Capítulo 12

3.3K 370 20
                                    

Ele fez o caminho ate o escritório sem pressa enquanto reinava em suas emoções de raiva e desgosto pelo velho, em sua mente invadir a privacidade de Tom dessa forma era horrível, em seu tempo na mansão Tom havia lhe contado pequenas coisas sobre o orfanato em que vivia, em como as crianças eram cruéis ate que ele aprendesse a controlar sua magia o suficiente para faze-los ficar longe e contou também como a matrona o odiava e o chamava de diabo e aberração, ele sempre foi uma criança quieta e preferia os livros a brinquedos quando tinham acesso a algum e isso era o suficiente para que ela achasse que Tom era anormal.

Quando Dumbledore veio para ele com sua carta a desconfiança estava nos olhos do homem desde o momento em que entrou no quarto e só piorou durante Sua conversa, Tom contou também em como foi ingênuo ao falar que sabia a língua das cobras e como viu que esse ato solidificou as coisas na mente de Dumbledore.

Enquanto andava os pensamentos de Harry iam de um lado para o outro sobre Tom, ele entendia o mais velho sabia na pele como era ouvir todos os insultos por ser diferente, como era estar faminto e com medo daqueles que deveriam cuidar de si , o desejo de amor e carinho sempre a espreitas de seus corações só para ser esmagado uma e outra vez ate que não sobrasse nada.

Eles eram tão parecidos em suas vidas e Harry imaginou que se a diferença de suas casas em hogwarts não foi o que mais resultou em mudança, seus primeiros amigos foi na grifinoria e ele só podia imaginar como teria sido se tivesse deixado o chapéu lhe colocar na sonserina.

Harry caminhou até chegar ao ponto do corredor do sétimo andar em que havia apenas uma gárgula na parede.

– sapos de chocolate – disse Harry. A gárgula saltou para o lado; a parede oculta se abriu e surgiu uma escada circular de pedra, na qual Harry pôs os pés para ser levado até a porta com a aldrava de latão que dava acesso ao escritório de Dumbledore.

Harry bateu.

– Entre – ouviu-se a voz do diretor

Se preparando antes de entrar livrou seu rosto de todas suas emoções deixando apenas seriedade e indiferença.

– Você me chamou – disse Harry, entrando no escritório.

– Ah, boa-noite, Harry. Sente-se – disse Dumbledore, sorrindo.

Harry foi até a cadeira e se sentou de frente para o diretor e quando não devolveu o sorriso ou demonstrou mais reações viu o desgosto nos olhos do homem por um momento antes de desaparecer em mais um sorriso.

– Então, Harry – disse o diretor em tom objetivo. – Você certamente tem se perguntado porque lhe chamei aqui.

Harry apenas o olhou com uma sobrancelha arqueada na pausa em que esperava que ele disse algo e como não o fez Dumbledore suspirou antes de continuar.

– Bem, agora que você sabe o que induziu Lorde Voldemort a tentar matá-lo há quinze anos, concluí que já é tempo de lhe passar certas informações- disse Dumbledore.

- Realmente ?- perguntou Harry zombando

– Lhe contarei tudo que sei. Daqui para frente, estaremos deixando o terreno firme dos fatos para viajar juntos pelos turvos alagados da memória e nos embrenhar pelo matagal das suposições mais absurdas. Deste ponto em diante, Harry, posso estar lamentavelmente tão enganado como Humphrey Belcher, que acreditou que havia aceitação para caldeirões de queijo.

Harry ficou tentado a rir a cara de Dumbledore pelos absurdos sem sentido que ele dizia, era obvio em sua forma de falar que a intenção era atiçar a curiosidade dele.

– Mas você acha que está certo?- perguntou Harry seriamente

– Naturalmente que sim, mas como já provei a você também, erro como qualquer outro homem. De fato, sendo, perdoe-me, bem mais inteligente do que a maioria, os meus erros tendem a ser proporcionalmente maiores.- disse Dumbledore em tristeza fingida

Qualquer Coisa Por Você Raven Querida- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora