Amor irmão

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Pete e Venice abriram a porta do quarto de tio Macau e se depararam com Tay e Macau se vestindo.

Venice correu para abraçar Tay e Macau. Pete, por outro lado, permaneceu silencioso. Ele pegou Venice no colo e passou para Macau.

- Vá com o tio Macau preparar um café da manhã para Tay - sugeriu.

Macau sabia que era uma desculpa, mas não contrariou. Quando a porta se fechou atrás dele, Pete se colocou na frente de Tay.

- Se você não for ficar, não volte para Macau - avisou.

- Eu não vou a lugar nenhum. Nem se você me expulsar. Nem que ele me mande embora. Eu não saio mais nunca de perto do meu homem - afirmou Tay.

Pete analisou cada palavra de Tay. Era exatamente o que ele queria ouvir.

- Ótimo, porque caso contrário, Vegas é quem vai acertar as contas com você, e isso não desejo para ninguém. Termine de se vestir, se eu conheço bem Venice, ele está ansioso para contar as novidades para você.

Quando desceram, Venice grudou no pescoço de Tay e falou tudo que aconteceu em sua vida.

- Papai vai me dar um irmãozinho. Mas Papai Vegas quer me dar um cachorro. O que você escolheria, Tio Tay?

- Escolha difícil, mas os dois são perfeitos - respondeu Tay.

Venice, com a cara mais inocente possível, falou:

- Só se você e Tio Pete me derem um irmãozinho e Papai Vegas ficaria feliz em me dar um cachorro.

Tay sorriu, abraçou Venice, fazendo cócegas.

- Seria meu sonho. Depois falaremos sobre isso porque depende do tio Pete, né?

- Depende da cegonha. Agora termine de comer e vá brincar lá fora - interveio Pete.

Tay e Venice saíram e Pete ficou olhando para Macau. Uma noite com a presença do popstar e Macau já ganhou aquele ar sonhador novamente.

- Talvez Tay esteja falando sério e queira realmente a visita da cegonha.

- Na nossa situação, Pete, não seria justo adotar nem um cachorro, como diz Venice.

- Não existe hora certa. Mas por garantia, coloque seu homem na linha. Está difícil deixar Vegas fora disso.

- Eu sei.

- Vou pegar meu filho agora e deixar vocês dois invocarem a cegonha.

- A cegonha eu não sei, mas pegar no piru eu sei que vou. E vai aguentar, já deu a noite toda.

- Não fizemos. Não estava preparado.

- Então eu não lhe ensinei certo. Esteja sempre com a chuca feita, Macau, porque, independente da situação, nada melhor do que dar.

- Pete...

- Não, não. Não importa a situação, esteja pronto para sentar. Anote.

Macau estava rindo. Pete deu adeus aos dois, puxando Venice que não queria ir. Quando ficaram sozinhos, Macau foi se ajeitar e Tay ficou dando uns telefonemas.

Quando saiu, Tay também se limpou. Comeram e ficaram cada um focado em seus afazeres.

- Macau, está tudo certo com a minha estadia na clínica. Meus advogados já estão cuidando do meu afastamento.

- Tem certeza que precisa ir? Podemos...

- Podemos, mas não vamos. Você não pode ficar com a responsabilidade de me curar. Eu estou doente, e preciso de uma ajuda de profissionais. A sua parte é ficar comigo nas horas difíceis até eu voltar. Você sempre me deu o seu melhor e quero lhe dar o meu amor também. Já notifiquei ao meu empresário sobre o seu desligamento.

- Seu empresário não é ruim... ele só deixou o dinheiro subir à cabeça.

- Não, ele não é. Sempre me ajudou e vice-versa, mas ele ultrapassou uma barreira. Não vou brigar judicialmente com ele. O que ele quiser em questão de dinheiro eu vou dar, mas não quero mais ser empresariado por ele. - Principalmente porque meus planos mudaram - disse Tay, sua voz firme e decidida. - Não vou me retirar do mundo artístico, mas vou diminuir o ritmo. Vou escolher papéis simples, escolhidos a dedo.

- Não o julgue por minha causa, Tay - disse Macau, sua voz suave. - Eu não guardo rancor dele, de verdade. Mas você está certo. Faça o que for melhor para nós dois. E deixe bem claro que agora você está começando um novo capítulo da sua história.

A atmosfera do quarto mudou, tornando-se mais íntima, o ar carregado de expectativa. O toque de Macau em Tay foi suave, um convite silencioso para o amor. O beijo que se seguiu começou no canto da boca de Tay, depois se moveu para os lábios, antes de a língua de Macau se fazer presente, explorando com uma familiaridade nascida de um amor profundo.

Macau se despiu, seus movimentos graciosos e deliberados, e Tay fez o mesmo. Macau se sentou sobre as pernas de Tay, seus olhos percorrendo os ombros e o pescoço do amado, uma expressão de admiração pura em seu rosto.

Ele começou a estimular Tay, seus toques leves e carinhosos, aproveitando cada momento. Quando a camisinha foi colocada, Macau se encaixou lentamente em Tay, seus braços envolvendo o amado em um abraço apertado, seus lábios encontrando os de Tay em um beijo apaixonado.

Não era a sedução sensual que Macau sabia fazer, mas uma conexão mais profunda e significativa. Quando ambos atingiram o clímax, o abraço de Macau se apertou, seus lábios se unindo aos de Tay, seus gemidos se fundindo em uma sinfonia de prazer compartilhado. E no final, o que restou foi um amor completo e inabalável.




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