Capítulo 11 - Piña colada

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Felipe e Júlia surtam ao me ver e não tem como não olhar para eles. Sorrio de volta e dou tchau, ainda abalada com o que Claudia disse. Volto para ela, que me encara apreensiva.

— Eu vou fazer isso, Claudia — prometo.

Ela concorda e tenta um sorriso. Está mais calma.

— Eu acabei desabafando com você, então... me desculpa.

Seu rosto se contrai, parcialmente arrependida.

— Bete, ... — segura o meu braço. — Faça como gostaria que fizesse por você — pede.

— Eu vou — sou sincera.

Ela solta um sorriso fraco, mas esperançoso.

— Carlos — Claudia chama um homem que está de costas, conversando com outros três.

Ele se vira para nós. Tem a barba cheia e olhos pretos.

— Essa é a Elizabete — apresenta.

Carlos se aproxima e vem me beijar o rosto.

— Oi — cumprimenta cortês. — Carlos, prazer.

— Prazer — respondo assim que me beija.

— É meu marido, Bete — explica Claudia.

Ele se afasta, segue para a esposa e me olha sorrindo.

— Sim... aguento ela há quinze anos.

— Carlos! — Claudia reclama, batendo no braço dele.

Ele ri e a puxa para a roda de rapazes. Claudia acompanha o marido.

— Bete, vem aqui com a gente! — Carlos me convida.

— Eu já vou — digo.

Procuro Júlia e Felipe e faço sinal com as mãos. Eles sorriem e vem em minha direção.

— Amiga! — começa Júlia animada ao apertar meu braço. — Isso aqui é outro nível de festa! — fala alto perto da minha orelha fazendo-me fechar os olhos.

— Eu sei! — concordo com os olhos semicerrados.

Rimos uma para outra. Felipe segura outra cerveja nas mãos e pisca para mim.

— Cadê seu copo? — ele quer saber.

Olho para mim e procuro, sem entender onde o perdi.

— Não sei! — falo rindo.

Os dois me acham idiota. Abro a boca para responder.

— Bete!

Olho em direção à voz e encontro Luigi, dentro de uma roupa estilosa e óculos escuros.

— Oi! — cumprimento feliz em vê-lo.

Ele abre um sorriso enorme, juntamente com os braços. Está um pouco alterado pelo álcool. Sigo para o seu abraço.

— Bem-vinda, querida! — diz me espremendo.

Afasto-me um pouco para vê-lo.

— Obrigada!

Ele vai falar algo, mas para e levanta um dedo em frente ao rosto.

Peraí — pede e olha para o lado à procura de alguém.

Aperta o olhar buscando e sai da minha frente, seguindo em direção à grande área de deck, onde as pessoas pulam, cantam e dançam, aproveitando o show.

Fico sem entender e me volto para Júlia e Felipe que conversam e bebem. Depois, vejo Claudia e Carlos conversarem com os três rapazes, que, pelo que vestem e a maneira como se comportam, não são qualquer um.

Susan: A história de uma travesti que se apaixona por uma mulher ((DEGUSTAÇÃO))Onde histórias criam vida. Descubra agora