Harry Styles iniciou sua carreira artística ainda criança e cresceu em uma família disfuncional e gananciosa, quando adolescente aprendeu a reprimir todos os traumas com drogas, e sexo.
Hoje ele é um cantor rico e egocêntrico no auge de seu sucesso...
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— Tudo bem chorar, eu estou aqui
— Eu nem deveria estar falando sobre isso, tudo está fugindo do meu controle
— Vamos aos poucos, hm? — Ele sussurra — Me responde duas perguntas, pode ser?
— Posso tentar...
— Onde?
— Na casa da minha mãe, a campainha tocou e eu achei que seria você
— Anne e o seu ex, alguém mais?
— Acho que não, eu não vi mais ninguém
— É só isso que preciso saber, por agora
Harry responde me observando com carinho e atenção, mas é só se afastar para recolher a camiseta no chão que sua fisionomia se transforma. Ele se veste e seus olhos estão marejados, não de tristeza e sim, raiva.
O ódio é perceptível em cada um de seus movimentos, Harry me estende a mão e me leva até a porta, sem dizer mais nada.
— Aonde nós estamos indo?
— Não podemos continuar aqui
— E porque não? — Ele me ignora aumentando meu nervosismo
Agora as consequências do que vivi não estão somente dentro dos meus pesadelos, cada memória está se tornando parte da realidade dele também, sei que não foi fácil escutar o que eu tinha para falar.
Isso porque não pretendo narrar tudo o que aconteceu, ele não saberá que consigo ouvi-los rindo de mim ao me deitar no travesseiro, que tenho medo de andar sozinha na rua, e pretendo manter dessa forma.
Um homem desconhecido e alto nos acompanha até o lado de fora, as pessoas que dançam em meio às luzes coloridas se divertem tanto que nem reparam em nós dois.
Porém se tem um dia no qual dispenso qualquer tipo de atenção, é hoje.
O manobrista estaciona um carro preto na nossa frente e Harry abre a porta para mim, eu o encaro incrédula.
