Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
࿐ ࿔*: REVELAÇÕES E REVOLTA: * ࿔ ࿐
CAPÍTULO ONZE
NAKORA
➴
"É azul."
"O quê? Não, não é," O menino fez uma pausa. "É literalmente verde."
"Não, não é." Outro contradisse, franzindo a testa com a afirmação.
Neteyam e Lo'ak estiveram discutindo por anos. Eles simplesmente não conseguiam concordar sobre os gostos de suas irmãs. Ambos tinham suas próprias perspectivas de Nakora. E coincidentemente, suas visões não combinavam. Isso incluía discutir sobre sua cor favorita.
"Sim, é! Tenho certeza que a conheço melhor do que você." Neteyam argumentou fazendo Lo'ak zombar.
"Sério? Que tal?"
"Eu a conheço desde o nascimento."
Lo'ak odiava o fato de que a idade era tudo o que seu irmão usaria contra ele. Era se 'eu sou mais velho que você' ou 'você é muito jovem', e o mais novo absolutamente desprezava esses tipos de declarações.
"Não puxe o cartão de idade." Ele alegou irritantemente.
"Que carta? Estou falando de fatos." Neteyam declarou confiantemente ganhando um olhar de soslaio de seu irmão.
"Ela me disse que era roxo." Outra voz se intrometeu.
Aonung já estava cansado de sua discussão. Ele tinha certeza que agia assim com Tsireya também, mas nunca imaginou que tal coisa pudesse ser tão cansativa de assistir. Ele tinha certeza de que havia interrompido a discussão de uma maneira gentil, sem ofender ninguém no processo; no entanto, quando os olhares foram conquistados por ambos os irmãos, ele quis retirar sua reivindicação imediatamente.
"Ele tem razão."
Fazendo a vez dos três garotos olharem, Kiri, se fez mostrar, trazendo consigo um buquê de flores roxas. Aonung agradeceu internamente à garota por seu tempo impecável antes que suas entranhas fossem comidas pelos olhares intensos que ele estava ganhando dos meninos Sully.
"Tsireya me contou o que você estava planejando. Eu queria ajudar." A garota disse colocando as flores ao lado de Aonung. "Agora, o que você estava fazendo."
"Desculpe, eu esqueci de perguntar." Lo'ak virou-se para Kiri. "Quem te convidou?" O menino disse maliciosamente para sua irmã, ganhando um olhar severo dela.
"Cale a boca e comece a trabalhar." Kiri disse antes de sussurrar para Aonung. "De nada."
➴
"Tsireya, onde você está me levando?" Nakora riu enquanto a garota levava seu Ilu para um lugar desconhecido.
"Apenas espere, você tem que ser paciente." Tsireya disse à garota segurando-a pela mão, gesticulando gentilmente para ela sair da criatura.
Nakora não tinha ideia do que estava acontecendo, Tsireya claramente tinha um objetivo e para Nakora isso parecia mantê-la longe de todos, mesmo que estivesse funcionando, Nakora não se importava.
"Ok, quando eu disser para você mergulhar, você mergulha." A garota Metkayina ordenou em um tom doce.
Momentos depois, Nakora estava debaixo d'água. Ver a beleza do que estava à sua frente a deixou completamente estupefata. Ela não podia acreditar no que estava vendo. Ela nunca havia experimentado nada parecido.
As formas rastejantes de bioluminescência das várias plantas que cercavam o recife junto com as dezenas de espécies de animais que agora percorrem suas casas e as cores que possuíam, completavam uma bela, se assim fosse, chamada visão impossível. Claro que não era impossível, estava bem na frente dela, porém o olhar enganador que possuía fazia com que parecesse irreal, quase falso.
Surgindo pela ânsia de conversar com a amiga, Nakora começou a falar sem parar. "Você está brincando comigo? Isso foi absolutamente incrível! Foi tão lindo; Kiri precisa ver isso, ela iria enlouquecer."
"Ah, tenho certeza que Kiri faria isso." Tsireya riu da empolgação da garota. "Da próxima vez, eu a trarei. Porém, isso não acontecerá novamente amanhã, teremos que esperar algumas semanas."
"Você está me dizendo que isso é tipo, uma vez em semanas e fui eu que consegui ver?" Nakora perguntou curiosamente enquanto Tsireya assentiu. "Reya, você é a melhor! Honestamente, obrigada. Eu estava precisando de algo assim para clarear minha mente."
Tsireya sabia disso. Essa foi a principal razão pela qual ela trouxe Kora para lá. Sua mãe havia lhe contado algumas coisas, deixando de lado as partes pessoais, que a deixaram inquieta; e como resultado, ela queria animar a garota Sully.
"Você sabe," Tsireya soltou honestamente. "Estou feliz que foi você, Kora."
"Ainda bem que fui eu?"
"Que bom que foi você, meu irmão escolheu." Tsireya admitiu com um sorriso enquanto olhava a garota confusa. "Você colocou algum juízo nessa mente idiota dele." A garota disse e Kora riu levemente.
Nakora ficou feliz em saber que a maioria da família aprovava a situação dela e de Aonung. Ela se sentiu acolhida pela família de Tsireya e Aonung e por isso, por menor que fosse aquele passo, foi uma vitória.
"Estou contente também." O almirantado de Nakora sorriu. "Desculpe estragar tudo para você, Reya, mas meu irmão gosta de você. Ele gosta de você." A garota disse com um leve sorriso conscientemente.
"Ele faz?" Tsireya perguntou, Nakora balançando a cabeça em aprovação. "Eu não tinha certeza, mas me sinto tão aliviado agora. Eu gosto de Lo'ak há algum tempo, mas nunca tive certeza." Tsireya admitiu.
"Bem, agora você sabe." Nakora fez uma pausa. "Apenas avisando, Lo'ak tem uma personalidade complicada. Ele está passando por um momento difícil com papai; também com saudades de casa e em problemas constantes. Mas, mesmo assim, ele é um bom menino. Um bom menino, que não tem ideia do seu valor. "
Tsireya demorou para reconhecer as palavras de Nakora. Ela geralmente era mais falante, mas sabia quando tinha que ouvir e quando tinha que falar; e esse foi um daqueles momentos em que ouvir não bastava, era preciso ouvir para entender o que a garota Sully estava afirmando. Tsireya sabia que Lo'ak estava passando por um momento difícil, todos os Sully estavam, mas ela não tinha ideia de que tantas coisas estavam afetando o menino de maneira tão dolorosa.
"Obrigado por isso, Reya, de verdade."
"Claro, Kora. E obrigado também, por me deixar entender o ponto de vista de Lo'ak." Tsireya disse, puxando a garota para um abraço muito necessário. "Vamos voltar, Aonung deve estar procurando por nós."
E assim, a pequena conversa de Tsireya e Nakora ajudou-as a fortalecer sua amizade e também a entender mais sobre seus entes queridos, mesmo pelo pouco tempo que conversaram foi o suficiente para ambas reconhecerem suas situações diferentes, mas semelhantes.
