Satellite

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"Bem aqui, bem aqui.

Girando, esperando por você,

Estou aqui, bem aqui.

Desejando poder estar aí por você."


A mulher que está sentada no meu colo, sussurra todas as palavras que ela supõe que eu quero ouvir, os gemidos esporádicos causam um ruído abafado e sensual que viaja pelo quarto escuro, meus anéis enroscam na renda da sua calcinha no instante em ...

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A mulher que está sentada no meu colo, sussurra todas as palavras que ela supõe que eu quero ouvir, os gemidos esporádicos causam um ruído abafado e sensual que viaja pelo quarto escuro, meus anéis enroscam na renda da sua calcinha no instante em que minhas mãos apertam a sua pele. Ela possui unhas grandes e aproveita a oportunidade para marcar o meu pescoço, me fazendo bufar em irritação, eu terei o maior trabalho para cobrir quando sair em público.

Entre um beijo e outro, nossos olhares se reencontram e eu encaro as pupilas verdes que estão dilatadas pela tentação, a cada segundo que passa, menor a minha vontade de estar aqui.

Durante todo o tempo, não senti nada, nem mesmo quando seus dedos encontram o zíper da minha calça. Até que o efeito do LSD me atinge, tomei na tentativa de achar um escape e ir parar em qualquer outro lugar. E para a minha sorte, dessa vez, a alucinação tem cheiro, sabor e som.

O perfume de morango é o primeiro a surgir, seguido por uma sintonia de risos que só acontecem entre as mais aleatórias provocações, e por fim, minha cor preferida tinge todas as paredes do quarto.

Até as minhas fugas me levam de volta para o mesmo lugar, como se só existisse um caminho, a única solução oferecida pela minha mente é me arremessar em direção à um mar azul, que só existe dentro dos olhos dela.

Não há mais escapatória, resta admitir que ela venceu, sem ao menos tentar.

— Violetta

— Meu nome é Tiffany, Harry.

— Quê?

— Você errou meu nome, de novo — Diz se levantando e pegando as roupas que estão espalhadas pelo chão — É broxante, você nem está olhando para mim

Quando meu traficante disse que essa era forte, ele realmente falou sério.

— Desde quando você liga pra isso? — Reviro os olhos — Eu só te vejo quando venho para Paris, duas vezes no ano ou menos

— É irritante, eu não fico repetindo o nome do meu ex

— Repete ué, eu não ligo.

— Você é ridículo

— Eu nem devo te ver de novo depois de hoje, que diferença faz? 

— Bom, aparentemente nenhuma — Ela se levanta recolhendo as roupas do chão e indo em direção a porta — Não me liga de novo

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