‹⟨ Episódio 10: Lembranças de morte ⟩›

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Forçam a mão de Lucius sobre o sensor, que logo o reconhece e permite a sua entrada. A parede de concreto se abre, revelando um esconderijo iluminado por luzes brancas, cheio das mais altas tecnologias ainda nem lançadas e que nunca serão. Várias lonas cobrem alguns projetos, além de protótipos de armaduras guardadas dentro de vitrines. Empurram Lucius para andar, com Crocodilo e Eletrocutor como guardas atentos e carrancudos.

—olha só que brinquedinhos magníficos!—diz Dr.Kuttler.

Ele está encantado e hipnotizado. Esfregas as mãos ansioso e com sentimentos que transbordam em sua barriga. Quer tocar, quer mexer, quer experimentar tudo ali. Tecnologias tão únicas que parecem um paraíso para ele.

—já sabe do que precisamos, Kuttler?

O grupo continuou a explorar aquele grande recinto, largo e profundo. O outro está tão encantado que somente depois de alguns segundos notou a pergunta do Morte Dourada.

—sim, um caminhão pra levar tudo, e dos grandes. Mas por enquanto,—se aproxima de uma parede de concreto de cor neutra—os reagentes já servem.

Ergue seu pulso esquerdo, que possue um relógio preso. Dá alguns clicks, ligando pontinhos vermelhos na tela.

Todos ao redor esperam com expectativas, desde o líder da gangue, até aos meros campangas. Um entre eles faz algo curioso, onde segura um colar com crucifixo muito específico e desenhado, com pequenos rubis encrustados em três pontas e uma esmeralda na ponta superior, com uma pedra transparente no meio, que reflete as luzes do ambiente.

A parede, que antes era apenas isso, se abre, revelando um compartimento com várias gavetas metálicas e brilhantes, se estendendo por tudo até o teto.

Kuttler passa o dedo levemente por elas, deslizando carinhosamente até parar em uma.

—aqui está—puxa a gaveta.

De dentro, ele retira uma maleta preta com cores nudes. Lucius se espanta dando um passo para frente.

—como descobriram?

Morte Dourada o encara. Dá passos pesados em sua direção, o fazendo recuar amedrontado. O mais alto faz Lucius tremer em seus ossos.

—estamos no século 21, senhor Fox. Não há mais nenhum segredo neste mundo—uma adaga desliza de seu antebraço para sua mão esquerda. Em segundos, ele crava na barriga de Lucius. Suas pernas fraquejam e ele se agarra ao braço do outro. Um rastro de sangue desliza pelo canto de sua boca, descendo até seu queixo. O corpo fraco é atingido por um tremor e ele despenca, com o fio da lâmina fazendo um barulho fino ao ser retirada de sua carne—exceto aqueles que levamos para o túmulo.

As luzes do local se apagam de imediato, deixando a escuridão tomar o recinto.

Uma porta automática se levanta na entrada e dois pontos de luzes surgem da escuridão, com um ronco agressivo de motor que os acompanha. O Batmóvel adentra o local. Ele gira, batendo contra alguns capangas, onde um crucifixo voa pelos ares, cantando pneu e deixando uma marca no chão. Compartimentos em suas laterais são abertas. Dispara sinalizadores vermelhos para o alto, que ficam piscando. A porta se abre e de dentro, Asa Noturna pula com seus bastões a postos.

Cai em frente ao Morte Dourada e lhe aplica golpes rápidos com seus bastões, o lançando para longe. Katana se aproxima com sua espada erguida mas é atingida por uma voadora.

No chão, Kuttler agarra uma pistola, desajeitado, aponta para o Asa Noturna que está ocupado demais em uma luta, sendo impossível dar atenção para ele. De dentro do Batmóvel, Tim Drake, o novo Robin, pula lançando um batarangue, que atinge a mão de Kuttler. Corre e o golpeia em seguida, com uma joelhada giratória. Felicidade é o que está escrito nos olhos do garoto.

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