𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐇𝐨𝐧𝐫𝐚 ➾ 𝐀𝐨𝐧𝐮𝐧𝐠 ♔

017. sessões semelhantes

࿐ ࿔*: SESSÃO SEMELHANTES: * ࿔ ࿐ 

CAPÍTULO DEZESSETE 

AONUNG 

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Já estava escuro; o vento que passava era leve; esquentar. Os mares estavam calmos, lisos; A noite, quieta, silenciosa, escondida; Os animais dormiam profundamente, num silêncio harmonioso, acompanhados pelos leves grilos das folhas que batiam uns nos outros. Uma das noites mais bonitas que Metkayina teve nos últimos tempos. 

Tudo estava em paz. 

Tudo, exceto Aonung. 

O menino estava uma bagunça completa, olheiras podiam ser vistas, sob seus olhos, sinais claros de exaustão; seus olhos vermelhos, brilhantes, sem movimento; seu rosto estava inchado, obviamente de tanto chorar. Parecia que ele estava completamente isolado do mundo; passar horas olhando para o chão sem reação, apenas ali. 

Ninguém poderia descobrir o que estava acontecendo com ele; seu pai tentou interagir com ele, mas nenhuma expressão diferente da já mostrada foi expressa. Sua mãe nem tentou; ela sabia que era melhor dar-lhe espaço. Mesmo assim, ela aconselhou a filha caçula a dormir mais perto dele, caso algo acontecesse. 

O próprio Aonung estava confuso. Ele não sabia por que o episódio anterior possivelmente o incomodaria tanto; para ele ser apresentado nesse estado. Claro, ele deveria estar preocupado, mas ele nunca teria imaginado que tal coisa poderia levar a uma ânsia nessa escala. 

Tanta coisa havia acontecido naquele dia, e o que mais parecia assombrá-lo era o medo de que pudesse acontecer de novo a qualquer momento. Assim que a garota foi tirada dele, a cabeça de Aonung foi desligada completamente. Ele se sentia vulnerável e ao mesmo tempo inútil. 

Como ele pôde deixar algo assim acontecer com ela? 

Pelo menos, isso foi o que seus pensamentos foram cumpridos. Perguntas constantes, perguntas idiotas, que nem ele mesmo sabia responder. 

E agora é a grande questão; Por que ele continuaria a se torturar emocionalmente por algo que não tinha controle? 

Talvez porque já aconteceu antes. Ele não gostava muito de falar sobre isso, mas a perda que experimentou, tão jovem; fez com que ele fechasse completamente as outras pessoas. A pessoa que ele havia perdido, assumiu sua presença como uma das mais significativas de sua vida. Ele nunca pensaria que um dia teria que viver sem ele. Ele era tudo para ele. 

Seu nome era Atan'eko. Um dos guerreiros mais corajosos que o Metkayina tinha em mãos, um orgulho para o clã. Ele era simplesmente perfeito; suas habilidades excelentes, velocidade, combate, vantagens de sobrevivência; nada que alguém possa imaginar. E tudo isso, com a mente de uma pessoa gentil e carinhosa. 

Para Aonung, Atan'eko era como um irmão mais velho para ele. O mais novo faria qualquer coisa para passar um tempo com ele. Atan ocuparia seu próprio tempo, ensinando a Aonung tudo o que sabia sobre luta, pesca e caça. 

E Aonung simplesmente adorou. 

O vínculo que os dois desenvolveram era de dar inveja. 

Manhãs, tardes, noites; fosse qual fosse a hora, era como se esses dois estivessem colados no quadril. Atan'eko, ainda era jovem, poucas coisas tomariam seu tempo; então, ele poderia facilmente passar com o menino. O mesmo vale para Aonung, menino jovem e curioso, livre das responsabilidades que agora assumia. E conforme os dois cresciam, mais próximos eles ficavam. Eles brincavam juntos, caçavam juntos, contavam tudo um ao outro; pelo menos, era assim que Aonung via. Até que não eram mais contos de fadas. Atan'eko começou a se distanciar do menino Aonung, machucado pela ação, nunca obteve uma explicação; com o tempo ele ficou mais bravo, mais frio. 

Mas ele logo se arrependeu de seu comportamento diferente. 

A razão pela qual Atan'eko se distanciou de Aonung, teria machucado o coração de Aonung em outro nível. E ele não podia deixar isso acontecer, então ele escondeu dele. No máximo doeu, ele estava fazendo isso para protegê-lo, mesmo que isso o irritasse. Isso foi até que ele não pudesse mais fazer isso. Ele tinha que dizer a ele. 

A princípio o menino se recusou a ouvir as desculpas mais velhas, claro que ouviria, estava magoado. Mas quando a compreensão atingiu Aonung, sua expressão fria e raivosa rapidamente se transformou em uma compassiva. Lágrimas foram derramadas, muitas lágrimas foram derramadas, de ambos. Aonung não podia acreditar que algo assim estava acontecendo com ele. Foi puramente azar. 

Após sua perda, sua expressão mudou. Parecia exatamente como estava olhando agora. Quieto, silencioso, escondido. Ele era apenas uma criança, uma criança que perdeu seu irmão. A família dele. É seu primeiro desgosto. 

E estava acontecendo tudo de novo. Olhando para trás em sua situação anterior e olhando para o estado de Nakora, era basicamente semelhante. E ele estava tão assustado; para ela e para ele. Ele não podia perder apenas mais uma pessoa importante em sua vida. Ele ficaria absolutamente arrasado; destruído. 

Especialmente perdendo os dois da mesma maneira. A mesma coisa acontecendo novamente. O esconderijo, a dor; foi tudo parecido. E Aonung não suportaria enfrentar tal coisa. 

Ele não podia. 

Ele não pode perdê-la. 

Ele precisa dela. 

Sem ela, o que ele seria? 

Perdê-la não é uma opção. 

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-------------> PALAVRAS DE HONRA 

<-------- AVATAR: O CAMINHO DA ÁGUA