Han Jisung, você não deveria ter percebido que não pode confiar nele?

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Como? Ele chegou meia hora antes, o ponteiro marcava as seis horas da tarde. Por instinto, colocou um pé para trás.

- C-Certo, eu te ligo, até a próxima. - Desligou a escondeu o celular detrás do corpo, por mais que o alfa já tivesse visto. Por mais que ele estivesse a um passo de pegar aquele celular e quebrar com as próprias mãos.

- Myong me disse. - Minho diz. - Eu planejava chegar mais cedo para ficar com você e te encontro falando com outro cara?

- Não é outro cara, é meu amigo da faculdade. - Minho o olha com mais raiva e o puxa pelo braço.

- Está me machucado... - Diz, tentando afrouxar o aperto.

- Você tem noção de que você fez?

- Minho eu estava atrás de saber sobre a faculdade e conversar com um amigo, eu nunca o enxerguei de outra forma. - Lee o olha com mais raiva e o empurra, o mesmo tropeça e cai sentando no chão. O impacto o fez sentir tanto na bunda quanto na barriga.

- Não basta eu? Eu te dou atenção quando posso, mas mesmo assim você procura em outros caras o que pode ter comigo. - O encarava com fogo no olhos, se agachou e pegou o celular com brutalidade. - Você nunca vai ter sua vida de volta, saiba disso. - Han o empurrou, mas foi em vão, ele ao menos se moveu, se levantou com muita dificuldade.

- Você mais uma vez foi rude comigo, e eu não vou mais te perdoar, eu NUNCA tive nada com bang Chan, ele me tratava como um irmão mais novo, mas você só enxerga o que você quer, eu nunca falei nada quando aquele seu ex foi até mesmo convidado para aquela festa e me empurrou na piscina daquela forma, não te culpei e nunca pensei nisso, mas você... - As lágrimas o impediam de respirar normalmente. - Você é o oposto. - Lee normalizou a cor dos olhos, e começou a pensar racionalmente, havia empurrado seu noivo grávido de cinco meses.

- Han, me desculpa, eu... - Jisung deu as costas e alcançou a maior mala que havia no closet.

- Foi a última vez. - Lágrimas escorriam. - A última vez que você foi agressivo comigo.

- Para Han, eu entendo sua relação aquele Bang Chan, eu entendo sua vontade de querer ter sua vida, mas eu não posso... - Queria continuar, mas como parecer menos babaca? A resposta é clara, não tem como. - Eu não posso te deixar ter essa vida.

Han não quis ter escutado isso. Foi como uma confirmação para suas dúvidas. Tem apenas 22 anos, e teria que viver assim pelo resto da sua vida? Isso não pode ser real.

- O que acontece se eu não quiser? - O olhou, Minho não mostrava nenhum sentimento de arrependimento em seus olhos. Nenhum remorso.

- Você não tem opção, agora, por que você não solta essa mala? - A voz doce e macia, seguido de um sorriso gentil.

- Não me impeça. - A abriu e começou a jogar dentro várias coisas.

- Não me obrigue a piorar ainda mais as coisas. - O pegou pelos dois pulsos o virando para si para que pararasse de colocar aquelas malditas roupas na mala.

- O que tem mais para piorar? - A voz da pergunta saiu cansada e triste.

- Quer mesmo descobrir? - Jisung arregalou os olhinhos e determinado se desvencilhou do aperto e continou a jogar seus pertences. Lee pegou uma maleta que ficava na prateleira de cima dos cabides dos seus ternos e a abriu, retirou a seringa e colocou algum líquido dentro.

- O-o que é isso? - Jisung se afastava assustado, a mão na barriga para proteger seu filho e os passos para trás até se chocar com a parede gélida.

- Você que pediu. - O líquido foi todo injetado em si.

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No fundo, bem no fundo, Lee Minho sabia que havia feito algo errado, mas não se sentia culpado ou arrependido. Não sabia o que esses sentimentos significavam de uma maneira mais objetiva e não se sentia mal eu não os dotar para a situação, na sua cabeça fez o certo para proteger sua família.

Higly manipulated •minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora