Capítulo 01

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Vi sentiu todas as lembranças do passado a inundarem quando um dos capangas do Silco surgiu na prisão de Aquamansa, comendo uma de suas refeições pacificamente, foi inevitável a raiva não a preencher, quando se deu conta já tinha levantando da sua cadeira indo em direção dele, seu punho fechado diminuindo a distância entre o rosto do sujeito. Arfando em fúria, foi quase impossível tentar parar de esmagar o crânio dele contra o chão. Quando um defensor surgiu em frente a sua cela e ela achou que fosse mais uma noite onde passaria naquela cela escura, fria e sangrado no piso duro, Caitlyn lhe ofereceu uma possibilidade, uma segunda chance. Já navegando para longe daquela prisão de volta a realidade um único pensamento reinava em sua mente.

- Que ela esteja viva – sussurrou a ruiva ao vento. Não importava o que acontecesse, enquanto Powder estivesse viva, se pudessem esta juntas, elas dariam um jeito em tudo – Que esteja viva – murmurou suplicante para qualquer deus.

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A ruiva não se impostava nem um pouco com a defensora, era só alguém do alto usando uma pessoa de baixo, na verdade as duas estavam aproveitando-se uma a outra, era só dá o que a moradora de Piltover queria enquanto desbrava as ruelas de Zaun, algo que mesmo depois de anos parecia apenas alguns dias para ela, era claro que havia diferenças, mas era só questão de tempo para se acostumar. Sua única preocupação era sua irmã, encontrá-la, o mais rápido possível. No entanto o combate com Sevika teve um impacto na garota, lhe deram esperanças e ao mesmo tempo a abalaram.

E nesse conflito com o braço direito do Silco, das palavras cuspidas da sua língua venenosa, com o ferimento e talvez a possibilidade de um fim prematuro, Vi estava começando a duvidar que ter apenas voltado não fosse o suficiente. E nesse momento de hesitação mortal a defensora surgiu, seus tiros afugentado a mulher mais velha. Embora a outra tenha salvado sua vida uma parte de si ficou com raiva, se ela tinha uma boa mira, tinha atirado na cabeça, acabando logo com o mal pela raiz, mas seus argumentos tinham um ponto. E quando ela a pegou pela cintura a levantando, a tranquilidade que a envolveu foi inexplicável, uma segurança que não sentia a anos. Uma chama queimou em seu interior, incerta. A ruiva sorriu com a conversa das duas que se desenvolvia. O calor em suas palavras.

- Meu nome é Caityn! – a defensora falou determinada.

- Mas você é tão doce, como uma cupcake – riu em meio a dor, pelo sorriso de derrota que se desenhou nos lábios da outra.

Quando enfim elas chegaram em um lugar que poderia ser chamado de seguro, seu antigo refúgio, Vi se encontrou em um momento de delírio nostálgico e febril, sangrando e lembrando das suas antigas memorias, da sua irmã, da culpa de a tê-la deixado, da dor de não ter sido mais forte. Então um calor tomou sua face, Caitlyn segurava seu rosto, seus lábios se mexiam como se dissesse algo, mas Vi não capitou nenhuma das palavras, ela apenas ficou em transe a encarado, desejado, algo que nem sabia que queria, beija-la. Embora rapidamente o contado entre seus olhos foi quebrado pela outra. Mas o impulso de possuir a boca da defensora ainda permanecia.

Silco surgiu a sua frente para recorda-la o por que estava ali, acabar com o reinando dele e recuperar sua irmã, e mesmo que todas a as partes de si clamassem para que ela avançasse contra o homem, mesmo suas chances sendo claramente mínimas, a ruiva recuou, indo amargamente contra todo o seu ser. Então quando trilhava pelas vielas de Zaun, tentando escapar daquele ser vil, a adrenalina lhe dando o incentivo necessário para pular pelos obstáculo que surgiam em seu caminho, alheias a sua situação, foi quando uma fumaça azul se fez presente no céu. Arfou. Trincou o maxilar, uma linha fina de tensão em seus lábios.

- Vi! – a defensora a chamou exaltada. Talvez preocupada pelos seus perseguidores.

A ruiva não se deixou atingir por nada, que viessem Silco e seus capangas, Sivika a tiracolo, passaria por todos, nada poderia para-la agora, e ignorado a outra, apenas correu em direção a ela. Aquela que a chamava. Sua irmã. A promessa que fez antes de toda a tragédia que abateu sobre eles. Não escutava nada, só um único pensamento dominava sua mente. Pulando, desviando, escalando, correndo e quando enfim conseguiu chegar onde o sinalizador tinha sido aceso, o gás do objeto já escasso. Lá estava ela, de costas, mais alta, seu cabelo azul estava longo, foi arrumado em um penteado de duas tranças, suas roupas eram em um estilo diferente, tatuagens, o tempo foi implacável, quando ela se virou seus olhos se encontraram, duas orbes azuis a encaravam, o cenho levantando em surpresa, a franja cobrindo um dos olhos, a ruiva não aguentou, correu em sua direção, a envolveu em seus braços, seu cheiro estava diferente, mas não importava, tê-la em seus braços, o calor nostálgico.

Alto & Baixo - Vi x CaitlynOnde histórias criam vida. Descubra agora