cap 3

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Haviam se passado 3 dias desde o tiro que levei, eu estava me sentindo melhor, apenas algumas dores na região do tiro, mas nada que me eu tivesse que me preocupar já que eu estava sendo bem tratada.

Era de noite, o garoto veio até mim e me deu uma maçã, agradeci com a cabeça e logo ele saiu, parece que ele quer falar algo, ou se desculpar, mas não consegue ou tem medo. Hoje mais cedo ele estava conversando com o pai e estava falando que não foi a intenção dele fazer isso, mas se fosse preciso mataria sem pensar duas vezes. o garoto parece legal e ate sorri pra mim, mas as vezes ele parece bem mal-humorado, como se fosse me dar um soco ou algo assim, mas vai entender, né?!

- Como está se sentindo?  perguntou o rick

- Estou me sentindo bem, como vai ser depois disso?
perguntei ao homem

- Me conte você, não nos conhecemos o suficiente pra confiar em você. Desculpa aí, mas se dependesse de boas intenções todos aqui estariam mortos, e você sabe muito bem disso. Já fazem dias que lhe perguntei sobre sua história e você simplesmente me cortou todas as vezes que perguntei. Não acha que está na hora?
disse o homem.

Confesso que ele tem ração, não confio neles o suficiente, mas sei que eles não irão me matar até porque não faz sentindo, se não eles ao menos cuidaria da minha ferida

- Eu sou a dalilla, disso você já sabe, eu estou completamente sozinha, e se você quer saber da minha família não perca tempo, não irei falar. E não, não pretendo matar você ou alguém daqui, sou apenas uma criança como disse a michonne, você tem total razão, se dependesse de boas intenções estaríamos mortos, agradeço por cuidarem do meu ferimento, mas estou cansada dos olhares desconfiado de todos vocês, entendo que não pareço confiável, mas não faz sentido isso tudo, eu confio em vocês, se não confiasse eu se quer dormiria.
soltei tudo que estava na minha garganta

- Tá tudo bem, dalilla. Não perca a cabeça tão cedo, só quero conversar, tudo bem se não quiser falar da sua família, mas se quer continuar com a gente preciso que você mostre que podemos confiar em você.
disse o homem em tom de compreensão

Como? - perguntei

- Temos mais do nosso grupo, pretendemos encontrá-los, não sabemos se eles estão vivos ou mortos, então quero que saiba que isso não depende só de mim, você pode continuar mas saiba que a decisão deles também será importante.
Falou o homem olhando em meus olhos

Mas e se eles estiverem mortos? Pensei, mas não falei, o homem se quer confia em mim direito imagine se falo uma merda dessa.

- Tudo bem.
falei e baixei a cabeça

- Sairemos amanhã cedo, então fique pronta.
o homem falou e logo saiu de onde eu estava.

"O sol estava nascendo, acordei um pouco cedo e fui lá fora pensar um pouco, "será que vale a pena continuar com eles?" "E se o grupo não me aceitarem?", pensei nisso a noite inteira, mas não faz sentido, sempre foi eu por mim mesma, então não vou permitir que eu fique tão preocupada com algo assim, não dependo de ninguém a não ser eu mesma." 
logo observei alguém se aproximando, era o garoto, o carl

Oi, posso sentar? - perguntou o menino, dessa vez ele parecia bem-humorado.

Claro, pode sim - falei dando um sorriso sem mostrar os dentes

Me desculpa, eu realmente não tinha a intenção de ferir você. - o garoto falou com a cabeça baixa

Tá tudo bem, eu entendo, no seu lugar eu também faria o mesmo, eu estava completamente suja e parecia mais uma morta do que uma viva, não se preocupe com isso, você só queria proteger sua família. - falei em tom de compreensão para o garoto.

Me desculpa mesmo, espero que sejamos amigos - o garoto falou. Fiquei em silêncio por alguns segundos depois do que ele falou.  Mas logo então respondi

- Amigos?
falei e o garoto  me olhou confuso

- Sim. amigos. Porque a surpresa? o garoto perguntou confuso

Eu nunca tive amigos, então essa será uma nova experiência - falei dando um risada desconfortável.

"eu só tive uma amiga da vida, mas não acho que poderia considerar ela uma amiga, ela me batia e falava que era para o meu bem, fora as diversas vezes que ela me obrigava a beijá-la e fazer coisas que uma criança claramente não faria.  jamais teria coragem de contar isso pra o garoto, a gente nem se conhece direito."

Vamos nessa, precisamos ir - rick falou, e então eu e carl nos levantamos e seguimos ele e a michonne.

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