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Eu e Matteo estávamos no carro indo pra casa dos Kaulitz, que só agora descobri serem irmãos; e pior, gêmeos

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Eu e Matteo estávamos no carro indo pra casa dos Kaulitz, que só agora descobri serem irmãos; e pior, gêmeos. Fiquei em choque, porque quando os vi ontem pareciam muito diferentes, mas logo me dei conta que é pela maquiagem que Bill usa.

Antes de sairmos do apartamento, tudo estava dando muito certo pra mim. Meu brinco não prendeu na minha blusa, não apliquei protetor solar demais na mão, não borrei o rímel e nem tive problemas com as lentes de contato. Só pode dar algo MUITO errado mais tarde.

Quanto mais perto chegávamos da casa dos Kaulitz, mais ideias absurdas chegaram em minha mente. Que tal eu mentir meu nome? Ou colocar um saco na cabeça? Talvez virar a cabeça toda vez que Tom olhasse perto de mim? Nada disso daria certo, e isso estava me estressando demais. Minha única opção é tentar evitar falar especialmente com ele, e esperar que ele nem lembre de mim.

Matteo estacionou o carro em frente de uma mansão, que chamou muito minha atenção.

— É aqui — Matteo disse desligando o carro, tirando o cinto de segurança.

— Como é?

— É aqui, ué — falou me encarando sem sair do carro, abrindo a porta por completo.

— Nossa — olhei pelo vidro de novo, mas logo voltei meu olhar ao garoto — Você não me disse que eles eram tão ricos assim.

O garoto riu brevemente — Pois é, Tokio Hotel é extremamente famoso.

— Tokio quem?

— Puta que pariu, Stella! O nome da banda é Tokio Hotel, te falei umas trocentas vezes — falou rindo.

— Para de rir! Acordei agora pouco, tá bom?

— Tá, tá — falou ainda rindo, tirando o meu cinto por mim. — Vamos logo.

Saí do carro e Matteo também. Olhei ao redor pra aproveitar mais a vista, era realmente uma casa muito bonita. Não achei que eles fossem famosos o suficiente pra terem esse dinheiro, confesso que me surpreendi. Caminhamos até a porta e tocamos a campainha, sendo atendidos rapidamente por Bill que tinha um sorriso largo no rosto.

— Vocês chegaram! Entrem — o garoto deu espaço pra entrarmos.

— Faz realmente muito tempo que não venho aqui — Matteo disse, aparentemente vendo as mudanças no local.

— A casa de vocês é muito bonita! — elogiei com sinceridade.

— Ah, que nada — Bill foi interrompido por um grito vindo de outro cômodo

— Quem chegou?

— Vem ver, folgado! — gritou de volta.

O som de uma porta se abrindo e fechando fortemente foi alto, fazendo com que todos ouvíssemos e virássemos nossa atenção para a direção do barulho. Logo vejo Tom saindo do cômodo com Georg. Fudeu.

— Ah, e aí! — Georg veio em nossa direção nos cumprimentando.

— Oi Georg! — falei o abraçando de volta, parece que pegamos intimidade rápido.

Percebi Tom me olhando, parecendo que estava raciocinando; meu Deus, e se ele estiver se lembrando de ontem?

— Meu nome é Stella, acho que você não me conhece — estendi a mão para o menino tentando expulsa-lo dos próprios pensamentos, antes que ele lembrasse de algo que não deveria.

— Tom — sorriu de canto apertando minha mão.

— Onde está Gustav? — perguntei me virando para Bill.

— Deve ter ficado no quarto, ele não sabe que são vocês que estão aqui — falou rindo. — Não gosta muito de visitas.

Do jeito que Bill falou, Gustav soava como um antissocial - o que me surpreendeu, até porque ontem estava conversando e socializando normalmente. Bom, acho que me enganei.

— Vamos pro quarto, queria que vocês escutassem uma música nossa.

— É mini-estúdio, cara! — Tom "corrigiu" Bill, e eu reconheci logo a discussão boba entre irmãos que estava por vir.

— Mini-estúdio é o meu ovo esquerdo! É um quarto cara, se liga — Bill disse fazendo eu e Matteo rirmos.

— Deixa que eu vejo isso — falo ficando na frente entre risadas, abrindo a porta do quarto de onde eles saíram.

Analisei o quarto como se eu fosse uma juíza decidindo o veredito. Tinha vários instrumentos, um grande computador em cima de uma mesa, microfone... e uma cama de solteiro.

— Isso aqui é um quarto — apontei pra cama.

— Viu, porra? Você é esperta, Stella — o garoto levantou a mão pra um "toca aqui", e eu retribuí com um sorriso.

— Por acaso você quer dar pro meu irmão, Stella? — Tom perguntou cruzando os braços e levantando a sobrancelha.

— Vai se foder — ri

— Não quer vir junto? — perguntou ainda com os braços cruzados.

— Não — falei simples e todos no quarto riram, incluindo Gustav que saiu debaixo da cama do nada.

— Gustav, você tem problema? Que porra você tava fazendo debaixo da cama? — Georg perguntou rindo.

— Foi mal mano, achei que quem tinha chegado era aquela louca que o Tom traz aqui.

Tô falando!

— Fala, Gustav. Comeu quantos ratos ali em baixo? — Matteo zombou do menino.

— Vai se foder — abraçou Matteo de volta, me abraçando depois.

— Vamos tocar Humanoid mais uma vez pra eles verem.

— De novo? — Tom reclamou.

— Ai garoto, larga de ser insuportável — Bill disse e eu soltei uma risada baixa. Não sou só eu que acho ele insuportável.

— Tá rindo do quê? Você também é chata e ninguém fala nada.

— Ela é mil vezes mais legal que você, resmungão — Gustav falou rindo.

— Sério? Vocês vão me trocar por ela? — olhou ao redor enquanto o resto concordava com a cabeça, olhando depois pra mim e levantei a sobrancelha. — Os de verdade eu sei quem são.

— Pega sua guitarra logo aí, cara. Você fala muito.

Cruzei meus braços e tempo depois começaram a tocar a música, que por sinal é muito boa. Foi a primeira música que escutei da banda, e é perfeita. Gustav tocava bateria, Georg tocava baixo, Tom tocava guitarra e Bill cantava.

Depois de um tempo dentro da música, Matteo apoiou o braço em meu ombro, e eu olhei para ele sorrindo de leve, ele retribuindo o ato. Quando voltei meu foco à banda tocando, notei Tom olhando feio pra mim e o garoto ao meu lado. Qual o problema desse garoto? Ou espera, será que ele tava lembrando de mim? Não, isso não pode acontecer.

— Isso foi incrível — estendi a mão para um toque e Bill fez o mesmo. — Vocês todos foram — olhei para o resto.

— Valeu, Ste — Gustav agradeceu com um sorriso. — Vamo comer alguma coisa? Tô morto de fome.

— Bora. Pode deixar suas coisas aí, Stella — Bill disse e abriu a porta indo para a cozinha com o resto dos meninos.

Caminhei em direção a mesa pra colocar minha bolsa ali, mas logo parei meus movimentos quando ouvi a porta se fechar e ser trancada atrás de mim.

— Eaí, esquentadinha.

TRUTH OR DARE, tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora