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★彡[ꜱᴛʀᴀʏ ᴋɪᴅꜱ]彡★

— Bunny? Voltamos, meu anjo — Jisung chamou pelo coelhinho, abrindo espaço para que Lix conseguisse passar com o gatinho nos braços.

Felix se jogou no estofado macio do sofá, se acomodando e descansando ali, com o felino na forma humana em seu colo, apertado ao aconchego paterno e ainda tendo umas lágrimas escorrendo pelas bochechas macias.

— Jiji, aonde vocês foram? — Minho esfregou os olhos, cansado pelo horário mas fiel em sua promessa a si mesmo de esperá-los voltar.

Jisung puxou o coelhinho para um canto, para lhe explicar os recentes acontecimentos e acalmar-lhe o coraçãozinho apertado de dor.

Com muita calma e peso no olhar, Minho se aproximou cautelosamente do gatinho, acariciando os cabelos macios e os pelinhos das orelhas ainda aparentes.

— Nuh chora não, nini.

Hyunjin virou o rosto, mostrando as marcas vermelhas espalhadas por si e as lágrimas gordas a rolarem para as vestes manchadas.

Sem sequer verbalizar suas vontades, o abraço gostoso agora era o que o gatinho recebia por estar no colo do coelhinho, que o abraçava e lambia as lágrimas bobinhas, como símbolo de carinho pelo mesmo.

Os dois pareciam se confortar, como se seus cheirinhos fossem até o outro como pedido de trégua, uma calmaria em meio a tempestade. E Felix não fazia ideia, mas Jisung já sabia que a produção de ocitocina tendia a ser maior em híbridos, principalmente em momentos como aqueles naquelas situações.

E claro, ambos soltaram aquele odor docinho, característico do hormônio que acalma com o intuito de confortar um ao outro. Simples, não é?

Depois do carinho entre irmãos, Hyunjin voltava para os braços de seu papai, sendo levado até o banheiro.

— Precisa de algo mais? — Jisung perguntou, sendo atencioso como sempre.

— Não, você já me ajudou muito, de verdade — Felix respondeu, sorrindo com afeição — Obrigado, Hannie.

Hyunjin permanecia em seu colo, agarrado como uma massinha grudenta e fofa.

— Bom, já vamos indo então — Jisung se despediu — Amanhã passamos aqui pra ver como vocês estão, combinado? — beijou levemente a testa do loirinho, dando as costas e saindo com Minho pela porta da entrada.

O gatinho reclamava conforme o paninho molhado limpava alguma parte sensível e dolorida. E por mais que não quisesse, Felix precisava o lavar.

Por saber que o banho é um assunto delicado para o felino, Lee decidira que apenas o paninho molhado com essência calmante fosse o suficiente para o final daquele dia estressante e cansativo.

— Pronto, anjinho. Acabei. — secou o corpo úmido e o segurou nos braços novamente, levando para o quarto.

O conforto do moletom quentinho ajudava com a calmaria que os dois procuravam. E já bem acomodado na cama, Felix aproveitou para arrumar algumas coisas antes de dormirem.

O pote grande abordava algumas bolas de sorvete de flocos com duas colheres fincadas no topo escandaloso de doce.

— Gatinho, olha o que papai trouxe — fez carinho nos ombros encolhidos e viu os olhinhos brilharem com a visão — Quer sorvetinho?

— Uhum... — ele se sentou e abriu as mãos, bobinho e mais calmo, como se o que quer que tivesse acontecido anteriormente não passasse de um pesadelo muito realista.

O rabinho balançava com o conforto que sentia naquele doce gelado e também pelo fato de ter a companhia da melhor pessoa do mundo.

O sorvete ia se acabando e o gatinho já ficava satisfeito. Mas ainda tinha uma coisa que queria demais, só esperava o momento certo para pedir.

Os braços finos rodearam o pescoço do mais baixo, colocando-se no colo de seu agora dono. Finalmente alguém disposto a cuidar do mesmo, apreciar sua beleza e o ajudar quando as coisas não estiverem bem. Ele era perfeito, Felix era perfeito para si.

Jamais imaginaria que aquele tipo de amor e carinho poderia ser de fato algo real. Queria que aqueles momentos durassem para uma eternidade infinita enquanto criavam novas eternidades.

— Papai... Jinnie pode ter leitinho?

Felix sorriu materno, segurando o rostinho com as mãos enquanto os seus dedos acariciavam os limites da face.

— Você pode ter tudo o que quiser, meu anjo — beijou-lhe a testa, permitindo que as respirações se misturarem e o calorzinho os acolhesse.

Ao se acomodar nos braços de Felix, ele se sentia nas nuvens. Finalmente sendo devidamente bem cuidado e bem tratado como deveria ter sido desde o primeiro dia em que sua existência fora proclamada.

O olhar felino aguardava pacientemente Felix se ajeitar na cama e tirar o moletom, permitindo o gatinho de se esbanjar nos seios carregados de leite e de amor.

"Se essa rua se essa rua fosse minha
Eu mandava eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas com pedrinhas de brilhantes
Para o meu para o meu amor passar

Nesta rua nesta rua tem um bosque
Que se chama que se chama solidão
Dentro dele dentro dele mora um anjo
Que roubou que roubou meu coração

Se roubei se roubei teu coração

Tu roubaste tu roubaste o meu também

Se roubei se roubei teu coração

É porque, só porque te quero bem"

𝘚𝘵𝘢𝘺 ●︿●

𝐠𝐚𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨 ♥ 𝐡𝐲𝐮𝐧𝐥𝐢𝐱Onde histórias criam vida. Descubra agora