Alto & Baixo - Vi x Caitlyn

Capítulo 14

Conforma Vi escalava a poltrona, sendo guiada pelas mãos nas laterais de seu rosto que a puxavam para cima, lhe colocando sentada sobre o colo da piltovense, o coração batia acelerado, como se fosse sair a qualquer momento pela boca, os dedos esguios desceram encachando-se em sua nuca, a obrigando a inclina-se para baixo, diminuindo a distância de suas faces, seus lábios a um fio de se tocarem, as respirações quentes se misturando uma na outra, antes que se desse conta uma macies já conhecida foi pressionada contra seus lábios, a morena pediu passagem com a sua língua, a zaunita rapidamente cedeu, não estava interessada em controle, se deixou ser tomada pela outra, era ela quem ditava o ritmo dessa dança deliciosa, as mãos da Vi espalmavam as costas da outra, enrugando o tecido, seu desejo era rasgar o pano que se colocava entre aquela pele suave e seu contato, queria deixar suas marcas nela, contudo antes que pudesse colocar em pratica esses pensamentos animalescos, sentiu uma pontada de dor em seu abdômen, foi inevitável não se afastar do toque da outra, embora sem levantar de onde se encontrava confortavelmente sentada.

- O que aconteceu? – Caitlyn perguntou uma pouco abalada pela repentina distância entre as duas, sua voz rouca em desejo, as sobrancelhas levantadas em surpresa – Fiz alguma coisa de errado? – levantou o olhar a encarando com certa preocupação.

- Não tem nada a ver com você, o problema é comigo – suspirou – Olha – levantou a blusa, havia um curativo feito de forma grosseira, os esparadrapos davam a volta na sua cintura – Esse é o ferimento da bala que pegou de raspão, quando você colocou a mão por baixo da minha blusa, fez um pouco de força em cima e doeu, por isso me afastei – disse suspirando – Foi um reflexo, e não precisa se preocupar, foi apenas um arranhão.

- Isto está uma bagunça – a xerife disse abaixando o olhar para o local citado, a cor vermelha começava a tingir o pano branco – Levante-se, vou ter que dá um jeito nisso – esperou Vi sair de seu colo e em seguida a pegou pela mão a levando até o sofá, do outro lado da sala, segurou a ruiva pelo ombro a obrigando a se sentar no mesmo – Fique aqui, eu vou na cozinha, lembro de ter visto o kit de primeiros socorros lá.

- Sim, está na parte de baixo do armário – falou se encostando no móvel acolchoado, soltando um gemido de dor antes contido.

– Certo - franziu o cenho dando-lhe as costas.

Vi se manteve no lugar onde foi deixada, sem se mover, sua expressão se assemelhava a de um cachorro que foi abandonado na mudança, a ansiedade era visível na perna em constante balançar. Seu íntimo ainda estava quente, a parte irracional queria apenas terminar o que elas tinham começado, deixar a dor se transformar em prazer.

- Achei! – a voz veio de trás, ela estava caminhando com uma mala branca em mãos.

- Não teve problemas em encontrar? – questionou a seguindo com a visão conforme a outra se aproximava

- Nenhum – sorriu se sentando na mesa de centro, ficando de frente para a zaunita – Praticamente conheço tudo desse lugar – colocou a caixa ao lado a abrindo – Primeiro vou tirar esse curativo, depois de desinfetar verei se precisa de pontos ou não, caso sim então você vai ter que aguentar, mas são só alguns buraquinhos, nada que a defensora Vi não possa tolerar, então tenho certeza que você dá conta – os cantos da sua boca subiram em um tom travesso.

- Senhorita Kiramman você me superestima – riu de canto – Está falando isso porque ainda não me viu batendo o mindinho na quina do armário – sorriu se fazendo de coitadinha – Eu me desmonto toda em agonia, é uma das piores dores do mundo – o sorriso nunca deixou seu rosto conforme contava sobre um possível ponto fraco.

- Sei – a resposta saiu sem muita cresça na outra, Caity mexia no conteúdo dentro da maleta, tirando os objetos que seriam uteis – Tira a blusa – a ordem foi dada com ela já segurando uma garrafa com álcool e ataduras.