Capítulo 35

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Harry seguiu Dumbledore que saiu margeando o lago, seus passos ecoavam como tapas na estreita orla de pedra que contornava o lago. Caminharam uma boa distância mas a paisagem não mudava de a áspera parede da caverna e do outro a vastidão sem fim do puro breu espelhado, no meio da qual havia aquele misterioso brilho verde. Harry achou o lugar e o silêncio opressivos, enervantes mas não comentou nada.

Quando conversara com Tom sobre as últimas memorias que o diretor havia lhe mostrado, eles calcularam que a ideia do velho em algum momento seria levar Harry junto com ele e como ele já tinha ido buscar o anel sozinho o medalhão era o único que faltava, a primeiro momento Tom relutou em deixar Harry acompanhar o homem, a caverna era um lugar traiçoeiro e o mesmo explicou o que tinha lá dentro mas Harry rebateu dizendo que seria suspeito se ele recusasse a oportunidade, com a mão amaldiçoada pelo anel a morte de Dumbledore era um fato mas ainda demoraria então tudo teria que seguir como o plano e sem nenhuma outra opção Tom aceitou mas não antes de prepara Harry para isso, quando Harry falou com Morte sobre os inferis o mesmo lhe assegurou que eles não o fariam mal pois estava em seu domino todas as coisas mortas mesmo as que "voltam a vida" e isso o leva ao momento de agora, em uma caverna com Dumbledore querendo nada mais do que jogar o velho na agua para que seu problemas acabem de uma vez.

– Professor? – perguntou Harry fazendo careta ao nome. – O senhor acha que a Horcrux está aqui?

– Ah, sim. Tenho certeza que está. A questão é, como chegar a ela? - disse Dumbledore

– Não podíamos... não podíamos simplesmente tentar um Feitiço Convocatório? – perguntou Harry, sabendo que era uma sugestão idiota, mas que seria o que o velho gostaria de ouvir e também querendo mais do que admitiria, sair o mais depressa possível daquele lugar.

– Certamente que poderíamos – respondeu Dumbledore, parando tão de repente que Harry quase colidiu com ele. – Por que você não tenta?

– Eu? - perguntou confuso. - Ah... O.k. Harry não esperara por isso, mas pigarreou e ordenou em voz alta, a varinha no ar: – Accio Horcrux!

Com um ruído de explosão, algo muito grande e claro irrompeu da água escura a uns seis metros de distância; antes que Harry pudesse ver o que era, a coisa tornou a mergulhar na água com um estrondo que produziu ondas largas e profundas na superfície lisa do lago.

– Que foi aquilo? - perguntou Harry mesmo já sabendo

– Alguma coisa, acho, que está pronta para reagir se tentarmos nos apossar da Horcrux. – disse Dumbledore

Harry olhou novamente para o lago. Sua superfície retomara a aparência calma, escura e brilhante: as ondas tinham desaparecido anormalmente rápido

– E você achava que ia acontecer isso? - perguntou Harry

– Achei que alguma coisa aconteceria se fizéssemos uma tentativa óbvia de nos apoderar da Horcrux. Foi uma boa ideia, Harry; o modo mais simples de descobrirmos o que estamos enfrentando. - disse Dumbledore

– Mas não sabemos que coisa era aquela – replicou Harry, olhando para a água sinistramente lisa.

– Que coisas são aquelas, você quer dizer – corrigiu-o Dumbledore. – Duvido muito que seja apenas uma. Vamos continuar a andar?

– Acha que vamos precisar entrar no lago? - Indagou Harry

– Entrar? Só se tivermos muito azar. – Então... acha que a Horcrux está no fundo? - perguntou Harry

– Ah, não... Acho que está no meio. E Dumbledore apontou para a luz verde e indistinta no centro do lago.

– Então teremos de atravessar o lago para chegar até a Horcrux- afirmou Harry

Qualquer Coisa Por Você Raven Querida- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora