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— Capítulo 11 —

Quando Christian levou Ana para casa, a noite escura perdurava Seattle mesmo que com a cidade inteira acordada. O primeiro por do sol da primavera havia sido admirado da praça central, envolta de um monte de gente, e Ana teve os braços de Christian envolta dela durante todo o tempo. E tudo parecia mágico e eterno, retumbava os momentos anteriores em sua mente como uma música.

_ Nós devíamos nos ver amanhã - ela comentou distraída, fazendo o outro dar uma risadinha com sua forma de comentar as coisas em vez de simplesmente perguntar.

Ele parou o carro na rua em frente a casa dela, e Ana deu uma olhada de soslaio, observando a janela da sala aberta e as luzes acesas. Seus pais com certeza a esperavam, mas ela acreditava que não estavam a vigiando.

_ Amanhã eu vou trabalhar de manhã até as 11h, depois vou almoçar com meus pais e aí as 18h vou ao Magic! Divertido com os colegas da faculdade - ela informou.

Mesmo sem Christian perguntar Ana sempre contava todos os planos, e ele já estava acostumado em saber cada passo da garota.

_ Eu vou sair com um amigo amanhã -  ele falou de volta.

_ Mas você poderia ir comigo para o Magic! - ela convidou. - Eu sei que não deve ser muito atraente a ideia de passar sábado à noite com um bando de universitários, mas eles também vão levar outras pessoas. Vai ser legal.

Christian deu um sorrisinho para ela, levando a mão para segurar a dela, deixando um beijo no torso em seguida.

_ Mesmo se fosse um bando de crianças ainda assim eu adoraria ficar com você, querida - ele respondeu. - Mas é que eu vou estar com Elliot, o meu amigo, a noite. Como nós sempre nos vemos sábado à tarde, eu acabei combinando com ele de sairmos a noite.

Ana fechou o sorriso, transformando em uma expressão triste.

Ela sabia que não precisava ficar grudada em Christian, mas era que a cada vez que eles tinham mais intimidade, mais ela queria ele por perto, e mais ela se sentia bem e confortável... ela mesma. E eles já passam todos os domingos longe um do outro até a segunda à tarde, e quase nunca se viam aos sábados também. E ela queria desesperadamente mais tempo com ele. Mas também entendia que ele tinha uma vida inteira longe dela.

_ Olha, por que não fazemos assim? Eu te encontro no Magic! e fico até ter que me encontrar com Elliot. Tudo bem? - ele sugeriu.

Ana levou o polegar até a boca, mordendo a pontinha da unha, tentando Christian tirando de lá no mesmo instante.

_ E eu não ando em montanha russa nem mesmo por você - deixou avisado, fazendo Ana rir.

Quando a morena entrou em casa, ela ainda tinha a sensação de todas as borboletas doidas em seu estômago e as estrelas no céu da boca. Não havia sido um beijo de fato, ela sabe, mas só o fato de seus lábios terem tocado os dele em um segundo naquela noite, foi como se o mundo inteiro tivesse mudado.

_ Filha? - Carla chamou, observando Ana que havia se recostado na porta e tinha a expressão distraída e feliz ao mesmo tempo.

_ Ah, oi, mamãe - Ana cumprimentou, indo até a mulher e a abraçando. - Como está? Teve um dia bom? Eu tive um dia bom. Tive um dia ótimo. E eu sei que amanhã vai ser ainda melhor. E o papai? Ele também teve um dia bom?

Carla não conseguiu responder, muito afetada com Ana feliz daquele jeito.

_ Eu vou dormir agora, boa noite. Não durma tarde, mamãe, precisamos dormir bem para ter um dia sempre bom.

Os 50 Tons de uma GarotaOnde histórias criam vida. Descubra agora