Sangue

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    Quando Berry viu o corpo, estremeceu. Sentiu seus ossos gelarem e, como se alguém tivesse pausado o tempo, paralisou por completo.

    Ele tentou gritar, chamar por socorro, mas não conseguiu. Sua voz não saía, e apenas um rouco lamúrio escapou por sua garganta.
    O sangue que escorria do pescoço tinha um tom mais claro, arterial, e manchava o tapete deixando-o num tom amarronzado feio. Os olhos arregalados e sem vida da criança expressavam o mais puro terror.

   Berry voltou seu olhar para a janela aberta, onde um estranho encapuzado o encarava com um sorriso. A pálida luz da lua fazia reluzir o sangue que pingava de sua faca. Ele ainda teve tempo de ascender um Gaster Blaster antes de seu irmão entrar pela porta.
    Papyrus encarou a cena por alguns segundos, horrorizado. Berry rapidamente fez desaparecer seu Blaster.

    O assassino não estava mais lá.

— Papyrus...! Eu..! Isso não é o que parece...!

    Em poucos segundos, todos chegaram ao quarto e viram a cena. Os olhares fitavam o pequeno esqueleto com expressões de  abominação.

— Deus...o que você fez?

ConfinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora