Coroa de Sangue e Ruínas ✤ Livro 2 de A Rainha de Sangueprata

CAPÍTULO · I

Hello meu povo! EU CHEGUEI 🗣️
Prontos ou não, lá vamos nós. NEM ACREDITO QUE ESTAMOS AQUI OUTRA VEZ ✨

Não vou tagarelar aqui pq já falei demais na apresentação, convenhamos. Simbora pro que interessa!

Boa leitura!

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CAPÍTULO 1
𝑅𝑒𝑖𝑛𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑙𝑦𝑛𝑡𝘩𝑖𝑎

❤️‍🔥

   A despedida foi um pouco mais estranha do que Averly esperava, se fosse para ser sincera. Deixar Alynthia era uma obrigação e ela já havia feito as pazes com isso, até mesmo se sentiu ansiosa pelo momento em que deixaria o reino humano e conheceria novos lugares, novos rostos; mas quando esse momento estava bem próximo, um tipo diferente de nervosismo se apossou de seu corpo e mente.

Após aquelas semanas de recuperação na casa da fazenda de Angelise, elas tiveram que retornar ao castelo e a visão da majestosa construção de mármore branco foi um tanto nostálgica. Averly tentou não pensar que estava, por bem ou por mal, deixando toda uma vida para trás. Era a única vida que ela conhecia, onde cresceu e onde todas as provações a haviam levado até aquele dia específico. Ela era uma Bruxa de Sangue, filha de uma Rainha Prateada, Princesa do Norte e futura Rainha de Sangueprata.

   Antes, viver em Sangueprata parecia um tipo de sonho que iria se realizar; agora, no entanto, com todos os perigos pelo caminho, fazia parecer um campo minado. Averly sabia que a qualquer momento a coisa toda poderia explodir e ela não estava nem um pouco à vontade com a sombra dessa inverte acompanhando-a para onde estava indo.

Mas a verdade estava escondida por trás das alternativas que lhe foram apresentadas – Um: talvez aquilo não fosse natural; talvez alguma coisa no processo de desencadear seu poder e absorver poder de tantas bruxas ao mesmo tempo tenha feito algo inatural com seu corpo e aquela fosse uma manifestação temporária, e logo voltaria ao seu normal; Dois: Gannon escondera um segredo; talvez ele não fosse um feiticeiro como todos pensavam, ou talvez tivesse algum traço élfico em sua linhagem, em algum lugar mais distante de sua árvore genealógica, que nunca foi à público. Elfos e Feiticeiros conviviam pacificamente desde que o mundo é mundo e não parecia errado pensar que talvez alguns feiticeiros tivessem traço élfico no sangue e vice-versa, quem sabe? Ou três – a ideia que mais perturbava Averly e todas as outras: Helene escondera um segredo. Um segredo que implicava em Helene sendo infiel a Gannon, envolvendo-se em um relacionamento extraconjugal com um Elfo, quarenta anos atrás, e Averly era fruto desse adultério e isso colocava toda sua existência em perigo.

Quanto tempo ela teria até descobrir a verdade sobre isso, antes que todo o reino de Sangueprata soubesse e demandasse sua cabeça? Sem pressão.

Enquanto houvesse aquela inimizade sangrenta entre o Reino das Bruxas e o Reino dos Elfos, Averly nunca estaria segura. Ela própria levou menos de um minuto para se dar conta disso. E mesmo com todos esses pequenos grandes problemas no horizonte, Skyler não tinha outra alternativa a não ser levá-la para o norte. Ela tinha que retornar e não podia deixar Averly para trás, mesmo que isso fosse uma opção. Jamais se separaria dela. Enfrentar aquilo e procurar por respostas era o único caminho a seguir.

Averly levou pouco tempo para se preparar para a partida. Parada diante do modesto – para não dizer medíocre – guarda-roupas de seu alojamento no castelo, ela se deu conta de que não queria levar nada daquelas coisas materiais que tinha "conquistado" em Alynthia.