46_ Você fez uma promessa!

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LILY

Bati meus dedos freneticamente em um ritmo só entre minhas pernas, ouvindo a respiração pesada do Christian ao meu lado e ouvindo a cantoria da Honey e do Oliver no banco da frente.

Eu estava levemente atordoada. Ter ele do meu lado depois de dias sem vê-lo era como se estivesse ascendendo algo dentro de mim confirmando mais uma vez meus sentimentos por ele e deixando eles mais claros e intensos.

Sabia que estava apaixonada. Mas não sabia que poderia ficar cada vez maior e mais intenso o que eu sentia.

E aqueles dias de pura saudade só me fez ter certeza de que eu queria era apenas ele. Mais ninguém. Só ele.

E agora, dias depois, em plena véspera de Natal ele aparece e agora estávamos em um silêncio constrangedor.

Por dentro, eu queria poder agarrá-lo e enchê-lo de beijos para recompensar os dias perdidos sem estar ao lado dele. Mas por fora eu me perguntava se era o certo estar ali com ele mesmo sabendo que ele fugiu sem dá explicações e sumiu.

Sumiu. Não me permitindo explicar.

Meu peito doeu só de lembrar.

<<<...

ㅡ Eu gosto muito de você, Lily. ㅡ Christian falou de repente, cruzando seu olhar com o meu causando um embrulho no meu estômago. ㅡ Você é incrível em todos os sentidos, surtadinha, em todos. Por isso eu espero que nunca duvide dos meus sentimentos por você.

Levantei-me da cadeira dando a volta na mesa, me sentei no colo do Christian enrolando meus braços em seu pescoço. Deixei um selinho rápido em seus lábios.

ㅡ Eu também gosto muito de você, Christian. ㅡ Afirmei, sentindo meu coração martelando no meu peito feito louco. ㅡ Nunca duvide de mim por isso. Promessa de dedinho. ㅡ Estendi meus dedo mindinho, ouvindo sua risada um pouco próxima da minha orelha. Causando um arrepio.

Ele estendeu seu dedinho e enrolou no meu, em seguida deixou um beijo rápido ali.

ㅡ Promessa de dedinho.

>>>...

Respirei fundo ao sentir meus olhos ficando quentes e lágrimas brotando por ali. Esses dias eu tenho controlado as minhas emoções e evitado ao máximo pensar na hipótese de que era culpa minha.

Eu não queria chorar. Chorar, para mim, pode demonstrar uma parte fraca minha que eu não queria. Eu não deixaria isso acontecer.

ㅡ Chegamos. ㅡ Oliver falou estacionando o carro, na frente do estabelecimento onde nos reuníamos para as entregas do presentes. ㅡ Podemos ir.

Abri a minha boca para falar, porém, Christian falou antes.

ㅡ Podem ir na frente. ㅡ Ele pediu. ㅡ Quero um tempinho a sós com a Lily.

Engoli em seco apertando o tecido grosso do meu casaco.

Honey e Oliver assentiram antes de descerem do carro e nos deixar sozinhos.

Um silêncio ecoou pelo carro, causando uma tremedeira pelo meu corpo inteiro. Engoli em seco novamente, me perguntando o que eu faria e para aonde eu iria olhar.

Respirei fundo novamente, controlando as lágrimas que temiam em descer.

Sem chorar, Lily! Sem chorar!

ㅡ Ei... ㅡ Christian falou erguendo sua mão até a mim, levantando meu rosto lentamente. Seu toque, como previsto, arrepiou minha pele por completo. ㅡ Senti sua falta.

Lily e Christian, Um Amor em Nova IorqueOnde histórias criam vida. Descubra agora