Pistola

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Foda.

Agora eu tô noivo de uma feiticeira jujutsu meio doida da cabeça e que é parente do imperador, só tô nessa ainda porquê a quantidade de dinheiro que eu vou ganhar não é brincadeira.

Mas enquanto isso, eu tô na porra de uma casa super chique com um monte de MACHO passando a mão em mim com a desculpa de merda que eles estão "tirando minhas medidas"

— Você é tão fofinho — a mulher diz brincando com o Megumi, que coisa mais tosca.

— Fujoshi desgraçada — Rosno quando posso finalmente relaxar sem aquelas bichinhas em volta.

— Aah, ficou afetado que eles deram umas apertadas nesses seus peitões, Fushiguro? — ela passa por mim e... Aperta meus peitos...
É pior do que parece, ela adora mexer ou citar eles.

— Eu vou arrancar seus dedos — Digo sentindo minhas bochechas ardendo... Meus peitos...

O fato de ela ser obcecada com os meus peitos continuou por um bom tempo.

— Qual é... Você tem peitos lindos — ela comenta enquanto me arrumo para ir conhecer os pais dela

— Porra! — Grito com ela que dá um passo pra trás — que merda de fixação é essa com os meus peitos!?

Vadia maluca, você tá achando que eu sou o que?

— desculpa se te ofende — ela se aproxima com suas mãos delicadas, passando elas por cima do colete do meu terno — é que... Você trabalha bem os membros superiores... Não dá pra fazer vista grossa pra isso.

De novo... Meus peitos.
Mas era meio difícil ignorar o rosto delicado dela, seus olhos expressivos e geralmente brilhantes até quando ela me proporcionava o inferno!

— Eu vou te mostrar o grosso, filha da puta — Rosno

— Deve ser uma salsichinha! Um salame de bolso — ela implica comigo, me mostrando o dedo do meio.

— Agora você vem aqui! — eu corri atrás dela pelo quarto enorme.
É difícil uma pessoa me tirar do sério quanto ela é capaz! Eu vou sair com trinta rugas a mais desse ano com ela!

— Isso é injusto! — ela diz jogando travesseiros em mim. A mira dela é bem boa. Só que ela é fraca.

— Você que tá duvidando do meu pau por aí —  falei pegando aqueles cacete de travesseiro no ar pra jogar nela de volta

— Você falou do seu pau primeiro, porra! —  ela se abaixa bem na hora que um travesseiro passa voando igual uma bola de canhão por cima da sua cabeça de vento — ISSO PODIA ME MATAR!

— Era a intenção! — Continuo lançando travesseiros nela e recebendo fugas covardes. — Cadê a feiticeira mais forte? A gostosona?

Ela tinha sumido de vista.

— Eu sou gostosa! — Ela espirra alguma coisa no meu rosto, acho que era aqueles troços de cabelo — só que eu não posso te matar! Habilidades não letais não são meu forte, seu corno.

— Filha da puta — xingo limpando meus olhos, isso levou um tempo já que o cheiro era uma merda e acho que colou os meus cílios.

Quando eu estava pra abrir os olhos a ouço berrando.

— Não abre o olho, tô trocando de roupa aqui — ela diz e eu ouço os barulhos...

— Nem fodendo que você tá fazendo isso na minha frente — Resmungo com as mãos no rosto.

— tem nada pra ver não, eu não tenho peito e nem bunda

— não foi o que eu vi.

— É bojo.

— Na bunda?

— É.

— Não fode.

Pra mim, saber que dava pra usar bojo na bunda era uma descoberta!

Quando abri os olhos ela estava na minha frente, o vestido era verde claro que pegava no ombro a ombro, deixando seu colo aparente, eu reparei num colar delicado em seu pescoço. Ela diz que não tem peito e bunda, mas esse bojo da uma vontade de apertar pra ter certeza.

— É isso aí que você vai vestir pra ir ver os seus pais? — digo fazendo uma cara de que não gostei.

— Ah... Tá ruim? — ela dá uma giradinha, o tom dela foi meio triste, estava realmente pedindo uma opinião sincera.

— Tá legal — Bufo e me aproximo dela, tocando seus ombros e logo depois ajeitando seus cabelos — Você... Tá bem usando isso aí, não tá ruim não.

Eu sou péssimo pra elogiar alguém sem parecer que eu quero foder com essa pessoa.

— Ah... Obrigada — ela dá um sorrisinho e se afasta, mas eu juro que ouvi ela murmurar um — eu acho...

A mulher vai até uma mesa e pega uma caixa de veludo azul mais ou menos do tamanho das mãos dela, trazendo pra mim.

— Eu imagino que você já tenha algum, mas esse aqui pode ficar também, vai combinar com esse terno — ela abre a caixa e revela um rolex com braceletes cinzas que pareciam um trançado de fibra de carbono, sendo quase todo preto e uns detalhes simples e mais destacados em ouro, como o contorno dos números e dos ponteiros.

— Isso dentro é um diamante? — Arregalo os outros ao analisar bem o centro, um elegante diamante bem no meio!

— É sim... Achou brega? — ela olha nos meus olhos... É normal ter vontade de beijar a boca de alguém até ela desmaiar depois de ganhar uma coisa tão legal?

— Eu achei... Legalzinho — balanço meu pulso depois de colocar o relógio.

Acho que estou disposto a fazer esse encontro com os pais dela dar o mais certo possível.

A Princesa e o Assassino - Toji Fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora