Praga do Destino - Tiago Santineli

Cap 2: A praga do Pabliton!

No domingo à noite, naquela mesma semana, Pabliton descobriu uma nova balada em São Paulo e chamou Tiago para irem, Eduardo também iria e mesmo relutante, Santineli aceitou.
A noite estava ótima, eles conversavam, comiam e não bebiam quase nada, bom o casal não bebia quase nada naquela noite específica, já Santineli...
O problema ocorreu quando um cara apareceu na mesa deles querendo briga.

Homem: Oh viadinho! Você mesmo, bixona!
Pabliton: Não olha, ignora.
Eduardo: Acho melhor irmos embora...
Pabliton: Concordo, vamos, vem Tiago!

Tiago os seguiu relutante, mas quando iam passar pelo homem, ele foi segurar o braço de Pabliton com força, o que irritou o "talvez" bêbado.

Tiago: Solta ele!
Homem: E você é quem? Outro namorado, pensei que era a outra bixa ali, ou são dois?
Tiago: Se tem amor à sua vida, acho melhor retirar o que disse e largar meu amigo.
Homem: Se não o que?
Pabliton: Tiago, esquece, vamos embora.
Tiago: Por que está tão pacífico!? Eu vou é matar esse cara!

O que todos estavam percebendo, menos Tiago, era que o homem era três vezes maior que ele e com certeza tinha mais do que apenas os glúteos bombados.
Eles partiram um para cima do outro, não trocaram muitos socos antes de Pabliton e Eduardo conseguirem repara-los, mas Tiago ainda saiu bem machucado, quase inconsciente e meio atordoado, o outro homem também estava com alguns arranhões e roxos, mas nada comparado. O que mais assustou Pabliton e Eduardo foi o fato ter quebrado uma garrafa de uísque na cabeça de Tiago e ter acertado ele novamente com ela, após quebrá-la, algumas vezes.

Tiago: Vocês viram? Eu acabei com ele.

Tiago delirava levemente no banco do carro.

Pabliton: Eu não lembro bem assim, Tiago. Por que você fez isso, seu idiota?
Tiago: Ele mexeu com vocês, eu não ia deixar um idiota daquele falar assim com dois dos meus melhores amigos.
Pabliton: Ele com certeza não tá bem, nunca admitiria isso tão fácil. (Pabliton sussurra para Eduardo.)
Tiago: Estão falando mal de mim? Depois de tudo que eu fiz por vocês?
Pabliton: Estou falando que você vai ao médico.
Tiago: Eu tô bem, não quero médico.
Pabliton: Mas tem que ir.

Tiago desiste e cai no sono, Pabliton e Eduardo continuam conversando.

Pabliton: Vou levá-lo para o hospital e passo a noite com ele, pode ir para casa descansar, foi uma longa noite.
Eduardo: Mesmo sendo pela bebida, foi legal da parte dele tentar nos defender.
Pabliton: De durão ele só tem a cara, ele pode ser um amigo incrível quando quer, mesmo tomando as piores decisões.

Pabliton não admitia, mas ficara emocionado pela demonstração de amizade de Tiago, ele sabia que eram amigos, mas nunca imaginou Tiago o defendendo a esse ponto, era bom saber que podia contar com ele nesses momentos.
Deixou Eduardo em casa e levou Santineli para o hospital mais próximo que achou aberto. Não demorou para serem atendidos por uma médica.
Já dentro da sala, Tiago ainda meio inconsciente era analisado pela médica e ela tentava falar com ele, para mantê-lo acordado.

Médica: Tudo bem, senhor? Parece que se machucou feio em.
Tiago: Culpa da praga do Pabliton.
Pablinton: Não foi isso que você disse no carro, só porque está na frente da médica vai se fazer de durão agora?
Médica: Você parece bem sóbrio, ao contrário dele. O que houve?
Pablinton: Ele brigou com outro cara.
Médica: Foi uma briga feia pelo visto, vou deixá-lo aqui essa noite, preciso que responda a papelada lá fora, ok?

Pabliton saiu e a médica continuou falando com Santineli, mesmo sem saber seu nome ainda, pois não tinha se atentado ao nome na ficha.

Médica: Então senhor, pode me dizer quantos dedos tem aqui?
Tiago: 8.
Médica: Ótimo, isso que estou colocando no seu braço vai te ajudar a ficar sóbrio, enquanto isso preciso que fale comigo enquanto limpo seus machucados. Me diga, o que faz da vida?
Tiago: Sou comediante, doutora, dos bons e humildes ainda, eu sei que sou humilde porque apenas sendo muito humilde pra saber que é humilde.
Médica: É verdade, um amigo sempre me falava isso.