Capítulo 17 : Padrinho.

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🦊

Neil não sabia quem decidira deixar Palmetto State sediar o banquete de inverno do distrito sudeste, mas esperava que tivessem tido azar por causa da enorme dor de cabeça que lhe causaram. 

No final da noite, a maioria dos Foxes estavam completamente derrotados, dois deles estavam machucados por lutas não relacionadas, Colby de alguma forma perdeu as calças e a gravata em um jogo de pôquer que alguém começou no banheiro masculino e a bolsa de Lizzy estava cheia de rolos de jantar que ela roubou dos pratos de treinadores desavisados.

Wymack pôs a mão no ombro flácido de Neil e soltou um longo suspiro de sofrimento enquanto observavam os times visitantes em fila para seus ônibus. 

 — Bem, ninguém chamou a polícia e provavelmente não seremos processados ​​por nada, então vamos dizer que foi uma vitória.

Neil esfregou o rosto e gemeu.

 — Leve esses filhos da puta de volta para a Torre e então seus deveres de babá terminarão. 

 — Sim, treinador. —  ele resmungou. Ele fez uma verificação rápida para se certificar de que todos os motoristas designados para a noite ainda estavam sóbrios antes de dizer a todos para sair.

De uma forma ou de outra, todos acabaram na Torre, no andar certo, se não nos quartos certos, e Neil finalmente conseguiu trocar de roupa. Ele se arrastou para o quarto, murmurou boa noite para Robin e desabou no beliche. Felizmente, o sono veio facilmente.

Algumas horas depois, ele foi acordado por seu telefone vibrando sob o travesseiro. Neil abafou uma maldição enquanto puxava para ver quem estava ligando. 

Estremecendo com a luz forte da tela, ele viu o nome de Dan na tela. Ele jogou as cobertas para trás e saiu cambaleando para a sala principal, aceitando o chamado no caminho.

Ele levou o telefone ao ouvido e disse:  

— Ei, Dan.

 — Oi.

O tom amortecido de sua voz o deixou instantaneamente alerta e nervoso.

 — Eu comprei uma passagem de avião para você. Você pode subir um pouco?

 — Sim, claro, claro. —  Neil engoliu o nó de medo em sua garganta.  — Quando é o voo? 

 — Nove. Eu te pego quando você chegar aqui. Vejo você em breve. 

A linha foi cortada.

Neil olhou para a hora. Ele tinha duas horas antes de seu voo embarcar. Seu peito era um bloco de gelo.

A primeira coisa que ele precisava fazer era ligar para Andrew, que estava atualmente em um hotel em Seattle dormindo depois de um jogo difícil que os Buzzards levaram por um único ponto. Neil deveria encontrá-lo em Atlanta mais tarde naquele dia. Uma pontada de culpa o atingiu no estômago quando ele apertou a discagem rápida.

Andrew atendeu no terceiro toque, sua voz áspera e retumbante. 

— O que está acontecendo, Neil?

 — Dan acabou de ligar. Ela precisa de mim na Filadélfia.

 — Por que? 

 — Ela não disse, mas parecia muito estranha. Tenho um voo às nove. Neil apertou a mão na tentativa de parar de tremer.

 — Você deveria fazer as malas.

 — Certo. Sim. Eu vou... Neil virou-se para o quarto e parou abruptamente. — Avisarei quando estiver em Atlanta.

Lessons in Cartography      AndreilOnde histórias criam vida. Descubra agora