100% o que?

?11?

Amélia(99,99%)???(0,01%)

–Aí, ai ai, que dor– merda, como ainda tô viva depois de cair de tão alto? Affs, que sorte a minha.

Abro os olhos e vejo minha cabeça subir e descer, arregalo os olhos e levanto rápido.

Quase grito de dor, parece que fui moída, tudo dói, estou sangrando, quando respiro parece que vou sufocar, respirar dói, queima.

Estou me sentindo tonta e fraca

E o melhor?

Estou em cima da cobra que ainda respira.

Não estou mais com a pedra, nem sei onde foi parar, mas de uma coisa eu sei, tenho que mata-la antes que acorde.

–Parker?– o chamo ainda desnorteada.

– Estou aqui, como você está?

– Péssima, não tô conseguindo ver direito.

– Éeeee...

– O que?– pergunto tentando andar, mas está difícil, meu corpo inteiro está doendo, e pelo o que posso ver...

Estou ferrada

– Seu olho, ele...– ele para por alguns segundos, e eu coloco a mão no olho, e puta merda.

Estou com algo enfiado no meu olho, que julgo ser uma pedra, merda, isso dói pra caralho.

– Mano, não toca, isso pode... – não deixo ele terminar quando pego o objeto e puxo para fora do meu olho– aí meu Deus, você com toda certeza não bate bem da cabeça, que porra você fez? Agora tá sangrando muito, já pode ir se acostumando a ficar cega de um lado.

– Mais estava incomodando– tento me justificar, agora não dói tanto quanto antes, mas ele parece ter ficado mais bravo ainda.

– Atá, nossa, nem tinha percebido que um pedaço de...– eu olho para o objeto em minha mão tentando descobrir o que é– escama?... Estava te incomodando.

–Tá tá, agora precisamos matar isso– aponto para baixo de mim, já que estava em cima da cobra.

–Puta que pariu, que sorte a sua, caiu em cima de uma ótima almofada, em?

– Se você diz– falo tentando descer de cima dela, mas como minha vida não é fácil, minhas pernas fraquejam e eu acabo caindo de cara no chão.

– HAHAHAHAHAHHAHAHA...– eu olho com fúria e ele para de rir na hora– é... Quero dizer, você está bem?– reviro o olho imaginando ele fazendo uma cara de cínico.

Me levanto, e estou respirando muito mau, sinto meus pulmões estão queimando a cada respiração.

– Me ajuda a achar algo para matar isso– digo para Parker que confirma, com um som anasalado.

Começo a procurar algo que possa machucar essa minhoca touro gigante, sei lá com o que diacho isso parece, agora vendo de perto, ela é toda gosmenta, e gelada.

– Aha, olha ali– eu para de andar– ali garota– reviro o olho em completo tédio– o que foi?

– Você está apontando?– pergunto com desdém.

– Ah... É, desculpa– ele da uma risada– ali na sua esquerda, perto daquela rocha– não consigo ver, mas aceno com a cabeça indo na direção.

Quando me aproximo o suficiente consigo ver uma pedra bem afiada, é, vai servir.

Quando ia me agachar para pegar, um calafrio, sem pensar duas vezes me jogo para o lado, porém ainda sou atingida de raspão,pelo o que julgo ser as presas da maldita, pois minha pele queima.