"Porque assim que você seguir em frente,Nada mais restará."
Cinco dias.Fazem cinco dias que meu coração bate fora do corpo, três noites desconectada do mundo real. O sol ainda amanhece, os pássaros cantam, as flores desabrocham e as ondas do mar se renovam, me relembrando sem piedade, que a vida continua, independente da minha vontade.
Minha mãe morreu e isso não impede que o amanhã aconteça.
Empurrei as últimas cento e vinte horas como pude, me dando o privilégio de sentir o que fosse necessário, permitindo que o processo do luto cumpra o seu caminho.
O que pode ser facilmente traduzido como: não saí da cama com exceção das vezes em que Harry me forçou a levantar e me levou para jantar ou para admirar o céu.
Sem ele aqui, as estrelas e o infinito do universo, pareceriam provas eternas do meu vazio.
Mas quando ficamos conversando dentro do carro, no mundo perfeito e secreto que criamos, eu olho para o céu e só sou capaz de ver que eu o amo.
Amo tanto que chega a doer, de um jeito prazeroso e masoquista, que corre o risco de me machucar, porém é bom demais para que eu pare.
Hoje ele foi meu despertador, ficamos abraçados durante a madrugada fria e ele aqueceu além do meu corpo.
O braço tatuado permanece na minha cintura e eu sinto sua respiração calma em contato com o meu rosto, alguns cachos castanhos estão caídos sobre os olhos fechados, a mão no meu quadril impede que eu me mova.
Harry não está acostumado a ter alguém para simplesmente conversar e oferecer afeto, e eu ainda não estou louca para negá-lo.
— Tá me admirando? — Ele pergunta de olhos fechados e os cantos da boca se levantam.
— Você estava fingindo dormir?
-—Eu tô fingindo não saber que tenho um compromisso em vinte minutos.
— Vai trabalhar hoje?
— Eu sei, é uma merda — Resmunga enfiando o rosto no meu pescoço - Queria tanto ficar aqui.
Os beijos continuam e causam uma pressão entre as minhas pernas, meus olhos se fecham automaticamente para lidar com os toques.
Minha camisola subiu por conta dos meus movimentos enquanto eu dormia e eu não havia notado ainda, Harry desce as mãos para o final da minha coluna e para ao alcançar as minhas coxas, levantando uma das minhas pernas e entrelaçando os nossos corpos, enquanto continuamos deitados e de frente um para o outro.
— Preciso levantar... — Aviso.
— Não.
— Eu tenho uma reunião com o Robert daqui há duas horas, preciso que ele assine a autorização para a minha viagem até Nova York, para o velório.
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MEDICINE
FanfictionHarry Styles iniciou sua carreira artística ainda criança e cresceu em uma família disfuncional e gananciosa, quando adolescente aprendeu a reprimir todos os traumas com drogas, e sexo. Hoje ele é um cantor rico e egocêntrico no auge de seu sucesso...