Little Monster

Kids With Guns.

*GATILHO PARA ESTUPRO*

(se você for uma pessoa sensível quanto ao assunto, por favor pule ou avance para o final).

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Quarto mês.

Escola, horário de saída. Corredor.

Depois de um longo mês, Noodle finalmente melhorou e saiu do hospital. A pobre menina encontrava-se mal mas, por sorte, recuperou-se em um tempo... favorável. Nem parecia que estava doente, para falar a verdade. Os médicos até comentaram que a nipônica possuía energia para dar e vender e, portanto, foi alvo de menos preocupação para com a mídia.

Por falar em mídia, o show rendeu ao Gorillaz boas críticas e até mesmo foram chamados para gravar um novo comercial! Murdoc ficou no lucro e "encheu o rabo de dinheiro", como diria a Niccals. Imaginem a felicidade dele.

E Lucy?... Bem... Lucy estava... famosa. Após aquela confusão todo mundo queria ser amigo dela. Ficou até chato e tinham pessoas que a achavam metida somente por querer interagir apenas com seu grupinho... como sempre fazia. Sarah ficou com ciúmes... Alex, Taylor, Oliver e até mesmo Debbie— que agora andava com eles— também. Mas tudo tende a seguir seu fluxo, não é mesmo? A vida não lhe parecia mais tão ruim comparada à quando chegou em Londres.

–Gente, tenho que ir pra casa.– Gesticulou enquanto andavam pelo passadiço quase vazio por ser o último período de aula.– Prometi para a Noodle e aos outros que chegaria a tempo para o jantar.

–Jantar?... Murdoc anda muito generoso com você ultimamente, hein Lulu?

–É claro, Alex! A menina rendeu muito dinheiro para o cara no último show.

–... Não falem assim.– Pediu envergonhada.– Nem vamos jantar juntos, para falar a verdade. É só uma desculpa para o pepino me explorar e me fazer ficar duas horas treinando no baixo ou seja lá qual for o instrumento. Acredita que agora eu sou a porra da quebra-galhos dele?!

–... Que grande filho da puta.

–É... ele é.– Fez uma careta de quem queria xingar o pai de tudo quanto era tipo de palavrão.– Infelizmente não posso ir contra. O povo me ama.– Deu de ombros, fingindo-se de esnobe.

–... Tem gente que te odeia.

–Jason e a gangue do maternal dele não contam, hunf.– Todos gargalharam com o comentário. O loiro realmente havia parado de atormentá-la após o show... algo um tanto quanto suspeito, porém a Niccals sabia que este não iria deixá-la em paz. Como? Jason a observava silenciosa e miraculosamente em praticamente todos os momentos. Como se... planejasse alguma coisa.

–Ah, Lucie, já ia me esquecendo...– Warnock roía a unha do dedo polegar, algo que sempre fazia quando precisava urgentemente lembrar de algo. Um gesto meio estranho que pegou quando era criança.– Meu pai mandou o Russ buscar as novas baquetas dele lá na loja e pediu para te avisar.

–Obrigada, "Debbie pombo-correio".– Zombou da ruiva e esta reagiu com um soquinho no ombro da morena.– Acho que não sou a única "escrava de pai" por aqui.

–É, o velho me explora pra caralho!... Já não basta ter que saber as matérias das aulas, agora preciso lembrar até do que preciso entregar para seus parentes estranhos. Vê se pode!– Brincou enquanto saíam da escola.

–E você recebe salário, ruiva?

–Meu salário é dormir debaixo de um teto e não ficar com fome.– Expremiu sarcasticamente.

–... Ah, é uma troca justa.– Alex pôs o dedo indicador nos lábios, pensativo. Pararam na bifurcação da rua que os separavam.

–Você dá o recado pro Russ, Lucy?– Questionou esperando sua confirmação.