Lights Up

291 23 113
                                    


"Sinto muito,

De qualquer forma,

Nunca mais vou voltar atrás."


Quando o avião aterrissa em Nova York, tudo é familiar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Quando o avião aterrissa em Nova York, tudo é familiar. É estranho chegar em um lugar conhecido depois de ter passado tanto tempo oscilando entre três continentes, vejo pessoas segurando cartazes de boas-vindas para seus familiares enquanto os aguardam, e meu coração aperta um pouco.

Aluguei uma casa que encontrei na internet, estou ansiosa para decorá-la do jeito que eu quiser, para tornar a situação menos pesada.

Nem a altura consegue me assustar, amadureci mais nos últimos meses do que no acúmulo de anos, tantos fracassos intercalados com sucessos, que já estou implorando por uma vida cômoda e tediosa.

No caminho para buscar as bagagens, avisto o terminal que possui diversas lojas diferentes e decido entrar em uma delas, observo os itens nas prateleiras até alcançar a sessão de revistas e ler a manchete, anunciando Harry e Amélia como o casal do ano.

Só sinto decepção, é bizarro como tudo pode mudar da noite para o dia.

Meus olhos descem pela capa e leio um título que me faz folhear as páginas, até alcançar uma matéria escrita por mim, meus lábios se curvam em um sorriso quando sinto o cheiro da impressão e finalmente, leio as palavras que vieram de mim, expostas para que todos possam ler.

— Babando no seu homem? — A voz familiar me faz virar a cabeça e eu solto o ar que estava segurando — Não vai me dar um abraço?

— Marina, você chegou na hora certa! — Nós nos abraçamos e me sinto automaticamente em casa — Olha só!

— Que isso?

— Minha reportagem, meu nome está até escrito nas referências. É pequeno...

— Amiga, você é famosinha — Ela cerra os olhos para ler as letras pequenas e se vira para o vendedor — Nós vamos comprar todas as edições.

— Tá louca? Tem umas trinta revistas na vitrine

— É um momento especial, vamos precisar de recordações

— Vocês vão levar ou não? — O vendedor pergunta impaciente.

— Claro que sim

— Eu pago — Aviso

— Famosinha e rica?

— Pelo menos algo bom em tudo isso

— Como assim?

— Te explico no carro

Enquanto andamos até o táxi com sacolas lotadas de revistas, não posso conter o sorriso que ainda se mantém no meu rosto, Marina sempre torna tudo muito mais leve.

MEDICINEOnde histórias criam vida. Descubra agora