(ATENÇÃO: nessa capítulo tem uso de drogas ilícitas, não façam isso em casa, principalmente se for menor de idade.)
Nota da autora: Eu vou abordar o fato do Tiago tomar chá de cogumelo nesse capítulo, como eu não sei como é o efeito e como a pessoa fica quando tá sobre o efeito, eu vou só colocar algumas coisas que eu vi na internet, mas nada muito fiel a realidade pq eu não entendo praticamente nada sobre o assunto, mesmo assim espero que gostem, bjos e boa leitura.Tiago narrando:
Era uma tarde de domingo, eu e Jun tínhamos discutido mais cedo, com o fim da gravidez nossos nervos estavam à flor da pele, qualquer mínima coisa parecia um problema grande. Ela queria começar a participar de uma ONG com Ian, eu estava com medo, não que não fosse uma boa ideia, era e era algo que ela gostava, combinava com ela, ajudar os outros, mas parecia tão arriscado, naquele momento em específico, nós discutimos e ela saiu com Nat e Vivi, como estava nervoso e também com um pouco de dificuldade em escrever novas piadas nos últimos tempos, resolvi tomar chá de cogumelo, para tentar abrir minha mente.
No início senti um pouco de enjoo, mas já estou acostumado, então algumas cores começaram a surgir enquanto assistia uma apresentação de dança com o instrumental de Leal, Djonga, não me perguntem o porquê, achei no YouTube e imaginei ser uma boa experiência.
Aos poucos as cores foram mudando, quando percebi que estava dentro de um auditório, de pé e a garota do palco corria até mim, ela parecia estranhamente familiar.?: Pai! Que bom que veio, fiquei com medo de não dar tempo por conta dos shows.
Tiago: P-pai? Como assim? Desculpe, acho que está se confundindo.
?: Muito engraçado, senhor Santineli. Você tá velho, mas nem tanto. Mônica Sofia, sua única e favorito filha, lembra?
Tiago: Sofia? Como? V-você também enorme.
Mônica: É, 15 anos, tinha que tá.
Tiago: 15? Como? Eu achei que... nossa, você é igualzinha ela na sua idade.
Mônica: Quem a mamãe? Já percebeu que fala isso sempre que me vê?Observei a garota, seus olhos eram como os meus, castanhos, os cabelos curtos e castanhos, muito parecidos com os de Jun, sua pele era um pouco bronzeada e tinha algumas sardas em seu rosto, todos os pequenos detalhes lembravam a mãe, com excessão dos olhos, observando-a eu conseguia ver claramente Jun, numa versão mais nova, era incrível. Era estranho, como ela estava ali? E como estava tão mais velha?
Meus pensamentos são interrompidos por outro garoto, também familiar, que apareceu ao lado da menina. Ele era alto, de cabelos e estranhamente parecido com o filho do Rafinha.??: E ai, tio, tudo bem? Mônica, vamo mais uma vez?
Mônica: Já vou, Tom. Vem pai, assiste e me dá uma opinião.
Tiago: Tom? O Tom Bastos? Filho do Rafinha? N-não, você é uma criança e tá enorme, parece um adulto.
Tom: O que? Eu sou um adulto, tio Tiago.
Mônica: Pai, tá tudo bem? Tom, eu vou ficar um pouco com ele, depois a gente ensaia mais um pouco. Vem pai, vamo na cozinha.Ela me levou até uma espécie de cozinha, me sentei e tomei alguma coisa que ela me entregou.
Mônica: Exagerou no cogumelo?
Tiago: Acho que sim. Como você está aqui? I-isso não é possível.
Mônica: Claro que é.
Tiago: Como?
Mônica: Estando. Pai, tá tudo bem? Tá me assustando. Devíamos chamar a mamãe, onde ela ta?
Tiago: Eu não sei, brigamos de novo, mas também não sei de mais nada também depois disso!Ela parecia preocupada e eu estava confuso, como assim Sofia estava ali? Não era possível, era?
Um pouco depois sinto o cheiro do perfume de Jun, ela entra em casa.Júlia: Tiago, tudo bem?
Sua voz era como discos de vinil e chocolate, parecido com a da garota a minha frente, a dela me lembrava hortelã, livros e discos de vinil também.
Tiago: Ela é linda, não é, Jun? Parece com você.
Júlia: Quem, Tiago?
Tiago: Nossa filha, Sofia, ela parece muito você, menos os olhos, os olhos são meus, pode olhar, tadinha, tem a sua bunda né? Ou melhor não tem bunda direito!
Mônica/Júlia: Ei!
Júlia: Tiago, do que está falando? Olhar o que?
Tiago: Está brincando? Olhe para ela.
Mônica: Ela não pode me ver, pai.
Tiago: O que? Por que não?
Júlia: Tiago, com quem está falando?
Tiago: Mônica Sofia!
Júlia: Mônica está na minha barriga ainda, o que você...? Oh, chá de cogumelo, óbvio, vem Tiago.
Tiago: Jun, olha pra ela, eu acho que é ela mesmo, parece ser, como?
Júlia: Não sei como se esqueceu, não confunda seu pai quando ele tomar chá, Mônica, já te expliquei isso, venha, me ajude a levá-lo para o quarto de hóspedes. Ligue esse vídeo lá.
Mônica: Vem, pai.Elas me levaram até outro cômodo, lá eu me sentei no sofá, por um instante tudo escureceu, de repente, lá estava eu, naquele mesmo palco, Mônica Sofia senta de pernas cruzadas me encarando.
Mônica: Pai?
Tiago: Que lugar é esse?
Mônica: Você deve conhecer, é onde gravou seu especial, lembra?
Tiago: Por que estamos aqui? Você é ou não real?
Mônica: Sou real para você agora.
Tiago: O que?
Mônica: Sou fruto da sua mente, uma alucinação por ter exagerado no chá, sou o que imagina que será a sua filha, ou o que espera que eu seja.
Tiago: Então... você é uma alucinação, eu tô consciente?
Mônica: Mais ou menos. A gente vai ficar algumas horas aqui, ou que parecer horas pra você, quer conversar? A gente devia se conhecer melhor, já que eu sou sua filha e você meu pai.
Tiago: Não é minha filha, é fruto do cogumelo e da minha mente.
Mônica: Mas sou próximo do que procura, tenta falar comigo, que tal? Não vai te matar, pode ser bom.Suspiro fundo, não podia ser tão ruim, era minha própria mente afinal.
Mônica: Parece assustado, o que tem com a mamãe?
Tiago: Sua mãe, eu estou... com medo, você e ela, são tão frágeis... eu tô com medo... de perder vocês.
Mônica: E por que não fala isso pra ela?
Tiago: Ela parece tão decidida e segura, não quero parecer vulnerável, eu devia proteger vocês, não estar assustado.
Mônica: Devia tentar falar com ela, já pensou que ela também pode estar tentando parecer bem? Tem mais alguma coisa, não?
Tiago: Acho que não serei um bom pai pra você.
Mônica: Eu discordo, me parece um pai maravilhoso e sei que...De repente, a imagem dela falhou e sua voz também, parecia que ela estava sumindo, não queria isso, de alguma forma estava me apegando a ela.
Mônica: O efeito tá passando, acho que chegou minha hora de ir.
Tiago: Agora? Não, por favor, eu preciso te ver mais, precisamos conversar melhor.
Mônica: O efeito passou, pai, tenho que ir.
Tiago: Posso te ver de novo?
Mônica: Sempre, assim que eu nascer. Me promete uma coisa antes de ir?
Tiago: O que quiser.
Mônica: Conversa com a mamãe, fala pra ela como se sente, vai ser bom. Você vai ser um ótimo pai.Nós tínhamos lágrimas nos olhos, mesmo que eu soubesse que não era real, ela parecia tão boa e eu realmente já a amava. Acariciei seu rosto, era macio como algodão, dava uma sensação boa de aconchego. Limpei a lágrima que escorreu de seu olho.
Tiago: Eu vou fazer o meu melhor para isso, eu te amo.
Mônica: Eu te amo, pai.
Tiago: Não quero te deixar sumir pra sempre.
Mônica: Tudo bem, eu vou ficar bem, parte de mim estará viva em seu coração e na forma que for criar a verdadeira eu, se cuida, pai.Beijo o topo, aos poucos a vejo desaparecer e eu me vi deitado na cama do quarto de hóspedes.
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Praga do Destino - Tiago Santineli
FanficQuando dois melhores amigos se reencontram depois de anos, aprendendo a lidar com problemas novos e antigos ao mesmo tempo. Tiago Santineli e Júlia Miranda nunca esqueceram um do outro e com ajuda de seus amigos tudo será resolvido e talvez algo se...