Harry Styles iniciou sua carreira artística ainda criança e cresceu em uma família disfuncional e gananciosa, quando adolescente aprendeu a reprimir todos os traumas com drogas, e sexo.
Hoje ele é um cantor rico e egocêntrico no auge de seu sucesso...
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— Você... gostou? — Ele assente com a cabeça — Ele não é meu, é da Marina, ela me emprestou.
— Por que não ligou para o seu namorado vir te buscar? — Harry pergunta mudando de assunto, com as mãos deslizando no volante durante uma curva — Ele não atendeu o celular?
— Nós brigamos por conta deste vestido, na verdade — Respondo respirando fundo, todas aquelas taças de champagne me fazem desabafar — Luke disse que é curto demais e que eu estava parecendo uma vadia, aí eu decidi sair para dançar e tentar esquecer, pelo menos por um tempo... entende?
— Ele te chamou de quê? — Percebo que as mãos dele agora estão apertando o volante com tanta força, que suas falanges ficaram vermelhas — É a primeira vez?
— Não, e com certeza não foi a última
— Hoje é uma quarta-feira e você estava bêbada no meio da rua com a sua amiga, sabe o que poderia acontecer com vocês duas caso passasse alguém com intenções erradas por ali? — Harry altera o tom de voz e eu fecho os punhos para ouvir, ele percebe e recupera a calma — Não faz isso, é muito perigoso, Violetta
— É que além de quarta-feira, hoje também foi noss-, nosso aniversário de namoro. Eu sou idiota, sabe? Eu tava me sentindo confiante e.... bonita, e ele só debochou de mim, ele não me leva a sério — A primeira lágrima desce pelo meu rosto, e com ela vem várias outras — Eu me esforço Harry, eu juro que eu tento muito, eu consegui um emprego bom na gravadora que você trabalha, e ele agiu como se eu fosse uma piada, eu fiquei constrangida e saí do carro, eu me sinto patética. Ele odeia o meu corpo, ele detesta que eu não sou magra, porém continua me controlando, é confuso.
Nós estamos parados no semáforo vermelho, as ruas na madrugada estão vazias devido ao horário. Harry me escuta com cuidado e cautela, hoje eu percebi que ele é um excelente ouvinte, como se meus balbucios fossem de grande importância. Eu consigo notar em sua expressão facial que ele se importa, a forma como ele retirou a atenção da estrada para me encarar é um mero detalhe, os olhos dele também falam.
— Quer saber? Esquece, eu sei que é chato ouvir lamentações — Um soluço me escapa — Eu bebi demais, só isso, você já sabe que falo muito com pouco álcool, vai passar
Eu estou tão fora de mim que nem percebi que o sinal já está aberto, entretanto o carro continua parado. Harry me observa com um semblante sério, ele aparenta ter se chocado com a minha confissão, seu olhar viaja pelo meu corpo. Pernas, decote, pescoço, braços e então para no meu rosto, onde ele foca por alguns instantes. Quando ele volta a encarar a rua, reparo que ele engole seco, respirando fundo e me encarando de novo, como se estivesse procurando coragem para conversar comigo. Logo eu, que falo tanto.
