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— Capítulo 14 —

Ana saiu do carro com a ajuda de Christian, Kate atrás de si já falava alto tudo o que ela queria falar também.

_ Puta merda, isso que você chama de "casa"!? - a loira exclamou.

Ana meio que ainda estava estarrecida pelo jatinho. Christian simplesmente tinha um jatinho e tinha usado o próprio para levá-los para Aspen em uma hora e meia. Por aquele motivo, eles estavam ali e ainda era dia.

Mas então tinha a casa.

Que realmente não podia ser chamada de "casa".

Não chegava a ser uma mansão, mas era estupidamente muito maior que a casa de Ana, talvez o dobro dela.

E Christian dizendo que era apenas algo de férias.

_ É linda - foi só o que ela conseguiu dizer.

Porque era mesmo.

A estrutura de uma casa provinciana, toda de tijolos negros ou cinza escuro, havia uma cerca na frente como para demarcar o espaço grande que tinha em volta da casa, aramado e já ficando verde naquela época do ano.

_ Quer conhecer por dentro? – Christian questionou, animado com a reação encantada de Ana.

Ele havia comprado aquela casa há um mês, era a primeira que ia nela de fato para ficar e curtir, tendo apenas estado para resolver o que precisava e concluir a reforma restante. Era importante que Ana gostasse, ele pretendia passar muito tempo de sua vida ali, longe do mundo e de todos.

_ Claro – ela respondeu no mesmo tom que ele. – Me diz que o nosso quarto tem uma banheira gigante, por favor – ela disparou.

Christian ficou surpreso com a frase. Ele e Ana nunca dormiram juntos – dormir de verdade. Sequer já estiveram numa cama juntos, e desde aquela primeira ela havia ido em seu apartamento talvez duas ou três vezes e contando, sempre se passagem, nunca ficando realmente. Ele ficou surpreso com o "nosso quarto". Havia três suítes na casa, todas foram preparadas para receber convidados porque ele imaginou que a garota iria querer um quarto só para ela.

Percebendo como Ana ficou sem graça com o que disse, logo tratou de pegar sua mão, a puxando em direção a casa.

_ Eu adoro como nós temos o mesmo neurônio – ele brincou. – Claro que tem uma banheira gigante no nosso quarto, você pode até nadar dentro dela.

Christian deixou que Taylor pegasse o resto das coisas, só se preocupando com a mochila de Ana porque sabia que ela era tímida e não iria querer ninguém carregando suas coisas por aí.

_ Nós vamos procurar o nosso quarto então – Elliot avisou. – E vamos descansar também, nos vemos no jantar – ele gritou a última frase enquanto puxava Kate consigo escadas acima.

_ Voces me dão nojo! – Christian gritou de volta.

_ Eu não posso julgar – Ana comentou baixinho, o momento de mais cedo no carro ainda muito fresco em sua memória e seu corpo.

Se ela tivesse aquela disposição também iria querer "descansar" com Christian até o jantar – e até depois dele também.

_ Falou alguma coisa, amor? – Christian perguntou.

_ Nada – ela respondeu balançando a cabeça. – Eu só vou ligar para minha mãe avisando que cheguei, me guie, escravo – ela estendeu a mão para ele e se concentrou no próprio celular.

_ Você precisa de um aparelho novo – ele comentou, o tom firme, porque já havia insistido até o limite para dar um a ela e a garota recusava.

_ Já disse que vou comprar quando voltarmos, já tenho o dinheiro – ela resmungou de volta, um pouco irritada porque o celular havia travado de novo e não conseguia clicar no ícone de ligação. – Assim que chegarmos vai ser a primeira coisa que vou fazer.

Os 50 Tons de uma GarotaOnde histórias criam vida. Descubra agora