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࿐ ࿔: PERTENCES PERDIDOS : * ࿔ ࿐
NAKORA
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Certa vez, Nakora foi informada de que sua irmã mais nova, Kiri, estava bem e que ela estava se conectando ao mar muito bem. Isso eventualmente acalmou a garota e realmente a deixou feliz; saber que sua irmã estava se adaptando ao novo lar.
Depois disso, ela e seus irmãos já estavam sendo preparados para o próximo curso de treinamento. Enquanto esperavam pelas ordens consecutivas, Nakora e Neteyam se viram brigando por causa dos olhares que seu irmão mais novo e Tsireya trocavam. Foi dolorosamente engraçado vê-los se envolvendo em suas próprias palavras.
Eles pararam quando uma criatura repentina chamou sua atenção, logo Aonung começou a estalar a língua para chamar o animal. "Estes são Ilu. Se você quer viver aqui, você tem que cavalgar." Ele apresentou o animal ao grupo de estrangeiros.
Rotxo e Tsireya avançaram para buscar seu Ilu. Cada um dos mentores caminhou ao lado de seu estagiário, Tsireya aproveitando a oportunidade, quase instantaneamente, colocou-se ao lado de Lo'ak. Para surpresa de Nakora foi o mais velho que se colocou ao lado dela, Aonung, deixando Neteyam com Rotxo.
Ela estranhou que o garoto que já foi louco por ela, a escolheu para ficar. Com o que aconteceu antes, talvez seja por isso que ele queria ficar de olho nela.
Aonung acariciou o Ilu gentilmente, como um sinal de paz. Ele então fez sinal para que a garota se aproximasse, podendo ela tocar a bela criatura. Mesmo assim, foi ele quem se aproximou da garota, ele manteve distância dela.
A garota hesitou em tocar a criatura, isso porque em seu bioma os laços eram feitos de forma diferente, mais violenta.
"Os Ilu não são perigosos; eles não se esforçam para matá-lo como as criaturas fazem em seu bioma. Não os tema." O menino alegou ter assegurado a Nakora que era seguro para ela acariciá-lo.
Dando um passo à frente, Nakora tocou o animal, apenas para descobrir que era mais amigável do que ela esperava. Seu sorriso se iluminou quando o Ilu decidiu se aproximar dela. Ela nunca havia encontrado um animal tão despreocupado e calmo antes, em seu clã as criaturas eram muito mais cuidadosas e protetoras.
"Eu apenas me relaciono com isso?" Nakora perguntou curiosamente ao menino Metkayina parado ao lado dela.
"Bem, sim... Ilu reage às suas ações, assim como qualquer outra criatura. Se eles não estão se comportando, você está fazendo algo que pode potencialmente desencadeá-los." Ele disse enquanto acariciava a cabeça do Ilu.
Nakora demorou a olhar para o menino que acariciava delicadamente a cabeça do animal. Ele nunca demonstrou muitos afetos com as pessoas, mas se tornou uma pessoa diferente com os animais. Assim que ele olhou para cima para ver Nakora olhando para ele, ela virou a cabeça para onde estava a criatura.
"Tá..." Sentou-se cuidadosamente no Ilu, dobrando um pouco as pernas para que parte delas ficasse submersa.
"Você precisa dobrá-los mais." O menino afirmou olhando para as pernas dela. "Aqui." Ele disse puxando a perna dela até que a maior parte dela estivesse imersa.
Surpresa com o ato repentino, Nakora engoliu em seco, olhando apenas para o Ilu.
"O que você está esperando? Faça o vínculo." Ele fez uma pausa. "Ah, mais uma coisa, tente não se humilhar." Ele sorriu para o Nakora, que coincidentemente respondeu com a mesma expressão.
"Skxawng." Ela soltou sob sua respiração.
Lembrando de tudo o que foi dito, ela se acalmou, para não se encontrar em um lugar humilhante. Ela se concentrou apenas na criatura com a qual estava fazendo o vínculo, sincronizando suas respirações, ouvindo seus batimentos cardíacos e fazendo com que se sentisse confortável. Uma conexão foi feita e tudo estava indo bem. Confiante no ritmo da criatura, ela mergulhou na água com seu Ilu. Depois de entregar a tarefa com sucesso, ela se viu com um sorriso brilhante. Um sorriso que poderia fazer qualquer um feliz.
Nakora olhou em volta para ver seus irmãos que estavam fazendo a mesma tarefa, apenas para vê-los falhar miseravelmente. Ela riu com todos enquanto voltava para onde Aonung e Tsireya estavam.
"Você é natural." Tsireya orgulhosamente apontou.
"Oh, por favor. Crianças pequenas fazem isso o tempo todo." Aonung afirmou em tom de provocação.
"Sabe, eu gostaria de ver você andar com um Ikran." Nakora provocou, ganhando um olhar dele.
Assistir Neteyam finalmente dominar seu Ilu depois dela foi apenas mais um motivo para ela zombar dele. Ambos tinham uma guerra amistosa constantemente em ação, obviamente todos sabiam que eles estavam apenas brincando, mas nenhum deles gostava de perder, principalmente um contra o outro.
"Então, irmão. Qual é a sensação de falhar?" Ela perguntou arrastando-se ao redor dele.
"Não pense que você é tão especial, Aonung disse que crianças pequenas fazem isso o tempo todo." Ele apontou, levando-a a bater nele de leve. Aonung apenas sorriu com o ato.
"Você está insinuando que acabou de perder, não só para mim, mas para um bando de crianças?" Ela disse começando a fugir assim que percebeu que o menino mais velho começou a persegui-la. Depois de alcançá-la, ele a puxou para debaixo d'água inesperadamente, arrancando risadas de todos.
Tossindo, Nakora conseguiu espirrar no rosto dele, com a água batendo nos olhos. "Seu idiota! Você está tentando me matar?" Ela riu porque não conseguia mais conter o riso. Alguns minutos se passaram e eles fizeram trégua, pois nenhum deles conseguiu mais continuar o jogo-luta, devido ao cansaço.
Ela adorava brincar de luta com seu irmão mais velho, isso lhe trazia paz. Ele era um dos únicos que conseguia fazê-la rir sempre que queria. Aqueles dois eram como a escuridão e a luz, sem a escuridão não podemos discernir a luz. Ela não suportava saber como seria a vida sem ele.
