Coroa de Sangue e Ruínas ✤ Livro 2 de A Rainha de Sangueprata

CAPÍTULO · XXXI

Vou deixar essa música aqui: OBSESSED — ZANDROS
Confio que vocês vão saber o momento certo de ouvir ela lá pra baixo, se quiserem 😶

Esse capítulo ficou LONGO pra um diabo, ele ficou quase o triplo do tamanho dos que costumo postar aqui 👁👁 mas separar ele seria o puro suco da sacanagem. Então, vamo lá que a gente nem vai sentir ((confia hehe

Sem mais papo, simbora.
Boa leitura!

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CAPÍTULO 31
𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑎𝑛𝑔𝑢𝑒𝑝𝑟𝑎𝑡𝑎

❤️‍🔥

PROVÍNCIA DE KALADAI
SANTUÁRIO DAS SANGUE DOURADO

As bruxas que estavam de guarda na entrada do santuário naquela tarde não notaram nenhum movimento suspeito ou indicação de perturbação nas barreiras de proteção.

Todos os dias eram praticamente iguais; embora vez ou outra algum curioso ameaçasse se aproximar, elas sempre davam um jeito de contornar a situação e levá-los para longe do esconderijo. E por já estarem acostumadas com a monotonia e confiarem nas proteções para dar o alerta, elas conversavam distraidamente quando ele surgiu já do lado de dentro da barreira, caminhando em direção ao interior do santuário como se fosse um visitante esperado e bem vindo. Mas não era esse o cenário.

O alarme de invasão soou e as guerreiras correram para proteger o local. Antes que ele chegasse ao salão onde a Rainha e o Conselho se reuniam diariamente, ele estava cercado de bruxas com as espadas em riste apontando para seu corpo, formando um cerco ao seu redor. Ele parou de andar e endireitou a postura, colocando as mãos nos bolsos da vestimenta escura. As bruxas gritavam ordens como "fique parado!", "deixe as mãos onde possamos ver!", mas ele continuou imóvel.

A Rainha Dourada apareceu do lado de fora e um meio círculo se formou logo atrás dela com as conselheiras que também saíram para ver do que se tratava aquele alvoroço.

— Não acho que isso sejam modos de receber um convidado — disse a figura toda de preto parada no meio do átrio de pedra cercado pela vegetação semi congelada.

— Você é um Príncipe Demônio — murmurou a Rainha Leliana, não levando mais que dois segundos para compreender.

— Pode me chamar apenas de Kaemon.

— Você não é um convidado. É um invasor. — A Rainha se aproximou mais alguns passos. — Imagino que as proteções do nosso santuário não sejam mais do que uma fina parede de papel para você, já que as atravessou sem alardes... Mas se elas não puderam te deter, tenha certeza que nossas guerreiras vão fazer isso se der mais um passo.

— Não há necessidade de violência, Majestade. Eu não estou aqui para machucar ninguém. Afinal, se fosse essa a minha intenção, vocês já estariam todas mortas. — Ele se mexeu, e as guerreiras rosnaram e fecharam o círculo de espadas mais próximo dele. — Vim apenas para conversar.

— Um Príncipe de Aramathe quer conversar com a gente? Sério? — Uma das bruxas que estavam mais atrás se aproximou, parando ao lado da rainha.

— Olá, Juno. — Kaemon a cumprimentou como se fossem bons amigos.

— Como sabe o meu nome? — Juno recuou um pouco.