Alvo fácil

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Taehyung estava jogado em sua cama e olhava para o dedo branco do quarto, já era o seu quarto dia na casa daqueles alfas. Eles não voltaram ao quarto e apenas Seokjin entrava no mesmo, já que Taehyung não podia sair, o ômega era responsável por cuidar do outro. Seokjin era um ótimo médico e fez alguns exames em Taehyung, de acordo com ele, o mesmo estava indo muito bem. Sua saúde era estável. 

Ele muitas vezes se pegou pensando nos alfas, eles eram lindos, mas eram perigosos. Nunca teve sorte para alfas e sua mãe falava que ele ainda era muito novo para pensar nisso, ele discordava, já estava na idade para escolher seu alfa pós queria ter um linda família. 

Taehyung era um ômega sonhador, onde seus sonhos incluíam alfa e filhotes, uma cesta de frutas e muitos piqueniques. Ele apenas riu de seus pensamentos, o máximo que ele conseguiria era um caixão a sete palmos da terra. 

Se levantou de uma vez e pôs sua mão até seu peito com o susto que levou, achou que essa era a hora que conseguia seu caixão de lantejoulas. 

— Tudo bem? – O alfa parado perguntou ao vê a expressão assustada do ômega.

— Não, você quase me matou, não sabe bater? – Taehyung falou firme, não sabe de onde tirou coragem para falar daquele jeito com um alfa.

— Eu bati ômega, não tenho culpa se a sua audição é falha. – O alfa rebateu firme e entrou. – Podemos conversar?

— Adiantar eu dizer que não? – O ômega perguntou e viu o alfa abrir um pequeno sorriso, era fofo.

— Se você disser que não quer, eu volto em outra hora. – O alfa disse simples.

Taehyung pareceu pensar naquela possibilidade, mas entre os alfas que tinha naquela casa, aquele era o que mais parecia inofensivo ou era apenas sua cara de santo que fazia ele pensar assim. Deu espaço na cama e deu duas batida para o alfa sentar.

— Tudo bem, vamos conversar, não tenho nada melhor para fazer. – Taehyung disse simples e o alfa riu. — Você tem UNO? Podemos jogar apostando na minha vida.

— Eu não tenho UNO, e não vamos apostar sua vida. – O alfa riu da cara de decepção do ômega. —Como você está? 

— Péssima forma de começar um diálogo com alguém que foi sequestrado por engano e ainda está sendo obrigado a se manter preso. – Taehyung falou com deboche e isso despertou risadas no alfa.

— Olha, me desculpa te manter aqui, mas precisamos encontrar o outro ômega. – O alfa falou simples.

— Ele é tão ruim assim? – Taehyung perguntou baixinho, porque ele estava ali para ser morto.

— Sim, e junto do seu alfa eles fizeram muitas coisas ruins, precisamos fazer com eles parem.

— Depois eu vou embora? – O alfa assentiu em concordância. 

— Você cheira a morangos. – O Alfa disse ao sentir o cheiro do ômega intensificando demais. 

— Você deve estar enganado, eu não tenho cheiro algum. – O ômega disse simples e o alfa olhou confuso para o outro. — É um erro genético.

— Bom, estou sentindo cheiro de morangos. — O Alfa falou e se levantou e o ômega acompanhou seus movimentos. – Vamos dar uma volta por aí.

— Não mesmo, quanto menos eu souber mais é a chance de eu sair vivo. – O ômega foi rápido em negar.

— Certo, depois Seokjin te acompanha. – O alfa falou e olhou para o ômega novamente. — Aliás, meu é nome Jung Hoseok, diminuiu as chances de você sair vivo daqui de qualquer maneira.

O alfa saiu rindo alto da cara de espanto do ômega, já Taehyung só conseguia pensar o quanto estava fudido. Ele sabia o nome do alfa e agora isso era um perigo, começou a respirar pesado, aquele alfa queria matá-lo de qualquer maneira. Teve mas certeza ainda, ele não sairia vivo daquele lugar.

Queria mesmo ter jogado UNO, ele era bom e poderia sim sair vivo daquela casa ao ganhar sua aposta. Era o único jeito de vencer os alfas, em jogos.  

Hoseok tinha um sorriso bobo e andava pelo os corredores grande de sua casa, seu alfa ainda não estava falando consigo desde o dia anterior quando chamou o ômega de fofo, mas ele sabia que no fundo Yoongi concordava consigo, ele até falou que seu cheiro era bom. 

Yoongi odiava ômegas. 

Foi até a sua sala e viu Jungkook parado na mesma, ele parecia estar falando algo sério com Yoongi, pois era notório sua cara de raiva e seu cheiro forte.

— O que aconteceu? – Hoseok perguntou enquanto se aproximava. 

— Ferrou muito J-hope. – Jungkook falou às pressas. — Tem alfas da Black Blood rondando a casa de Taehyung, eles sabem que vocês estão com um ômega aqui, aqueles filhos da puta está recebendo informações daqui de dentro.

— Quem poderia estar vazando informações? – Hoseok perguntou com sua voz grave. — E porque estão indo até a casa do ômega? 

— Eu não sei, mas eles estão vigiando a casa, à espera de qualquer erro para atacar. – Jungkook falou aflito, ele só conseguia pensar em Jimin, estava gostando muito da aproximação do ômega. 

— Precisamos ficar atentos, Taehyung agora é um alvo fácil. – Yoongi falou e Jungkook confirmou. 

— A família dele também está em risco, sabemos que o líder deles não vai poupar nenhum por informações. 

— Avise a Seokjin, diga para não sair de perto do ômega por nenhum momento. – Hoseok falou e Jungkook confirmou. 

— Certo, vou me manter por perto da família do ômega. 

— Avise aos outros que fiquem atentos, vamos reunir todos. – Hoseok falou firme e saiu da sala batendo a porta com força. 

Taehyung estava em perigo, tinha que concordar com o seu alfa, o garoto não tinha que estar ali. Eles tinham inimigos demais, e agora o ômega era alvo deles, seu lobo ficou com raiva e a todo momento queria controlar, só de imaginar o ômega correndo perigo. Precisava cuidar e proteger o mesmo, pois sua vida estava em suas mãos agora. 

Andou em passos largos até o galpão e ficaria no aguardo dos outros. Seja quem for o responsável por vazar informações ia pagar da forma mais dolorosa possível. Taehyung era inocente demais para estar em um mundo como aquele, ele meteu o ômega nisso e ele ia fazer questão de garantir a segurança do ômega. 

Precisava encontrar o traidor o quanto antes, a sua máfia era como uma família e Taehyung entrou para a mesma de um modo errado, mas agora ele ia fazer parte da mesma caso quisesse sobreviver, aquele ômega ia surtar só de imaginar que seus dias de liberdade estava cada vez mais longe de chegar.

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SEVEN - Relações Traiçoeiras Onde histórias criam vida. Descubra agora