Macau

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Macau levava uma vida de simplicidade. Não estava à beira da pobreza, mas também estava longe de ser rico. Seu trabalho como professor para adolescentes o mantinha ocupado, proporcionando-lhe momentos de riso e diversão, já que ele mesmo ainda se sentia como um adolescente em muitos aspectos. Com sua aparência atraente, era comum receber várias cartas de amor.

Durante esses dias, Macau estava particularmente alegre, com um sorriso constante e uma energia contagiante. No entanto, esse brilho foi se esvaindo à medida que as notícias de Tay se tornavam cada vez mais escassas. Tay mal conseguia responder às mensagens, e quando o fazia, eram respostas curtas, monossilábicas, ou então era o assistente que respondia.

Em um dia específico, Macau estava inquieto, uma energia fervilhava em seu corpo. Passou o dia todo excitado, agitado. Talvez por ter visto algumas fotos de Tay em uma revista masculina, exibindo seu corpo esculpido. Tay estava deslumbrante, e Macau sabia que, sem a sunga, Tay era ainda mais irresistível.

Já passava da meia-noite quando seu telefone tocou.
- Macau.
- Tay.

A resposta de Macau foi desanimada, e Tay percebeu que algo estava errado.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntou Tay, preocupado.
Macau não respondeu de imediato. Lentamente, ele tirou a camiseta e o shorts, juntamente com a cueca.
- Eu estou subindo pelas paredes, Tay. Meu corpo está quente, desejando você.

- Macau... - Tay fechou a porta do camarim, um arrepio percorrendo sua espinha.

Macau começou a se tocar sem pressa, movimentos firmes e deliberados, a excitação evidente. O líquido pré-gozo escorrendo lentamente.

Tay não resistiu, tirou a gravata e abaixou as calças. Começou a se tocar, seus olhos cheios de desejo fixos na tela.

Quanto mais ele olhava para Macau, para o pênis ereto e ouvia os gemidos, mais desesperado ficava. Até que Macau atingiu o clímax, falando o nome dele. As mãos meladas de sêmen. Tay chegou ao clímax logo em seguida. Se fosse possível, ele teria atravessado aquela tela e provado todo aquele prazer. Mas ele estava do outro lado do país e isso era frustrante.

- Irei te ver esse fim de semana, Macau. Prometo.

Macau suspirou. Estava com sentimentos conflituosos dentro de si. Um pouco de vergonha por não se controlar pela ausência do outro. Um pouco de alegria ao perceber que Tay estava na mesma situação que ele.

- Não pense que sou imaturo, Tay, mas eu passaria um ano sem sexo se fosse necessário. Mas esses dias longe de você estão sendo um tormento.

- Vai melhorar, eu prometo.

Tay encerrou a chamada de vídeo com o coração apertado. Abriu a porta do camarim e seu fiel segurança estava lá.

- Milagre que não vieram atrás de mim.
- Vieram, mas eu disse que você estava orando.
Tay chamou o amigo para o quarto.
- Quais as chances de a gente voltar essa semana para casa?
- Nenhuma.
- Eu vou voltar essa semana. Você está comigo ou contra minha atitude?
- Chance de perder meu emprego e chatear o seu empresário? Estou dentro!
- Fale com seu amigo, vou precisar do carro por uma semana. Pagamento adiantado.
- Entendido - disse o segurança, pegando o telefone para fazer a ligação necessária.

Enquanto isso, Tay sentou-se na beirada da cama, a cabeça cheia de pensamentos. Ele pegou o telefone novamente, olhando para a última imagem de Macau na chamada de vídeo. Ele parecia tão vulnerável, tão real. Isso fez com que Tay sentisse uma onda de emoção. Ele sentia falta de Macau, mais do que poderia expressar em palavras.

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