cap 4

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Andamos por um bom tempo, a minha ferida praticamente estava boa, porém eu acabei tropeçando com tudo sobre os trilhos quando estava fazendo uma aposta com carl e michonne, a queda foi de menos, difícil foi levantar e não sentir vergonha com os olhares sobre mim, carl veio me ajudar a levantar e michonne verificou meu curativo e por incrível que pareça a ferida estava cicatrizando rápido. Eu tive muita sorte, a bala atravessou e por pura sorte não tinha nenhum pedaço dela sobre meu corpo. O que era novidade já que a sorte nunca foi de andar ao meu lado.

- Vamos lá, temos que seguir em frente - disse rick vendo que não adiantou minha queda e eu continuei sobre os trilhos.

- Você já perdeu, sua queda foi o suficiente - rick fala se esforçando pra não rir

Qual foi, ricardão, eu tava em vantagem - falei pra o mais velho que ficou confuso com o "ricardão"

Ricardão, é? - rick perguntou

Michonne e carl caem na risada e logo meu mundo parou por um tempo, ver eles caírem na risada parecia tão confortável, uma sensação de paz e felicidade tomava conta de mim de uma forma inexplicável. Rick notou que parei do nada e veio até mim

- Você está bem, dalilla?  perguntou o mesmo

- Estou sim.
respondi tímida

Vi michonne "cair" e vi que o carl venceu, paramos por um segundo e carl dividiu o chocolate com a gente, eu não esperava essa atitude, mas fiquei feliz com isso.
Era estranho a maneira como eles fazia eu me sentir em paz.

- Talvez um dia eu terei coragem de falar isso pra eles
pensei em voz alta sem notar que parei do nada

- Falar o que?
tomei um susto quando notei a presença de carl perto de mim

- Você me assustou, garoto
falei tentando desviar do assunto

- Você não respondeu
o garoto falou rindo

- Não é nada, eu pensei alto. respondi e logo caminhei mais rápido pra acompanhar rick e michonne

Carl me olhou confuso e me acompanhou igual.

Já estava tarde, rick decidiu irmos arrumar um lugar para dormimos. encontramos um carro não muito longe de onde estávamos caminhando, não era tudo isso mas estava ótimo já que não podemos escolher tanto.

Ouvimos um barulho de passos, fiquei assustava ao ver um cara apontando uma arma na cabeça do rick e logo então fomos cercados, um cara agarrou o carl e logo então entrei em desespero absoluto quando senti alguém me segurar, michonne também tinha sido pega, eu sei que eu não queria viver, mas não queria morrer dessa forma, essas pessoas não mereciam morrer assim.

- Por favor, nos deixe em paz
falei sem ao menos entender o que esses caras queriam

Cale a boca, sua vadia, antes que eu mesmo faça você calar- falou o   homem com a arma apontada sobre a cabeça do rick. senti o meu corpo arrepiar e tudo parou, eu não conseguia entender muita coisa,  lembro de ter visto alguém chamado daryl chegar e tudo aconteceu muito rápido, só lembro de ter visto o rick arrancar a carne do pescoço do homem que estava com a arma sobre sua cabeça quando um tiro me atingiu em cheio

- Mas que merda
soltei um grito alto. eu simplesmente não conseguia acreditar que fui atingida mais uma vez. Meu braço sangrava pra caramba, tentei me manter acordada e tudo aconteceu muito rápido, minha visão ecureceu e quando acordei aqueles homem  já estavam todos mortos e eu simplesmente não lembrava de ter entrado no carro. Rick ficou fora do carro conversando com o homem chamado daryl

Michonne abraçou a mim e a carl, era uma mistura de sentimentos. Dor, medo, e entre outros que insistiam em permanecer sobre mim. Era inevitável não chorar, eu odiava chorar na frente dos outros, mas aquilo foi tão inesperado, o medo de perder eles tomou conta de mim de uma forma inexplicável, eu não entendia o porque. sempre fui tão sozinha e em poucos dias essas pessoas tornaram tanto pra mim.

Ouvi a conversa de rick e daryl, e pude entender um pouco do que tinha acontecido. Rick, carl e michonne estavam instalados em uma casa, esses caras chegaram quando apenas o rick estava na casa, infelizmente rick precisou matar um ou dois caras, não lembro ao exato, estava tão exausta que simplesmente parei de dar ouvido a conversa quando notei o carl chorando

Estendi minha mão sobre a sua e apenas apertei com força, ele parecia confuso mas permaneceu com a mão sobre a minha.

Michonne havia colocado uma faixa sobre meu braço, já estávamos sem muitos remédios, então ou eu sobreviveria a isso, ou morria de vez.

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