Seis

131 20 0
                                    

— Eu preciso falar com você agora, Drick.

Eram seis horas da manhã, Kendrick estava de pijama e ainda sonolenta, mais uma vez os pesadelos tinham lhe atormentado, e agora sua amiga estava na sua porta. Ele coça os olhos e boceja, antes de mandá-la entrar, nesse momento ele torcia para que ela fosse rápida, ele tinha acordado com a cabeça latejando.

— A Bonnie me contou que você está estranho.

— Eu só estou doente, mas você tem problemas mais sérios, não precisa madrugar na minha porta.

— Eu sou sua amiga, você pode me contar qualquer coisa.

— Eu só preciso descansar, logo vou está novo em folha — ele segura a mão dela de uma forma gentil.

— Você não tem algum filme interessante? Ah... Me desculpe, eu não sabia que você tinha visitas.

— Então você está dormindo com a Katherine?

— Em primeiro lugar estamos só dormindo mesmo, não rola nada entre a gente.

— Agora você vai negar na frente dela, Drick? — Katherine finge indignação.

— Você sabe que tipo de pessoa ela é?

— Ela está mentindo, eu nunca tive nada com ela.

— Acho que já descobri a sua doença — ela sai.

— Você está feliz agora? — ele bufa irritado.

— Achei bastante engraçado ela toda indignada — a duplicata estava rindo.

— Eu achei uma porcaria ser acusado de dormir com você, sendo que nunca sequer te beijei.

— Mas estamos realmente dormindo juntos.

— Apenas dividindo o mesmo quarto, mas você deu a entender outra coisa.

— Relaxa, você pode ter amigas melhores.

— Eu deveria te entregar para o Klaus — ele sobe as escadas pisando firme.

...

— Bom dia — Drick respira fundo ao se deparar com mais uma visita.

— Me sinto tão querido, devo ser o humano mais visitado.

— Acho que precisamos conversar sobre a minha duplicata — diz Klaus.

— Se eu fechar a porta na sua cara você vai jogar fogo aqui?

— Digamos que eu tenho meus meios para ser bem recebido.

— Acho que eu devo morrer em breve, então se quiser adiantar as coisas tanto faz — ele seca o sangue que começa a escorrer.

— Isso não me parece muito saúdavel, Kendrick.

— Isso começou desde que vocês surgiram, então se for alguma vingança peço que parem — ele leva a mão a cabeça.

— Tem algo de errado? — indaga o original, mas Drick cai para frente assim saindo da entrada da casa.

— Acho que eu estou morrendo — ele tosse sangue.

Klaus o analisa em silêncio, Drick estava mais pálido do que o normal, ele tinha olheiras profundas, sua pele tinha marcas profundas que lembravam o ataque de um animal, ele parecia tão machucado quanto Henrik estava quando morreu, por um momento Klaus se sentiu revivendo aquela cena, então ele o segurou em seus braços antes que Kendrick desmaiasse.

— Você não pode morrer outra vez — existia desespero em sua voz, ele nem sequer se lembrava do motivo de está ali, somente o garoto em seus braços importava.

— O que está acontecendo comigo? — ele pergunta com dificuldade, seus olhos azuis encaram Klaus.

— Se isso for alguma brincadeira, eu juro que vou matar lentamente quem está fazendo isso, quem está revivendo a minha dor.

A duplicata Mikaelson (Primeira temporada) Onde histórias criam vida. Descubra agora