Capítulo 23

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Pov Harry

Após o jantar Harry se dirigiu calmamente ao escritório do diretor, tudo o que ele queria fazer era fugir para não ver mais coisas sobre Tom sem o mesmo fazer mas essa não era uma opção e mesmo com o maior lhe assegurando que não se importava ele se sentia um intruso, ao chegar em frente à entrada da escada Harry disse a senha que achava ser ridícula e subiu até a porta do escritório e mal chegou a bater quando Dumbledore lhe chamou lá de dentro.

A Penseira encontrava-se, mais uma vez, em cima da mesa, projetando reflexos prateados no teto e homem estava sentado em seu cadeira atrás de da mesa, sua aparecia parecia cansada e desgastada e Harry teve que se segurar para não sorrir em apreciação.

- Boa noite Diretor- disse Harry

- Boa noite Harry, espero que tenha estado bem desde nossa última conversa e fico feliz em saber que deseja continuar nossas aulas- disse Dumbledore

- Claro senhor, você me deu muito o que pensar e já que o senhor disse que saber sobre o passado de Voldemort iria ajudar na questão da profecia acredito que é o melhor aprender tudo- disse Harry sorrindo falsamente

- Sim com certeza mas antes de começarmos infelizmente tenho péssimas notícias para dar, ainda não comuniquei a ordem mas acho que você deveria ser o primeiro a saber...Lamento dizer que ontem Voldemort se apresentou no ministério na frente de todos, ele usava um disfarce e conseguiu uma identidade falsa e também assumiu o senhorio de Lord sonserina- disse Dumbledore com pesar- Tentei avisa-los sutilmente mas Cornélio se recusa a ver a verdade.

Harry fingiu sua melhor cara de surpresa e medo e sua atuação era impecável já que o velho acreditara.

- O senhor tem certeza que era ele ??- disse Harry

- Infelizmente sim Harry, sua aparência que eu acredito ser algum tipo de glamour era idêntica a sua aparência real apenas mais velha, não tenho dúvidas que era Tom Riddle- disse Dumbledore

- E o que faremos agora? Não podemos simplesmente ataca-lo no ministério- disse Harry fingindo preocupação

- Por enquanto vou ficar de olho nele e aqueles na ordem que trabalham no ministério também e continuarei lhe ensinado sobre seu passado- disse Dumbledore confiante- Acredito que achei duas coisas muito importantes sobre Voldemort e vou checar a primeira em alguns dias e estava pensando se você gostaria de se juntar a mim na segunda- completou ele.

- Claro senhor- concordou Harry

- Bom agora vamos a memória- disse Dumbledore se movendo até a Penseira

Harry não tinha gostado nem um pouco da ideia de seguir Dumbledore mas não tinha opção, felizmente todas as peças de Tom já estavam com ele e em segurança mas Harry teria que avisar Tom sobre os planos do velho. Ele ficou observando Dumbledore despejar lembranças frescas na Penseira e começar a girar a bacia de pedra nas mãos longas.

– Você certamente se lembra de que deixamos a história dos primeiros tempos de Lorde Voldemort no ponto em que o trouxa bonitão, Tom Riddle, aparecia e Morfino contava a seu pai sobre Merope ficar lhe vigiando, conversamos também sobre minha teoria de ela ter lhe envenenado com poções do amor e quando ela parou de lhe dar ele a abandonou e retornou à casa da família em Little Hangleton. Mérope foi abandonada sozinha em Londres, esperando o filho que um dia se tornaria Lorde Voldemort- disse Dumbledore em seu monologo

– Como sabe que ela estava em Londres... senhor? - perguntou Harry

– Pelo testemunho de um tal Carátaco Burke- disse Dumbledore em suspense.

Dumbledore girou o conteúdo da Penseira como Harry já o vira fazer antes, como um garimpeiro peneirando à procura de ouro. Do redemoinho prateado, emergiu um velhinho que girou lentamente na Penseira, prateado como um fantasma, porém muito mais sólido, com uma cabeleira que encobria totalmente os seus olhos.

– Sim, adquirimos o medalhão em circunstâncias curiosas. Foi trazido por uma jovem bruxa pouco antes do Natal, ah, há muitos anos. Ela disse que precisava urgentemente de ouro, o que era visível. Bonita e coberta de trapos, em adiantado... estado de gravidez, entende. Disse ainda que o medalhão tinha pertencido à família Sonserina. Bem, sempre ouvimos este tipo de história. "Ah, isto pertenceu a Merlin, era o seu bule de chá favorito", e quando eu ia examinar, tinha realmente o sinete dele, mas alguns feitiços simples bastavam para me revelar a verdade. É claro que aquela circunstância tornava o medalhão quase inestimável. A moça não parecia ter ideia do seu valor. Ficou feliz em receber dez galeões pelo objeto. A melhor pechincha que já fizemos! - disse o homem na memória.

Dez galeões... era uma relíquia da família de Tom e sua mãe havia vendido por tão pouco, Harry entendia claro já que na situação que ela estava tinha que fazer o que pudesse para sobreviver e a seu filho mas ainda assim o que lhe deixava com raiva era o homem ter lhe dado só isso mesmo sabendo o quanto valia.

– Ele deu à bruxa apenas dez galeões? – comentou Harry indignado.

– Carátaco Burke não ficou famoso por sua generosidade. Sabemos, então, que, próximo ao fim da gravidez, Mérope estava sozinha em Londres precisando desesperadamente de ouro, desesperada o bastante para vender seu único bem com valor, o medalhão que era uma preciosa herança da família- disse Dumbledore

– Mas ela podia usar a magia– disse Harry sabendo que era o que Dumbledore esperava – Podia arranjar comida e tudo de que precisasse usando a magia, não podia?

A personalidade de Harry havia mudado muito nesse último verão e ter que fingir ingenuidade para se manter sobre o radar do velho o estava desgastando rapidamente.

– Ah, talvez pudesse. Mas acredito, e novamente estou imaginando, embora seja quase uma certeza, que, quando foi abandonada pelo marido, Mérope parou de recorrer à magia. Acho que não quis mais ser bruxa. Claro que também é possível que o seu amor não correspondido e o consequente desespero tenham minado seus poderes, isto pode acontecer. De qualquer modo, e você está prestes a ver, Mérope se recusou a empunhar a varinha até mesmo para salvar a própria vida.

– Não quis viver nem para o filho? - disse Harry com pesar

Dumbledore ergueu as sobrancelhas.

– Será possível que você esteja sentindo pena de Lorde Voldemort? - Perguntou Dumbledore desgostoso

– Não! – Harry se apressou a negar –, mas ela teve escolha, não é, não foi como a minha mãe...- acrescentou para tentar desviar Dumbledore do assunto.

– Sua mãe também teve escolha – disse Dumbledore, gentilmente. – Mérope Riddle preferiu morrer apesar do filho que precisava dela, mas não a julgue com tanta severidade, Harry. Ela estava enfraquecida pelo longo sofrimento e nunca teve a coragem de sua mãe. E, agora, se você ficar de pé...

– Aonde vamos? – perguntou Harry, quando Dumbledore retirava a memória e pegava outro frasco.

– Desta vez, vamos entrar na minha memória. Penso que lhe parecerá ao mesmo tempo rica em detalhes e satisfatoriamente exata. Primeiro você... – disse Dumbledore depois de colocá-la na agua.

Harry se inclinou para a Penseira; seu rosto cortou a fresca superfície das lembranças e ele se viu mais uma vez caindo pela escuridão...


Mais ummm... espero que gostem ( MAIOR PARTE DA CONVERSA TIRADA DO LIVRO) - todos os creditos a autora...

Qualquer Coisa Por Você Raven Querida- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora