O Desejo Tem Teu Cheiro [L.S]

XVIII

Sim, é o último capítulo 😣

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O mesmo céu, a mesma terra, o mesmo ar. O mundo era o mesmo, as leis eram as mesmas, a sociedade não havia mudado, nada significante havia mudado, nada além de Harry.

Não era algo muito expressivo e muito menos chocante, sua personalidade era a mesma, assim como suas convicções e ideais, mas algo dentro dele estava diferente, algo dentro dele se tornou completo.

A ideia de almas gêmeas sempre andou lado a lado com o que se diz sobre lobos e suas reivindicações, mas Harry não tinha noção de como isso era forte até receber a marca de Louis. O mais engraçado disso tudo era que, quando ele olhava para trás e se lembrava do tempo, recente, do qual não tinha ainda marca de seu alfa, só conseguia pensar em como ele havia sobrevivido tanto tempo sem viver esse pertencimento porque, desde o momento em que as presas de Louis fincaram em seu pescoço, o marcando como dele, Harry teve certeza de que havia encontrado o seu lugar no mundo.

A magia de ser marcado mexia com sentimentos tão profundos que o ômega acreditava que levaria sua vida inteira para desvendá-los. Mas não era algo ruim, não eram sentimentos negativos, eram apenas coisas novas, distintas e boas que ele não sabia que existia até receber a marca, até se permitir se entregar para quem ele realmente pertencia.

Contudo, era um equívoco pensar que esse pertencimento era submisso porque, a grande verdade, era que, sendo de Louis, ele se sentia livre já que seu alfa não o reprimia, não o controlava, não ditava o que queria. Seu alfa lhe oferecia amor, entendimento, companheirismo, cuidado e carinho de uma maneira tão intensa, tão forte, que fazia ser difícil imaginar uma vida sem estar sentindo todas essas coisas naquela proporção. Ele entregava amor a Louis e sentia que recebia tudo de volta.

O apego que surgiu após o vínculo foi mútuo, Louis não queria ficar longe de Harry e adorava passar seu tempo lambendo a marca de ligação enquanto sussurrava o quanto o ômega era amado por ele. Isso foi ótimo para Harry porque ele realmente se sentia necessitado deste contato, vivendo enfim a experiência de ser totalmente cuidado e amado com uma potência extra que apenas a ligação poderia proporcionar.

E eles se amaram consecutivas vezes, sempre respeitando o limite físico de Harry, claro, mas aproveitando todos os momentos que tinham para exaltar fisicamente o que um causava no outro, o quanto um desejava o outro, um desejo profundo que, definitivamente, passava a certeza de que não teria fim.

Ambos sabiam que a felicidade era um estado, mas, em seus corações, algo dizia que este estado não teria como mudar enquanto estivessem juntos.

Cinco dias após se instalarem oficialmente na nova casa eles conheceram Lizzie, a beta responsável pela organização da casa deles. De imediato, Harry e ela se deram bem, já que ela também gostava de tocar gaita de fole e, pelo o que chegou a concluir, o currículo dela batia totalmente com sua postura, o que era algo bom.

Lizzie que comandaria as equipes de limpeza e, por opção própria, quis ficar responsável pela alimentação. Sua filha tinha acabado de ter um bebê e ela tinha muitas receitas gostosas e saudáveis para compartilhar com o ômega, já que foi a maior responsável pela dieta da moça durante a gestação.

Harry aproveitou que a casa estava sendo limpa e que Louis precisou sair para resolver algumas coisas referente ao estúdio que estava montando na Escócia, assim evitando viagens de trabalho para Londres, para passar um tempinho no quarto de seu bebê, sorrindo por conta de como ele havia ficado.

O ambiente tinha as cores do arco íris, todas em tom pastel, com uma decoração leve para não sobrecarregar o filhote. Já estava totalmente equipado para suprir as necessidades que o bebê teria, tudo devidamente pronto para sua chegada.