Coroa de Sangue e Ruínas ✤ Livro 2 de A Rainha de Sangueprata

CAPÍTULO · XXVI

Hola mi gente. Espero que estejam bem ♥️

Sem papo hoje, vamos direto ao que interessa... Simbora que esse buraco é muito mais embaixo do que vocês imaginam! Vamos cavar mais um pouco 👀🔥

Boa leitura!

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CAPÍTULO 26
𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒𝑝𝑟𝑎𝑡𝑎

❤️‍🔥

A sensação de cair naquele abismo foi real para Averly e Kian, como se realmente, de repente, não houvesse nada ao redor deles. Não existiam paredes, não existia gravidade para prendê-los ao chão, tudo era um vácuo infinito e escuro e sufocante.

   — Não... — Kian cambaleou, perdeu a força nas pernas. — Não, isso é...

   — Mentira? — desafiou Portia. — Você vai mesmo dizer que nós estamos mentindo? Nós, akhallans?

   Se não fosse a reação rápida de Skyler em puxar Averly para o abrigo de seus braços, ela teria desmoronado ali mesmo. As bruxas e a maga estavam paralisadas em choque e terror, incapazes de falar qualquer coisa. Quando Kian parecia prestes a desmoronar ele mesmo, Cyprian deu um passo para perto dele, um pouco incerto se deveria tocar nele ou manter a distância, dividido entre a vontade de ampará-lo e o medo de uma rejeição por não estarem sozinhos.

   — M-meu pai.... — Kian tremia inteiro, seus olhos âmbares estavam úmidos, assombrados por aquela verdade. — Cairus... ele nunca... Ele nunca gostou das bruxas. Ele mataria uma Prateada, se fosse preciso... Assim como fez com todas as outras na batalha da Terceira Revolta...

   — Foi exatamente o que ele fez. — Agora que elas começaram, não tinham mais como parar. Portia apenas falava. — Entre muitos outros crimes imperdoáveis. Cairus Vorken providenciou que a Prateada fosse morta de modo que parecesse acidental, assim então acobertando o nascimento do mestiço bastardo. Algo desse tipo teria manchado sua imagem de bom parceiro e progenitor, que era uma das poucas coisas que ele ainda tinha intacto antes de descobrir sobre o fetus que crescia no útero daquela prateada. Nós não sabemos ao certo como ou quando isso aconteceu, quando ele colocou aquele filho no útero dela. O nome dela era Gwinifer da Casa Anakir. E pelo o que sabemos, ela estava muito ciente do que aquele filho significava, por isso tentou escondê-lo de Cairus. Mas o Rei Elfo acabou descobrindo, só não a tempo de impedir o nascimento do bebê.

   — Por algum motivo, Cairus não foi capaz de matar o recém-nascido. — Saryn continuou quando Portia fez uma parada. Averly sentia como se estivesse com a cabeça debaixo d'água, era difícil se concentrar e ouvir. — Em vez disso, ele providenciou que o bebê fosse deixado na porta de Amos El'andir, pois o general era um grande amigo dele e tinha acabado de perder a esposa durante o parto de um filho natimorto. Amos morreu sem saber a verdade.

   A única associação que Skyler conseguiu fazer foi o nome do Clã. As Prateadas da Casa Anakir eram uma das predecessoras da Casa Arkenthorn; as Rainhas daquele clã haviam reinado por muitos séculos. Todos os Clãs que tiveram uma ou mais bruxas que ascenderam ao Trono de Sangue passavam a ser denominados Casa, como um título real. No entanto, Skyler não se lembrava de ler sobre uma Rainha chamada Gwinifer, então aquela prateada deveria estar mais distante na linha de sucessão da realeza. E sua ascensão nunca se concretizou, até porque as bruxas Arkenthorn já reinavam naquela época. Mas isso não anulava o fato de que ela era uma bruxa da realeza.