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Analisei um pouco a mão que me impedia e de cara percebi ser um homem

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Analisei um pouco a mão que me impedia e de cara percebi ser um homem.

— Quem é? — falei sem expressão.

— Adivinha — ouvi a voz masculina já familiar pra mim.

— Ah, é você — falei e Tom entrou no banheiro comigo, fechando a porta.

— Decepcionada?

— Por que você tá aqui? — cruzei meus braços olhando para cima, no rosto de Tom.

— Queria saber se você está bem — coçou a cabeça e colocou as mãos no bolso. — Você parece desanimada, sei lá.

Tom deu de ombros após falar e soltei uma risada, fazendo-o me olhar confuso.

— Tá rindo de quê?

— Você não sabendo demonstrar que se preocupa, é fofo — me referi ao jeito que Tom falou.

— Fofo? — me olhou indignado e riu sarcasticamente. — Eu não sou fofo — falou convencido.

— Então tá, machão.

— Garota... — falou e balançou a cabeça, voltando ao assunto. — Enfim... você tá bem ou não? Digo... você claramente não está, mas... por quê?

Tentei segurar minha risada dessa vez, mas ficou claro que eu estava rindo, e o garoto me olhou semicerrando os olhos.

— É complicado — falei parando de rir. — Bom, desde que comecei minha carreira, sou forçada a fazer um monte de coisa, inclusive umas dietas insuportáveis. Não posso comer nada que eu goste de verdade, tipo sorvete, faz muito tempo. Da última vez que eu tentei burlar a dieta sem que minha equipe visse, eles literalmente me deixaram de castigo como se eu fosse propriedade deles. Isso me exausta, entende?

— Entendo... deve ser difícil. Eu sinto muito, Stella — Tom colocou a mão quente em meu braço. — Mas não liga pra esses babacas. Se eles vierem reclamar com você, é só me chamar que eu dou um jeito, entendeu?

— Obrigada, Tom — sorri carinhosamente pro garoto em minha frente e ele sorriu de volta, fazendo meu corpo esquentar de repente.

— Mas espera aí. Dieta, com esse corpo? — me olhou de cima a baixo.

— Ah, para.

— É sério, Stella. Você é linda. Não precisa dessas dietas idiotas.

— Não acho.

Fui interrompida no final de minha frase por 3 batidas breves na porta do banheiro, e nós dois olhamos. Esperamos a pessoa que batia falar alguma coisa e nos entreolhamos sem saber o que fazer. Se qualquer um visse nós saindo do banheiro juntos, pensariam que fizemos algo a mais, e esse tipo de notícia espalha rápido - digo por experiência.

— Quem tá aí? — Tom falou alto, e eu bati no braço dele por não ter ficado quieto. — Ai! — resmungou baixo. — Alguém tinha que falar alguma coisa!

— Ué, Tom? — ouvimos a voz de Gustav e respiramos fundo, com alívio. — Não me diga que tá aí dentro com a Stella.

Tom abriu a porta sorrindo — Tcharam.

Gustav ficou calado por uns segundos, intercalando o olhar entre mim e o garoto alto ao meu lado, confuso.

— Não quero nem saber o que vocês estavam fazendo ali dentro — apontou pra nós dois.

— A gente não fez nada, Gustav — falei e o garoto levantou as sobrancelhas, duvidando.

— É verdade — Tom falou e o loiro concordou com a cabeça.

— Ah, então tá. Se Tom não se gabou é porque realmente não fez nada. Vamos.

Eu ri na cara de Tom pela fala de Gustav, e o garoto me mostrou o dedo do meio.

Voltamos juntos e ganhei coragem pra pegar meu sorvete, uma bola de morango e outra de chocolate. Levei meu sorvete pra mesa e me sentei ao lado de Georg, ficando de frente para Matteo.

— Se amarra numas bolas, né Stella? — Georg falou e todos na mesa riram.

— Adoro — falei rindo e olhei pro pote de sorvete do garoto. — E você pegou 4 bolas de uma vez?! Tá avançado em!

— Ele tem experiência nisso — Tom brincou tomando o sorvete.

— Como descobriu? — Bill franziu o cenho, sorrindo ladino.

— Ah, sabe como é. Na brotheragem, entende?

— É claro que ele entende. Gustav tá de prova — Matteo falou.

— Bill, você contou pra ele? — o garoto perguntou indignado.

— Não, cara! Ele descobriu sozinho! — brincou de volta e não segurou a risada.

Ficamos na sorveteria por um tempo, falando besteira quase o tempo inteiro. Foi tão divertido e rimos tanto que não só esqueci como deixei de lado qualquer problema que estivesse me incomodando antes, e o tempo passou extremamente rápido. Voltamos pra casa dos Kaulitz e ficamos batendo um papo na cozinha, até fofocando sobre algumas celebridades. Já estava na hora de ir embora pra minha casa, eu tinha um compromisso comigo mesma; mexer no meu celular enquanto deitava em uma posição duvidosa em cima de minha cama.

— Vamos indo então, pessoal — Matteo colocou a mão nas minhas costas, e nos despedimos dos garotos um por um. Notei a ausência de Tom ali, e segundos depois ele voltou com minha bolsa.

— Sua bolsa, esquecida.

— Obrigada, Tomto — peguei a bolsa e envolvi em meu ombro rapidamente. Puxei o garoto pra um abraço e ele pareceu demorar pra raciocinar, mas me abraçou de volta.

— Gostei do seu gloss. Tem um gosto bom — falou se afastando do abraço.

— Você usou meu gloss?!

— Não, só lambi — o olhei arregalando meus olhos. — Tô brincando. Mas passei — falou rindo.

— Você é um besta. Tchau pra vocês — me virei para o resto dos garotos acenando mais uma vez.

— Você e Matteo moram juntos, é? Por que vai embora com ele?

— E te interessa? — falei rindo e passei pela porta, Tom falou algo mas não prestei atenção.

Entrei no carro logo depois de Matteo. Ligou o carro e se virou pra mim.

— Stella, posso te fazer uma pergunta? — perguntou me olhando sério.

TRUTH OR DARE, tom kaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora