XVI

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O último de hoje, amanhã vem o final! ❤️

Uma das maiores vantagens sobre estar em paz é não precisar correr contra o tempo e sim vivenciá-lo com tranquilidade, sem realmente se preocupar se será capaz de dar conta de tudo ou não.

A vida simplesmente estava seguindo seu curso com os acontecimentos pré programados entre Louis e Harry sem necessariamente algum tipo de turbulência que trouxesse receio para a dinâmica do casal, algo pacífico que tranquilizava muito os dois — principalmente Louis — por saber que Harry estava bem e seguro, o que resultava no filhote bem e seguro também.

Às dezessete semanas se tornaram vinte e cinco num piscar de olhos e, apesar de ter consciência de que o tempo estava mesmo voando, Harry vinha vivendo bem, não deixando possíveis preocupações futuras atrapalharem o seu momento presente. Louis, estando sempre junto dele, trazia segurança e otimismo, sentimentos que contribuíam bastante para o bem estar do ômega.

Sua barriga, muito mais proeminente, era adorada pelo alfa em todas as oportunidades possíveis e, os momentos em que Louis tirava para conversar com o bebê, sempre trazia um estado de contemplação máxima para o ômega, era como se ele realmente tivesse entrado em um dos delírio sobre como queria que sua gestação seguisse que teve durante seu período de dor. E, mesmo tendo certeza de que era tudo real, a sensação de sonho falava muito mais forte, muito mais alto, de um jeito positivo que fazia, inevitavelmente, que ele se sentisse merecedor de tudo o que estava acontecendo em sua vida.

Eles evitaram o quanto puderam a distância, mas, eventualmente, Louis precisou viajar para os Estados Unidos e, por mais que as viagens de avião estivessem liberadas, ambos decidiram que seria melhor que Harry não fosse para tão longe, para que ele não se desgastasse tanto.

O ômega então, aceitando a companhia de sua mãe e da avó de Louis, se instalou na casa de Londres, já que ainda precisavam acertar alguns detalhes para a casa escolhida em Glasgow, uma decisão que ele não se arrependeu em hipótese alguma porque, estando ali, era muito mais fácil para lidar com a distância entre eles do que imaginou que seria. Harry não sabia dizer se era por estar de volta para seu ninho feito com tanto carinho por Louis ou se era pela paz de que tudo estava caminhando certo, mas, no final das contas, ele sabia que isso não importava.

A saudade existia, lógico, e eles se falavam em basicamente todos os momentos que podiam, mas não tinha angústia, era tudo muito leve e vinha com um gostinho de "em breve estaremos em casa". Considerando que um havia se tornado o lar do outro, esse sentimento não estava errado.

Um hábito que Harry acabou criando durante esses dias de ausência de Louis foi escutar as músicas da The Red Wolves que, independentemente de ser a banda de seu alfa, ele realmente começou a apreciar, achando desde as letras aos arranjos musicais, muito bem feitos.

Que escutar a voz do alfa lhe trazia coisas boas Harry já sabia, mas ele se lembrava muito bem quando, em um dia chuvoso e mais frio que o comum — Margareth havia comentado que, muito provavelmente, nevaria em breve — o ômega se refugiou no ninho para dormir um pouco após um café da tarde farto que havia devorado, disposto a cochilar por algumas horas até o jantar, optando pelo álbum da banda para acalentar seu sono.

Seus olhos se fecharam antes que a voz do alfa começasse a acompanhar o instrumental da música, mas se abriram rapidamente no momento em que sentiu algo esquisito, mas muito suave, na sua barriga quando Louis começou a cantar.

Suas mãos afagaram de imediato seu ventre e ele se sentiu tão estranhamente bem que não pôde evitar o sorriso, voltando a relaxar e fechar os olhos enquanto cantarolava junto do parceiro.

O Desejo Tem Teu Cheiro [L.S]Onde histórias criam vida. Descubra agora