A duplicata Mikaelson (Primeira temporada)

Quatro

Drick nem sempre teve essa personalidade, antes ele aceitaria qualquer convite, sem resistência alguma só para está perto de seus amigos, mas a vida o fez trocar um pouco da doçura pela acidez. Quando ele estava com suas amigas, se soltava mais, porém ao mesmo tempo sentia uma medo formigar dentro de si, a sensação de que não deveria ser assim, que precisava se fechar para se proteger.

— Pensei que chegaria antes de você — ele se senta.

— Acho que acabei saindo cedo de casa.

— Você nunca usa o cabelo assim, e a sua postura está diferente.

— Talvez eu queira mudar um pouco — ela sorri.

— É realmente interessante — Ele segura a mão dela — Você não é a Elena.

— Você deve está fazendo algum tipo de brincadeira.

— E qual é o meu nome, Elena? — ele continua segurando a mão dela.

— Você não vai me tirar do sério, pirralho — ela o puxa para frente o fazendo olhar em seus olhos.

— A sua energia é totalmente diferente da dela, mas acho incrível como vocês são idênticas.

— Você é o que para sentir a energia das pessoas?

— Um humano azarado — Ele aproxima mais o rosto do dela — Que pode chamar a atenção que você não deseja.

Ela olha em direção a porta e nota Elena, Katherine então se levanta e some em velocidade de vampiro, pouco tempo depois a Gilbert se senta com Drick, ele prefere não falar nada sobre a duplicata, achava que era melhor ser discreto, algo estranho estava acontecendo.

...

— Você vai fazer alguma coisa a respeito disso?

— A Elena não descubriu nada de importante, então eu meio que estou perdido, Bon.

— E tem mais alguma coisa te preocupando? Sinto que você está escondendo algo.

— Encontrei uma mulher idêntica a Lena.

— Okay, isso foi realmente fora do que eu esperava.

— Acho isso tudo muito estranho, primeiro me confundem com esse Henrik, agora aparece uma cópia da Elena.

— Isso deve ser bastante confuso, principalmente porque você está descobrindo tantas coisas.

— E tenho a impressão de que você me esconde coisas — ele sai andando.

— Não vá assim, eu posso explicar — mas ele nunca olhou para trás, e isso deixou Bonnie ainda mais triste.

Talvez tenha sido um surto aleatório, mas era mais forte que Drick, por algum motivo ele sabia quando estavam mentindo para ele, e estava cansado de fingir que não tinha notado nada. O moreno entra em casa, ele procura por uma caixa, nela tinha algumas coisas. Ele finalmente acha a caixa, a abre e pega uma foto, era sua mãe antes de engravidar. Sua avó nunca falou muito sobre ela, na realidade era mentira que ele sabia tudo sobre sua origem, mas para se sentir seguro ele fingia que sabia.

— Em pensar que nem sei o significado desse anel — Ele pega a joia e a encara — Vou colocar em uma corrente.

Talvez naquele momento ele tivesse deixado de inventar, de criar uma realidade paralela, aonde ele estava seguro e sem receios. Mas agora ele estava vivendo a realidade, sem mentir para as pessoas, ou para si mesmo como de costume, aquela era a realidade e ele estava a encarando. Drick coloca o colar no pescoço, ele poderia não saber muita coisa, mas sabia que carregaria uma parte de sua mãe com ele. O moreno deixa a caixa encima da cama, uma foto dele criança estava quase caindo, ele sorria de uma forma doce mostrando que lhe faltavam dois dentes de leite.