‹⟨ Episódio 5: Menino prodígio e seus segredos ⟩›

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Uma brisa fraca, fresca e fria toma o céu atingindo o topo do prédio, onde a dupla que recém se conheceu se encontra. Asa Noturna mostra as gravações de diferentes ângulos da fábrica na noite da explosão. As imagens resgatadas antes dos arquivos serem corrompidos mostram a luta envolvendo o Batman e o grupo de criminosos, mas antes da explosão, as imagens se corrompem e entram em chiado. Outra imagem, mas do lado de fora, a explosão avassaladora que destruiu todo o local. As imagens cortam.

—essas são as únicas coisas que conseguimos. Não sabemos nada. Nenhum vestígio ou pista, sem corpo, sem sangue...—guarda seu tablet.

—eu estava lá—revela para o mais alto—ele salvou a minha vida sem pensar duas vezes...—diz, mas sua fala é mais direcionada a si mesmo do que para Asa Noturna. Levanta a cabeça, deixando seu queixo bem elevado pressionando os lábios involuntariamente—e é por isso que não desisti de procurá-lo. Ele faria igual, por nós dois, Dick—um olhar desprevenido é direcionado ao menor, arqueia o cenho—sim, eu sei quem é você a muito tempo e quem o Batman é. E um dos motivos que vim para essa cidade é de procurar sua ajudar para encontrarmos ele.

Dick analisa aquele garoto impetuoso e destemido. Vê um pouco de si nele, mas muito diferente de como ele era em seu lugar, Tim tem um caminho centrado que quer seguir e não está tão perdido quanto ele ficou depois de um tempo. Anos com uma sombra sobre sua cabeça que levou tempo para finalmente deixá-lo em paz.

—muito bem, garoto. Vamos fazer isso juntos—Tim sorri inevitavelmente. Dick forma um sorriso de canto para o rapaz, sem nem perceber—mas não se arrisque. Não quero mais um sangue manchando esse uniforme e o Batman nunca me perdoaria caso isso acontecesse.

—eu sei de tudo...—diz cauteloso. Sabe que está pisando em um terreno sensível e instável—... Sei o que aconteceu...

—Gotham inteira sabe. Não é segredo, garoto—Dick ergue o queixo. A brisa fresca move seus cabelos castanhos escuros como ondas em um mar calmo—por isso, tome cuidado. Isso não é mais brincadeira—seu olhar recai sobre o menor—você pode morrer e tem que estar ciente disso—Tim acena corajoso e peito estufado, demonstra sua resistência—ok. Já está ficando tarde. É hora de você voltar por hoje.

—o que? Mas acabamos de começar!—responde insistindo. Dick não resiste a rir.

—ainda nem começamos, garoto—passa por ele, esfregando seus cabelos em uma risada pelo nariz. Aquele menino lembra um pouco ele, mas ao mesmo tempo, muito diferente. Na ponta do prédio, Asa Noturna atira para as mãos do garoto um ponto eletrônico—fica com isso. Espere eu te chamar. Vamos ter muito trabalho pele frente.

Pisca charmoso e então se levanta para trás numa pirueta que corta o ar com agilidade. Seu bastão dispara uma corda, que o leva pelos prédios cada vez mais distante entre as luzes das estrelas da cidade. Tim o observou até perde-lo de vista. Quando se deu conta, ele descobriu que não tinha um plano para descer o prédio sem a ajuda de Dick. A melhor opção naquele momento, que poderia lhe proporcionar uma adrenalina nunca antes sentida, era a escada de entrada pelo teto e seguir até o elevador para descer no terrio. E foi isso que ele fez.

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