Seus Pais

680 71 21
                                    

Não brinca com um troço desses!

Sério, eu jurei que o Toji fosse causar uma péssima impressão, eu juro que eu já estava preparada para os meus pais odiarem ele com todas as letras em maiusculo!
Sem querer ofender o Toji.

🔪 — Já tá ofendendo só de começar.

Sério? Um emoji de fraquinha?

🔪 — você preferia que fosse o que? Peitos, sua pervertida?

Tem?

🔪 — Vai tomar no cu.

Xô!

Enfim, ele é meio que quase um bicho super rabugento!

Mas agora eu tô de queixo caído aqui na mesa enquanto esse neandertal faz os meus pais rirem alegremente e sendo super agradável!

— O que foi, querida? — ele perguntou estendendo a mão na minha direção fazendo um carinho no meu rosto

🔪 — claro, tava com a maior cara de cu

— Na-da, eu tô feliz que vocês estão se dando bem — falei tocando na mão de Toji que ainda estava no meu rosto, eu acho que era um sinal pra que ele parasse, ou eu só queria tocar nele.

— Eu não acredito que você pensou que nós não gostaríamos dele por ser viúvo e já ter um filho — minha mãe diz mega sorridente, ele enfeitiçou a minha mãe!

🔪 — nem tenho como fazer essa porra.

— Nós já ficamos felizes por ele te amar tanto assim — o meu pai da um sorrisinho

Quando ele demonstrou que me amava? Desde quando o Toji é bom com palavras?

🔪 — Não sou né, só sou um ótimo mentiroso, e você não reparou que durante toda a porra da conversa eu ficava encostando em você ou algo assim.

Oi?

🔪 — Puta merda...

Para esperar a sobremesa depois do almoço, eu disse para os meus pais que iria dar uma volta com o Toji.

— Tenho que mostrar esse lugar pra ele, vem — Seguro a mão enorme de Fushiguro e vamos andando.

Esse restaurante é ridiculamente sofisticado, toda decoração é dourada e cheia de rococós e pinturas renascentistas douradas, mas a parte mais linda desse lugar é definitivamente seu jardim. É super bem cuidado, cheio de roseiras e plantas, além de um labirinto verde no centro.

— Você tá indo bem — Digo baixo enquanto seguramos nossas mãos.

— Seus pais são meio otarios, na real, eu nem preciso fazer muita coisa — ele olha em volta. Eu tinha que concordar.

— o que tá procurando? —perguntei segurando a lateral do terno dele.

— Estão observando a gente — ele falou se curvando na minha direção, me fazendo dar quase um espasmo pra trás.

— Sim, estão, tá cheio de gente vigiando por aqui — digo baixinho, meio incapaz de olhar nos olhos dele, minhas bochechas estavam ardendo como queimaduras solares... Ele tá muito perto!

— Então a gente ainda precisa atuar aqui — ele passa aquele braço enorme nas minhas coxas e me levanta com uma facilidade monstruosa.

🔪— claro, porra, parece uma pena de frango.

— É! Tipo isso — me Seguro nos ombros maciços dele.

Ele dá um sorriso que faz com que eu me preocupe com minha integridade física, mas eu nem tive tempo de me preocupar mais, já que logo eu estava tendo a minha boca tomada por ele, um beijo nada cuidadoso, aquela língua áspera que fazia até as pontas dos meus dedos tremerem. Meus dedos sobem até os cabelos dele é eu aperto um pouco enquanto soltei um grunhido baixo contra os lábios dele... Queria que o moreno diminuísse essa intensidade, eu fiquei realmente afetada por isso e ele faria uma bagunça muito grande na minha cabeça se continuasse assim, o problema é que ele parecia ter ficado um pouco mais selvagem só com isso, o fazendo tomar todo o meu ar.

🔪 — Que fraca, não aguenta nem um beijo.

VAI PRO INFERNO VAI!

— Acho melhor a gente voltar — ele diz limpando os cantos da minha boca enquanto eu simplesmente não conseguia falar!

Meus dedos foram até a boca dele para que eu mitigasse as manchas do meu batom da boca dele.

— Ainda vai ficar com uma corzinha — Digo meio rouca.

— É bom que dá saúde — ele quase me larga no chão quando o sino anunciando a sobremesa toca.

— Porco bruto, indelicado de merda —
Xingo ele baixinho enquanto voltamos.

Depois disso ele volta pro personagem de bom moço, com isso ele tinha um monte de informações dos meus pais inclusive uma muito importante sobre mim.

— Você realmente sofre de restrição celestial? — foi a primeira coisa que ele perguntou quando ficamos sozinhos na minha casa.

— É... Te surpreende muito? — pergunto mexendo nos meus cabelos, eu fiquei um pouco envergonhada disso.

— Pra caralho — ele anda em volta de mim — pessoas que tem restrição terrena geralmente não tem partes do corpo ou são muito sensíveis... Você não parece.

Eu acabei dando um sorrisinho, estava sem jeito... Eu não confio no Toji e sei que essas informações podem estar sendo usadas no futuro pra me matar... Será que tem problema? Se ele tentar me matar vai ser uma droga, mas definitivamente ele não ganha de pessoas como Gojo e Getou.

— É, eu tenho muita energia amaldiçoada, isso come o meu corpo constantemente — Levanto meus ombros.

— então tem algo te comendo constantemente? — Ele dá um sorrisinho malicioso.

— Alo quinta série — Mostro meu dedo do meio pra ele.

Ele estava se aproximando de mim bem lentamente também mostrando o dedo do meio, ele ia chegar perto demais... quando a menina fofa que cuida do Megumi aparece.

— Oi... Ah... Desculpa atrapalhar, eu só queria que o Megumi-chan tá acordado, você pode falar com ele se quiser — ela sorri e se afasta toda sem jeito.

O Toji vem reclamando de não conseguir ver o filho?

🔪— óbvio, né porra, o moleque só tá dormindo quando eu chego!

Onwt, parece até que você é um pai decente agindo assim.

Ele concorda com a cabeça e sai andando, eu ia pro meu quarto que era na direção oposta.

— Ei... — Ouço a voz rouca de Toji me chamar, fazendo eco no corredor, eu parei imediatamente — Não se empolga, essas coisas de beijo e tal... É só trabalho. Só dinheiro, parou de me pagar isso acaba.

Ele sai depois de dizer isso da maneira mais seca possível, enquanto ele falava eu só conseguia sentir raiva!
Toji estava com a mão apoiada na parede enquanto falava, ele nem ousou olhar pra mim pra dizer isso!

— É óbvio — foi só o que eu consegui dizer com a raiva efervescente dentro de mim.

Passei pro meu quarto batendo o pé, sentindo meus ossos vibrando.

"quem ele pensa que é? Ele se acha tão irresistível assim pra eu estar apaixonada em um beijo? Você é ridículo, Toji Fushiguro!"

Eu não parava de xingar ele mentalmente. É óbvio que eu sei que isso não é real! Pareceu que eu achava algo diferente? Euem!










A Princesa e o Assassino - Toji Fushiguro Onde histórias criam vida. Descubra agora