Han Jisung, você sabe quem é o verdadeiro culpado?

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O policial tocou a campainha e esperou, bateu novamente, e dessa vez escutou alguém se aproximando. Era um homem idoso.

- Posso ajudar? - Ele parecia cansado e usava roupas de jardinagem.

- Preciso falar com Lee Minho, sou policial. - Mostrou o distintivo, o idoso concordou e se afastou, provavelmente indo chamar alguém. Esperou do lado de fora por alguns minutos, até uma senhora aparecer e informar que poderia entrar. Na verdade, a mansão era tão grande que teria que andar alguns metros até a porta da casa. Nem conseguiria imaginar o quão rico devia ser o dono e onde Yerim o meteu dessa vez.

Foi acompanhado até a sala espaçosa e moderna, onde esperou em pé pela presença de Lee Minho. O alfa, cujo sua irmã pensa ser de má índole.

- Como posso ajudar, Sr.policial? - Apareceu bem atrás de si, com vestes comuns de casa, não estava com nenhum terno, ou roupas sociais. Se sentiu incomodando um cidadão no seu horário de lazer.

- Estou a procura de Han Jisung, deveria estar com os pais de Shin Yerim ontem pela manhã, mas desapareceu. - O policial observou um pequeno traço de riso contido, pelos seus anos de trabalho, sabia como decifrar quando alguém estava escondendo algo, diante das mínimas expressões faciais.

- Ele está comigo. - Apontou para cima. - Dormindo, mas posso chama-lo. - O policial piscou algumas vezes. Fácil assim?

- Na verdade, eu vim apenas para me certificar, minha irmã estava preocupada... - Minho observou o policial olhar para trás de si, olhou na mesma direção vendo um par de olhos curiosos o encararem.

- Irmã? Yerim é sua irmã? - Han Jisung se aproxima e Lee sentiu o coração sair pela boca, devia o ter trancado no quarto. Deveria realmente ter feito isso. Como poderia voltar atrás agora? Quando aquele policial de merda estava a um passo de agarrar Han pelo braço e o levar de volta para aquela vadia?

- Sim, eu sou policial, eu deveria te acompanhar quando chegou na cidade dos nossos pais. - Explicou, Han se sentiu momentaneamente mal, por deixar ter sido manipulado, novamente. Quantas vezes mais?

- Eu achei que... - Achava que era um bandido.

- Se estiver tudo bem com você, eu posso ir embora. - Concordou com a cabeça e Han negou.

- Pode ir pol-

- Eu preciso de ajuda. - Han cortou Minho e o olhou nos olhos do policial. - Eu quero ir embora daqui. - O ômega pegou nas mãos do policial e Lee quase explodiu. Aquele policial alfa olhava Han com certo brilho na cabeça de Minho.

E quando ele pegou Jisung pela cintura, o trazendo para mais perto, Lee explodiu. Sacou a arma que colocou na cintura assim que foi avisado da entrada do oficial da justiça e atirou no centro da testa do homem, o qual segurava seu ômega próximo a si.

Assim que sacou a arma, trouxe jisung para perto, protegendo seus olhos da visão de ver uma pessoa sendo morta. Para Minho, não era a primeira vez. Assim que o corpo morto caiu no chão, o último raio de sua esperança também se esvaiu, Han não confiaria em si tão cedo.

Todas as mentiras e manipulações não surtiriam efeito. Não agora, que sua máscara caiu bem em frente ao ômega que ama. Mas ao sentir os braços de Han rodearem seu corpo e os soluços repetidos sair de sua boca, pensou talvez ter uma chance.

- Me tira daqui, por favor. - Falou. Minho jogou a arma no sofá, e o levantou e o carregou, Han cobria seu rosto na blusa de Lee o tempo inteiro. Não se atrevendo a olhar para qualquer outro lugar.

Minho o colocou sentado na mesa de madeira do seu escritório e se manteve no meio das suas pernas. Han tremia e se sentiu culpado pela impulsividade do alfa a sua frente. Era ele realmente o culpado pela morte do homem, que estava aqui a trabalho?

- Se acalma, Hannie. - Beijou seu pescoço repetidas vezes, o sentindo afrouxar o aperto.

- E-ele m-morreu? - A voz saiu falhada. Foi a pergunta mais óbvia, por mais que soubesse a resposta, seu cérebro simplesmente não aceitava.

- Não se preocupe com isso, me perdoe por te assustar. - Minho encostou suas testas e Han parou de chorar, Minho conseguia ouvir o coração parando de acelerar tanto.

- Você não vai me deixar ir embora, vai? - Perguntou em um sussuro. Mesmo sem piscar, as lágrimas ainda escorriam.

- Não vou. - Agarrou sua cintura, colocando ainda mais os corpos. - Eu espero que você aceite o mais rápido possível sua nova vida, eu ainda sou o homem que você diz ter sentimentos, sou a mesma pessoa, não fuja desses sentimentos e se entregue para mim.

- Eu... - O olhou nos olhos. - Estou assustado.

- Eu não vou te machucar, eu te amo mais que tudo nesse mundo. - Uma das mãos seguiram para as coxas descobertas fazendo um carinho.

- Espero que ele fique bem. - Minho não disse nada, mas sorriu fechado. O abraçou, Han retribuiu o abraçando de volta. Mas logo o empurrou e foi até o banheiro que ficava ao lado do escritório, vomitando tudo na pia. Se sentia enjoado desde antes. Minho se escorou na porta do banheiro, rindo de lado.

Mais uma mentira foi contada, não demora um mês coisa alguma, se gozar dentro e não tomar nenhum remédio depois, a gravidez acontece, ainda mais em alguém saudável e jovem como Han. A criança vai ser com certeza mais um motivo para que permaneça ao seu lado.

- Não estou me sentindo bem. - Diz, Lee o abraça por trás.

- Vou te dar remédios.

Higly manipulated •minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora