Alto & Baixo - Vi x Caitlyn

Capítulo 15

Os defensores são colaboradores orgulhosos, logo seria impossível imaginar um deles se esgueirando como um rato na Draga, o máximo que os criminosos poderiam estipular era que fosse um espião, atrás de informações para vender ao maior preço, portanto não havia razão para eles mudarem de lugar, dando algum tempo a zaunita.

Depois de um banho quente, cheios de murmúrios lascivos, as duas decidiram tomar o café da manhã enquanto estudavam com mais atenção o material que Vi conseguiu, com a sua investigação feita por conta própria. Caitlyn concordou que deveria ser levando para o concelho, no caso para o Jayce, pois todos os conselheiros não passavam de marionetes na mão do senhor Talis. Porém isso teria que esperar, nesse final de semana iria acontecer uma festa em comemoração ao aniversário de um ancião bastante renomado na classe abastada de Piltover, qualquer um com uma quantidade considerada de patrimônio, e sobrenome relevantes estariam presentes, era quase que um feriado informal para a elite, então mesmo que as duas quisessem não iriam conseguir entrar em contato com nenhum dos conselheiros, já que todos estariam ocupados demais se preparando para a festividade. E mesmo o Jayce não participando da maioria das reuniões da camada social alta, não perdia nenhuma oportunidade para se esconder na propriedade da senhorita Mel Merdada. Então sem muitas opções o casal não teve outra escolha, a não ser juntar-se a folia que aconteceria no dia seguinte, e por isso elas acabaram no distrito comercial de Piltover.

Vi subia o lance de escadas com as duas mãos ocupadas com sacolas, enquanto seguia Caitlyn a sua frente, indo em direção ao último andar do edifício, o mesmo tinha mais de vinte pisos, e quanto mais perto do derradeiro, mais caro e refinado eram as mercadorias. Assim que chegaram ao seu destino, um enorme salão desenhou-se a sua vista, vitrines com trajes de todos os tipos, enfeitado as paredes, além do mais, no meio do cômodo encontrava-se um homem de terno, seguido por um outro sujeito vestindo o mesmo uniforme.

- Senhorita Kiramman – o indivíduo disse com uma mão no peito, enquanto a outra escondia-se as costas, ele se inclinou levemente em um ato de respeito – É uma honra tê-la em nossa loja, em que poderia ajuda-la?

- Vim em uma visita anteriormente, e falei com o pessoal de vocês sobre um vestido para uma festa nesse final de semana – sorriu levemente, sem demonstrar arrogância ou humildade, era alguém que sabia seu lugar na hierarquia social, e não precisava anunciar tal fato, era visível em sua postura.

- É claro, estou ciente disso, na verdade já iriamos entrar em contato com a senhorita, pois estamos prontos para a primeira prova, e preparados para todos os ajustes necessários – seu sorriso parecia engessado no rosto.

- Isso é bom, mas não estou aqui apenas para cuidar desse assunto, tenho uma outra petição a fazer, sei que é em cima da hora – a piltovense recuou um passo para o lado, e pegou a ruiva pelo pulso, Vi levantou o olhar a encarnado em leve choque, havia permanecido todo esse tempo em silencio, apenas observando a cena que se desenrolava a sua volta. Com o aperto a puxou para o seu lado – Gostaria que me ajudasse a encontrar uma roupa para minha companheira, para o evento de amanhã – enquanto dizia essa frase seu olhar passeava pela face dos atendentes, não demorando muito, voltando-se para a zaunita, os cantos de seus lábios levantados em um doce sorriso cheio de fatalidade.

- Mais é claro! Não importa o quanto estejamos apertados, uma solicitação da senhorita Kiramman não deve ser negado – com o sorriso profissional congelado em sua boca, o homem olhou por cima do ombro – Kevin será disponibilizado para ajudá-la nessa tarefa – o rapaz a suas costas deu um passo à frente ao escutar seu nome ser chamado.

- Será um enorme prazer – com a mão no peito fez o mesmo gesto de submissão que seu superior.

- Me agrada ouvir isso – uma rápida observada ao sujeito, então virou-se a ruiva – Talvez demore um pouco, mas assim que terminar irei até você – fez um pequeno carinho em seu pulso com o polegar.