Ever Since New York

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"Você não sabe nada, apenas finge que sabe;

Eu preciso de algo, me diga algo novo.

Escolha bem suas palavras,"


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Eu tenho a impressão de que algo mudou desde o dia em que eu e Harry conversamos no carro de madrugada, eu sabia o que poderia acontecer quando concordei em vir hoje, e fingi que não.

Também ignorei todas as vezes em que ele me observou com os olhos transbordando em malícia, eu notei ele se aproximando lentamente do meu corpo e continuei fazendo perguntas que o traria para mais perto. Existe uma espécie de magnetismo que me puxa em direção a ele.

Eu estou caindo voluntariamente em uma armadilha.

Nós estamos tão próximos que é possível sentir a respiração dele em contato com a minha boca, trazendo um calor reconfortante em meio ao estúdio frio devido ao ar condicionado. Os olhos dele brilham e refletem conflito, como se eu assistisse a uma batalha interna.

Mas eu entendo, o medo do desconhecido assusta qualquer um, eu também não faço ideia do porquê ainda estou aqui.

Dando um passo para trás, ele avista o meu braço, me encarando novamente.

Entretanto, agora não vejo desejo. É diferente.

— Isso aconteceu hoje?

— Sim, eu caí. — Ele inclina a cabeça.

Eu sou uma péssima mentirosa.

— Posso ver? 

Harry segura o meu braço com delicadeza e passeia os dedos pelas marcas deixadas por Luke, ainda está dolorido e eu recuo por um instante, aproveito o gesto para reparar em cada um dos anéis que ele usa, um deles possui HS  em ouro, é estranho observar as iniciais dele acariciando um machucado meu. Sinto um choque térmico quando as jóias geladas entram em contato com o meu hematoma, ainda quente.

Ele franze as sobrancelhas como se estivesse pensando profundamente em algo, e eu me pergunto o que deve ser, pensando em uma forma de amenizar a situação

— Não é grave, não precisa me tocar como se eu fosse feita de porcelana, são só uns roxinhos

— Você disse que caiu, mas e essas marcas de dedos? — Ele questiona com seriedade. — Fala a verdade pra mim, pelo menos dessa vez 

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