Capítulo 13

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– Muito bom – assentiu Dumbledore, sorrindo.

O homem andrajoso agora avançava para Ogden, a faca em uma das mãos e varinha na outra.

– Escute aqui – começou Ogden, mas tarde demais: ouviu-se um estampido e ele foi parar no chão, apertando o nariz, que espirrava entre os seus dedos uma gosma amarelada e feia.

– Morfino! – gritou uma voz.

Ao ouvir o nome gritado Harry soube quem era o homem estranho, o tio de Tom, irmão de sua mãe.

Um homem velho saiu depressa da casa batendo a porta ao passar e fazendo a cobra balançar pateticamente. Este homem era mais baixo do que o primeiro e tinha estranhas proporções; os ombros eram muito largos e os braços compridos demais, o que, juntamente com os olhos vivos e castanhos, os cabelos espessos e curtos e o rosto enrugado, dava-lhe a aparência de um macaco idoso e forte. Ele Parou ao lado do homem com a faca, que agora soltava gargalhadas ao ver Ogden no chão.

Harry sabia por Tom que tinha puxado seu pai trouxa em sua aparência e olhando para a família de sua mãe agora ele secretamente agradeceu o homem por isso, sua linha de pensamento no entanto se voltou a memoria que continuava acontecendo e a Dumbledore ao seu lado que observava tudo com olhos brilhantes falsos.

– Ministério eu presumo ? – perguntou o homem mais velho, olhando Ogden com arrogância.

– Correto! – confirmou ele com raiva, limpando o rosto. – E o senhor, presumo, é o Sr. Gaunt?

– Isso. Ele acertou seu rosto, foi

– Foi! – retorquiu Ogden.

– O senhor não deveria ter anunciado sua presença? – perguntou Gaunt agressivamente. – Isto é uma propriedade privada. Ninguém pode ir entrando e esperar que o meu filho não se defenda.

– Defenda de quê, homem? – contestou Ogden, se levantando.

– Bisbilhoteiros. Invasores. Trouxas e ralé.

Ogden apontou a varinha para o próprio nariz, de onde continuava a escorrer uma

abundante secreção semelhante a pus, e estancou o corrimento. O Sr. Gaunt disse a

Morfino, pelo canto da boca.

Entre. Não discuta.

Desta vez, alertado, Harry reconheceu a língua que o homem falava; ao mesmo tempo que entendia o que era dito, distinguia o estranho sibilado que era só o que Ogden podia ouvir. Morfino deu a impressão de que ia discordar, mas, quando o pai ameaçou-o com um olhar, ele mudou de ideia; saiu em direção à casa com uma estranha ginga e bateu a porta, fazendo a cobra balançar tristemente.

– Foi o seu filho que vim ver, sr. Gaunt – explicou Ogden, enxugando o resto de pus da frente da casaca. – Aquele era o Morfino, não?

– Ãh, era o Morfino – confirmou o velho, indiferente. – O senhor tem sangue puro? – perguntou repentinamente agressivo.

– Isto não vem ao caso – respondeu Ogden com frieza.

Aparentemente isto fazia diferença para Gaunt. Ele estudou o rosto de Ogden e resmungou em um tom decididamente ofensivo.

– Pensando bem, já vi narizes iguais ao seu na aldeia.

– Não duvido nada, se o senhor costuma soltar seu filho contra eles. Que tal continuarmos essa discussão dentro de casa?

– Dentro?

– É, sr. Ogden. Já disse que estou aqui por causa de Morfino. Enviamos uma coruja...

Qualquer Coisa Por Você Raven Querida- Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora