava.

ㅡ O que tá fazendo aqui, Christian? ㅡ A voz dela soou em uma pergunta, causando batimentos acelerados do meu coração e uma sensação boa ao olha-lá.

Ela estava coberta por um casaco enorme, seus cabelos estavam preso em um coque afogado, suas bochechas com sardas estavam vermelhas e o nariz também. Aquilo tinha deixado ela fofa.

ㅡ Está muito frio.

ㅡ Queria te ver. ㅡ Afirmei, passando a língua pelos meus lábios me aproximando mais dela. ㅡ Na verdade, eu precisava vim te ver depois do longo dia que eu tive.

ㅡ Por causa da biblioteca? ㅡ Ela perguntou, tocando em minhas mãos assim que chegamos perto um do outro.

ㅡ Tem muitas coisas acontecendo, Lily. ㅡ Suspirei, abaixando meus ombros. ㅡ Eu só... Só estou um pouco cansado de tudo. Tá tudo tão...

ㅡ Ei. ㅡ Ela colocou o dedo indicador na frente dos meus lábios, me impedindo de continuar. ㅡ Eu sei o quanto você está triste com isso. É o seu trabalho.

Puxei-a mais para mim, tocando em sua cintura colocando seu corpo ao meu afundando meu rosto na curvatura do seu pescoço. Puxei o ar com as narinas, podendo sentir o cheiro doce vindo dela.

ㅡ Pelo menos, ainda tenho você. ㅡ Sussurrei, abrindo um sorriso tímido por isso. ㅡ Você é a única coisa que tá me mantendo bem nisso tudo.

Eu já imaginava o que aquelas palavras poderiam fazer com ela. Deixaria ela tímida e envergonhada, mas isso não era nada comparado ao que eu estava realmente sentindo por aquela mulher.

ㅡ Christian... ㅡ Ela sussurrou, acariciando meus cabelos.

ㅡ Amanhã eu quero que vá a um lugar comigo. ㅡ Sibilei, vendo que ela se afastou e me encarou com as sobrancelhas erguidas.

ㅡ Para onde?

ㅡ Tia Clarice quer que eu vá lá visitá-la. ㅡ Tirei as mãos da sua cintura e coloquei de volta em meu bolso. ㅡ Ai, eu queria que fosse comigo.

ㅡ Jura?? ㅡ Lily encolheu os ombros, se afastando um pouco. Ela estava tímida, e eu sabia.

ㅡ Sim, surtadinha. ㅡ Assenti, dando um passo a frente. ㅡ Meus pais morreram, e eu adoraria que você pudesse conhecê-los. Mas por sorte eu tenho a tia Clarice, por isso que eu quero que você conheça ela que é mais parente minha que os meus próprios parentes. Ela é como uma segunda mãe para mim, Lily, e você é a pessoa mais importante para mim igual a ela.

Meu coração pulsava cada vez mais rápido e forte enquanto as palavras saíam pela minha boca.

ㅡ Por favor ㅡ Segurei sua mão, praticamente, implorando. ㅡ Quer ir lá comigo? Ela vai estar fazendo os biscoitos, então podemos ajudar ela. Por favor.

Ela me encarou por longos segundos sem dizer uma palavra, até que um sorriso vacilou em seus lábios tocando suas duas mãos na minha bochecha se aproximando lentamente de mim. Ele deixou um selinho nos meus lábios.

ㅡ Como eu poderia recusar um pedido seu? ㅡ Ela perguntou num tom brincalhão. ㅡ Eu só aceito com uma condição.

ㅡ Qual?

ㅡ Você entra comigo e passamos a noite juntinhos comendo besteira e assistindo. ㅡ Ela se afastou um pouco, abaixando um pouco a cabeça. Sorri abertamente ao ver que as bochechas dela ficaram mais rosadas.

ㅡ Nem precisa pedir duas vezes. ㅡ Coloquei a minha mão na sua cintura, puxando-a até a mim, antes de caminharmos até a casa dela.

Como eu disse, tudo poderia estar cinzento e triste comigo, mas se a Lily estivesse tudo mudava.

Lily é, realmente, a diferença que faltava na minha vida.

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