4.
Era manha novamente, mas não em um dia qualquer. Hoje completava mais um aniversário daquela fatídica data que o menino dos cabelos cacheados jamais esqueceu. Por mais que no dia anterior ele estivesse preocupado com o que fez a Pedro, todo o ano era igual nos dezessete de junho. Tentou ficar um poco menos frustrado, mas algo sempre parecia fazer seu coração se reservar.
Agora estava abraçado no moletom de sua mãe, e assistia ao filme favorito "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom" lembrando da sua voz risonha dizendo "eu viveria facilmente em Nova York, correndo contra o tempo para entregar o café da minha chefe estressada, meu sonho de garota do coque frouxo" e certamente, ela foi embora viver seu sonho, enquanto João ainda tinha 13 anos e tentava entender o porque dela não querer o escolher.
Os planos do garoto eram passar o dia naquela melancólica, mas o visor de seu celular indicou algo de seu agrado, estranho, mas um estranho nada ruim.
De qualquer forma estava um pouco mais animado, e não entendia aquela sensação estranha. Porque para ele alguém que não conhecia e que ao menos fazia questão dele o faria bem? Talvez não seja a hora para entender, mas ele quer aproveitar o que sentia.
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Camisa Dez - pejão
FanfictionNunca foi o ponto forte de João. Ele não era bom em demonstrar seus anseios. Para que serviria um jogador que não vence? "Destemido mas, nunca imbatível" era como seu pai fazia questão de repetir. Quem diria que aquele garoto de altura mediana e o...